Capítulo 6 - Espero que tenha valor!...

35 3 2
                                    

Tudo ao seu redor era estranho, a única coisa familiar era seu próprio corpo.

Em toda a sua pequena trajetória foi sempre um indivíduo que seguia as regras, não tinha nada de inovador em suas atitudes, repetia tudo o que era inventado e legal.

Crescer na média, qual o lado negativo disso? O importante não é viver?

Ao chegar no espaço principal dessa aventura de misturas de memórias, Elmero trás esses questionamentos para serem seus ajudadores e conseguir encontrar uma solução.

Para se chegar a uma resposta foi essencial ele continuar elaborando novos questionamentos, por exemplo:

- (Se isso é fictício, eu também sou fruto da imaginação ou apenas estou delirando?

Me ocorreu a lembrança de ter tomado suco de abacaxi com um gosto meio estranho hoje, parecia estar ficando ruim. Será que estou sendo pego pelo efeito de algo estragado?)

O líquido que o cercava começo a ficar agitado, o verde começo a se misturar com o forte vermelho, que saía do buraco em que a Fênix surgiu, resultando em uma cor meio azulada um pouco clara. O que era extremamente esquisito, pois era para ter se tornado amarelo.

- Que legal, uhuu!!! Mis-tu-ra! Mis-tu-ra! Mis-tu-ra! Mistura! Mistura! - um homem de trinta e quatro anos esbravejava com euforia - Que cor seráa-aa? Onde nos levaraa-aa? Quero passiaa-aar! - e começava a rir, ainda mais quando percebeu a presença do Elmero assustado com o seu jeito.

- Você é novato por aqui?! - grito para que Elmero ouvi-se - Rapaz, se apresse e me siga, antes que suma essa mistura de cores.

- Meus pais me ensinaram a não seguir nem falar com estranhos! - grito fazendo bico - Estou muito bem aqui!

- Para um marmanjo que nem você, fazer bico é feio - gargalhava enquanto falava

- Pelo menos não estou abismado e entusiasmado só porque algo está mudando de cor! - falou rispidamente.

O desconhecido correu em direção a ele para puxa-lo em direção a agitação que início um processo, além da mudança de cor, também emanava luz daqui-lo.

- Não, me solta - tentava tirar a mão do homem do seu braço - Que mal eu lhe fiz para você querer me levar para lá?! - estava em prantos.

- Nenhum, só quero que você se divirta também! - dizia chegando próximo ao turbilhão azul claro - É agoraaaaaa!!! Se jogue também!!

- Me soltaaaa!!! Quero viver!!! - e começava a suar

Em meio a gritaria eles foram levados a uma formatura...

- Com grande satisfação que eu convido o paraninfo da turma, pós-doutor Elmero! - os aplausos foram calorosos a tal ponto de deixar qualquer um mais nervoso e empolgado.

A dúvida era se o P.h.D. Elmero de vinte anos teria conteúdo suficiente para fazer tamanha façanha.

Trêmulo e suando frio ele se aproximava da mesa com um rosto resplandecendo pânico.

Seus lábios estavam secos, sua garganta não parava de engolir saliva.

- Bo-a noi-te - falava gaguejando e a voz trêmula, até notar que tinha um papel em mãos e só precisava ler, mesmo assim não era fácil ser pego de surpresa - nossas aventuras em classe foram dirig.. - um dos expectadores interrompeu.

- Pós-doutor Elmero - falava com altivez e sarcasmo - nos conte, antes de ler o texto que foi elaborado com cuidado, sobre a pesquisa da sua tese e quais os fundamentos que o senhor utilizo para consolida-la e alegar que podemos superar os obstáculos se observarmos o futuro, ao invés da situação atual - sentou contente por ter colocado Elmero em uma situação complicada.

Misturas da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora