Cabello's (Parte 2)

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Dinah P.O.V

     Ao entrar naquela sala não olhei diretamente para o casal, pois estava tentando, sem sucesso, acalmar meus nervos e rezando para que eles não tenho nada haver com o sofrimento daquela doce menina. Eu queria que eles não tivessem entregado sua própria filha pequena para um monstro. Mas eu ainda tinha poucas dúvidas se eles eram ou não os pais dela, dúvida essas que se desfizeram imediatamente assim que ofereci os copos de café para o casal e os olhei pela primeira vez. Não precisava fazer nenhum interrogatório ou exame para saber que sim, eles eram os pais dela. A semelhança dos traços estavam tão evidentes que não havia chance de negar. Principalmente a mãe, era particularmente quase idêntica a Karla.

     O que resta agora era saber se eles a amavam e a queriam de verdade ou não . Porque se não, eu não iria deixar eles se aproximarem daquela menina. Custe o que custar. Ela merece nada menos do que todo amor e carinho de quem a rodeia e muita sinceridade em seus sentimentos, por isso se eu não sentisse o mínimo de amor e verdade nesse casal eles não chegariam nem a 1 quilômetro de distância da menina.

     Olhei para o enorme espelho que ocupava praticamente quase toda a parede e sabia que Lauren teria chegado a mesma conclusão que eu, e que faria exatamente a mesma coisa dependendo do resultado da investigação.

     Me sentei ao lado de David esperando o começo do interrogatório. Apesar de querer desesperadamente ir direto ao ponto e verbalizar todas as milhares de pergunta sobre sua filha, eu teria que seguir o plano para o bem da mesma. Sai de meus devaneios quando ouvi a voz firme de David quebrar o silêncio cortante daquela sala.

— Bom dia senhor e senhora Cabello, me chamo David Hansfourd, mas podem me chamar apenas de David, e sou o delegado deste departamento. Essa é a policial Dinah Jane Hansen que está me auxiliando em um caso em nossa cidade que acredito que saibam do que se trata, já que imagino que tenham sido informados dos motivos para terem vindo até aqui.

     Não costumo me abalar em interrogatórios mas esse em especial estava me dando nos nervos. Minhas mãos suavam e meu coração batia freneticamente.

      O olhar do casal e suas expressões deixavam claras uma tristeza eminente e profunda em suas vidas e senti um aponta de esperança de que isso se devesse a saudade e preocupação com sua filha.

— Bom, fomos informados que tem haver com meu cunhado, Leon. Mas, já adianto que não temos nenhum tipo de envolvimento em seus " negócios" ou em sua vida, já que ele se afastou do convívio da família a muitos anos atrás, desde então não temos notícias dele, até agora.

     Senhor Alejandro parecia firme e sincero em suas palavras, mas se tem uma coisa que aprendi nessa profissão era que; por mais convincente que se pareça, sempre desconfie de sua frieza.

—Sim sr Alejandro. É sobre seu cunhado Leon que foram chamados aqui. O senhor se refere aos "negócios " dele então sabe de que se trata não?

—Acho que sim. Ele estava envolvido com gente perigosa desde muito novo, mas ao que parece começou a traficar pessoas e sabe Deus mais o que. Mas eu garanto que não sei se é verdade, embora eu  não duvide que seja, e também que nenhum outro membro de nossa família está envolvida com ele.

—Isso é o que estamos averiguando. Enfim, Leon estava vivendo em uma cabana afastada, no meio da floresta e quando encontramos o local haviam alguns documentos relacionado ao tráfico, e mais algumas coisas incluindo firmas nome de sua esposa.

—Eu não tenho negócios em meu nome.— A senhora Cabello disse pela primeira vez exaltada . Era nítida a raiva em sua voz. —Ele pode ser meu irmão, mas é um criminoso sem escrúpulos e deve ter usado meu nome em sua sujeiras. Eu já tenho sofrimentos demais em minha vida para ele vir trazer mais um.

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