Tudo ao seu redor era estranho, a única coisa familiar era seu próprio corpo.
Em toda a sua pequena trajetória foi sempre um indivíduo que seguia as regras, não tinha nada de inovador em suas atitudes, repetia tudo o que era inventado e legal.
Crescer na média, qual o lado negativo disso? O importante não é viver?
Ao chegar no espaço principal dessa aventura de misturas de memórias, Elmero trás esses questionamentos para serem seus ajudadores e conseguir encontrar uma solução.
Para se chegar a uma resposta foi essencial ele continuar elaborando novos questionamentos, por exemplo:
- (Se isso é fictício, eu também sou fruto da imaginação ou apenas estou delirando?
Me ocorreu a lembrança de ter tomado suco de abacaxi com um gosto meio estranho hoje, parecia estar ficando ruim. Será que estou sendo pego pelo efeito de algo estragado?)
O líquido que o cercava começo a ficar agitado, o verde começo a se misturar com o forte vermelho, que saía do buraco em que a Fênix surgiu, resultando em uma cor meio azulada um pouco clara. O que era extremamente esquisito, pois era para ter se tornado amarelo.
- Que legal, uhuu!!! Mis-tu-ra! Mis-tu-ra! Mis-tu-ra! Mistura! Mistura! - um homem de trinta e quatro anos esbravejava com euforia - Que cor seráa-aa? Onde nos levaraa-aa? Quero passiaa-aar! - e começava a rir, ainda mais quando percebeu a presença do Elmero assustado com o seu jeito.
- Você é novato por aqui?! - grito para que Elmero ouvi-se - Rapaz, se apresse e me siga, antes que suma essa mistura de cores.
- Meus pais me ensinaram a não seguir nem falar com estranhos! - grito fazendo bico - Estou muito bem aqui!
- Para um marmanjo que nem você, fazer bico é feio - gargalhava enquanto falava
- Pelo menos não estou abismado e entusiasmado só porque algo está mudando de cor! - falou rispidamente.
O desconhecido correu em direção a ele para puxa-lo em direção a agitação que início um processo, além da mudança de cor, também emanava luz daqui-lo.
- Não, me solta - tentava tirar a mão do homem do seu braço - Que mal eu lhe fiz para você querer me levar para lá?! - estava em prantos.
- Nenhum, só quero que você se divirta também! - dizia chegando próximo ao turbilhão azul claro - É agoraaaaaa!!! Se jogue também!!
- Me soltaaaa!!! Quero viver!!! - e começava a suar
Em meio a gritaria eles foram levados a uma formatura...
- Com grande satisfação que eu convido o paraninfo da turma, pós-doutor Elmero! - os aplausos foram calorosos a tal ponto de deixar qualquer um mais nervoso e empolgado.
A dúvida era se o P.h.D. Elmero de vinte anos teria conteúdo suficiente para fazer tamanha façanha.
Trêmulo e suando frio ele se aproximava da mesa com um rosto resplandecendo pânico.
Seus lábios estavam secos, sua garganta não parava de engolir saliva.
- Bo-a noi-te - falava gaguejando e a voz trêmula, até notar que tinha um papel em mãos e só precisava ler, mesmo assim não era fácil ser pego de surpresa - nossas aventuras em classe foram dirig.. - um dos expectadores interrompeu.
- Pós-doutor Elmero - falava com altivez e sarcasmo - nos conte, antes de ler o texto que foi elaborado com cuidado, sobre a pesquisa da sua tese e quais os fundamentos que o senhor utilizo para consolida-la e alegar que podemos superar os obstáculos se observarmos o futuro, ao invés da situação atual - sentou contente por ter colocado Elmero em uma situação complicada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Misturas da vida
Short StoryProcurando um lugar fora da rotina. Um jovem decide fazer algo diferente, andar por novos lugares.