The Beginning of the Nightmare

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Camila P.O.V

     Eram 3:00 da tarde e minha mãe sempre vinha me buscar na escola. Eu esperava dentro da escola, como ela sempre mandava e não falar ou aceitar nada de estranho.

     Minha professora conversava com outras pessoas e me mandou sentar no banco perto da outra sala. Mas ela encostou na parede de costa para mim. Minha mãe estava demorando, ela nunca se atrasava. Estava de cabeça baixa e vi alguém parar na minha frente. Era um homem. Ele parou em minha frente e falou que minha mãe não podia me pegar e mandou ele me levar.

     Ele não era estranho. Eu conhecia ele. Todos o conheciam, então eu fui. A professora não olhou para mim enquanto eu saía. Continuava conversando e rindo.

     Estava no carro com ele em uma estrada grande. Não é por aqui que mamãe vai para casa, eu sabia que não.

Para onde estamos indo tio? — Perguntei olhando a longa estrada a nossa frente.

Não me chame de tio Karla. Leon, e chame de Leon, e sua mãe não está na sua casa ela está viajando e nós vamos pra lá agora então fica quietinha tá?

Não gosto que me chame assim, meu nome é Camila . E eu não quero viajar, quero ficar com meu pai.

Você vai, e cala a boca que eu to dirigindo.

      Depois de um tempo o carro entrou em uma estrada de terra e mais na frente tinha um avião pequeno. Ele me tirou do carro e eu peguei minha mochila, mas ele tirou de mim e disse que para onde ei ia não iria precisar disso. Me mandou ficar em um canto e foi conversar com um homem. Parecia que eles estavam  brigando e então pegou meu braço e me levou para o avião. Chorei e tentei correr, não queria viajar com ele, eu queria ir pra casa.

      A viagem demorou e eu acabei dormindo de tanto chorar. Acordei com ele me arrastando para fora e então outro carro e mais uma estrada grande.  Tinha muitas árvores envolta de uma casa que parecia abandonada. Leon me fez sair do carro e então levou para dentro. Não tive tempo de olhar a casa porque ele segurou meu braço com força e abriu uma porta atrás da geladeira. Estava escuro e ele acendeu a luz por fora da porta. Desceu as escadas comigo e então vleu vi um colchão fino no chão e somente isso, além de um vaso sanitário e um chuveiro no canto do " quarto" sem paredes ou portas. Era pequeno ali e frio, escuro.

      Sem falar nada ele me jogou no colchão e saiu de lá. Corri atrás dele e bati sem parar na porta que já estava trancada. Chorei..chorei até cansar chamado minha mãe. Meu pai. Chamei por ele . Pedi pra me tirar dali. Nada.

     Desci de novo as escadas quando minhas mãos já estavam doendo de tanto bater e minha voz rouca de tanto gritar pra sair. Deitei no colchão encolhida abraçando minhas pernas e chorei mais, até dormir sem forças para nada. Quando acordei me assustei, pois ele estava sentado no chão na minha frente me olhando. Tentei me levantar e sair correndo, mas não consegui, eu estava amarrada nas maos e nos pés. Olhei assustada e ele sorriu pra mim.

Sabia que é feio ficar gritando e chorando? Ninguém gosta de criança birrenta e mal educada.

EU QUERO MINHA MÃE. —Gritei e ele bateu em meu rosto.

JÁ DISSE PARA NÃO GRITAR.—  Gritou apertando minhas bochechas com força me fazendo olhar para ele. Senti lágrimas correndo em meu rosto.

Quer a mamãe ham? Adivinha ela não quer você. Porque acha que te trouxe pra minha casa, Karla? Seu pais não te querem mais e acho que entendo o motivo. Você grita demais, chora demais. Não adianta chorar e muito menos gritar, ninguém vai te ouvir.

Close (Camren) Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora