Homophobic -YoonMin-

Capítulo 05

Nessa noite.

Yoongi P.O.V

Tinha demorado algum tempo para adormecer depois do "meu pai" ter expulsado tão agressivamente o Kihyun de minha casa. Confesso que fiquei um pouco chocado com isso. Mas depois consegui adormecer.

O meu sonho foi a coisa mais estranha com que eu já sonhei.

Havia um rapaz, na verdade era um homem bem bonito sentado na cadeira em frente à minha cama. Eu fiquei meio assustado. Quer dizer, tem um desconhecido no meu quarto.

-Olá , lindo- Ele diz com um enorme sorriso.

Mentive-me calado.

- Não te assustes. - Ele diz aproximando-se .- Não tenhas medo de ti mesmo.

Fiquei meio confuso, mas não lhe questionei nada.

- Eu sou tu, se é isso que queres saber. Só que numa vida passada. - Ele dá uma risada.- Isto não é nada credível. Em fim.. Eu só vim aqui para te dizer para não te chateares com o Jimin. Eu juro que ele te ama muito. Muito mais que esse Kihyun pode alguma vez amar. Parece mentira, mas juro que é verdade. Pergunta a ele quem era o Min Yoongi. Ele vai saber.

Depois desse pequeno diálogo eu convenci-me mesmo. Eu sei que ele não quer o meu mal. Afinal , é ele que mais cuida de mim , Além da minha mãe.

Talvez ele não tenha feito isso só porque sim . Mas porque está cansado. Ele tem trabalhado muito para me dar uma vida boa, e não tem como eu não saber disso. Apesar de não me ter trazido ao mundo, ele cuidou de mim. Nem com 10 biliões de palavras eu poderia agradecer isso.

Quando acordei preparei-lhe um pequeno almoço com um bilhete escrito:

" No fundo eu sei que não fizeste por mal.
Bom Dia , pai :)".

Eu queria ter escrito tudo o que me veio à cabeça naquela hora, mas achei que assim estava bem.

Dei um beijo na sua testa , na bochecha e outro no canto da sua boca antes de sair do seu quarto.

Fui para a escola, onde me encontrei com o Kihyun e o Tae.

Comprimentei o Kihyun com um beijo de bom dia com leves mordidas.

- Que ousadia.- Kihyun diz com um sorriso.

- Casem-se logo - O Tae diz enquanto joga Pokémon Go no telemóvel.- Enquanto vocês namoram eu tou a tentar encontrar o Charmander .

-Boa Sorte.- Disse.

Dei alguns beijos na bochecha do Kihyun enquanto o Tae gritava de felicidade por não ter encontrado outro Rattata .

De repente veio-me uma dor de cabeça acompanhada com uma memória.

Momento do 1° livro:

"Abri a porta da casa de banho, e vi mais uma vez Namjoon a humilhar outra pessoa. Já estava meio farto disso.

-O que se passa aqui?- Disse - Porra , Namjoon ! Outra vez? Sai daqui !

-Só vou sair , porque não tenho mais nada para fazer aqui, não porque tu pediste.- Disse Namjoon.

-Pára de mentir, otário- Respondi , e ele e os 2 cãezinhos dele saíram.

O rapaz cujo tinham humilhado, limpou a cara ás mangas da sua camisola. Pude ver a sua face. Ele era uma graça. Ele levantou-se.

-Estás bem?- Perguntei.

Ele levantou a sua camisa. Fez com que eu pudesse ver o seu abdomen e uma mancha roxa enorme nas suas costas. Ele olha para aquela mancha pelo espelho.

-Está muito mau?-Perguntou

-Acho melhor ires à infermaria.

Toquei-lhe na parte roxa para o examinar, mas logo tirei quando o ouvi gritar de dor..

-Desculpa.- Disse eu.

- Eu não quero ir à infermaria- O rapaz disse.

-Porquê?-Perguntei - Estás com medo do quê?

-Dos meus descobrirem que sou gay, eu nunca lhes contei. "

Depois dessa memória me vir à cabeça senti-me tonto. O Kihyun apercebeu-se disso.

-Estás bem, amor ? - Ele pergunta.

Logo depois veio outra memória.

Momento do 1° livro:

"Tinha passado a noite em branco sobre o que aconteceu. Decidi então ligar-lhe.

Atendeu a mãe dele, mas logo depois ela passou-lhe o telemóvel.

-Alô?-Disse.-Jimin?

-Sou eu- respondeu.

-Já soube o que aconteceu. -Digo.

-Não é nada do que pensas!

-Eu sei que não farias isso. Tu és muito inocente para essas coisas.- Riu.- Imagino o ambiente ai em casa.

-Não imagines- Ouvi uma gargalhada desesperada do outro lado da linha.

-Qual foi o castigo?- Perguntei.

-Nada de mais, apenas não me deixam sair de casa, coisa que eu nunca faço . E eu não posso sair do meu quarto, sendo que estou sempre no meu quarto.

-Só? Pensava que te iam por fora de casa. -Ri mais uma uma vez

-Eu estou a ser injustiçado.-Suspirou.

-Eu avisei que a Mi Chan tem problemas.

- Eu sei... Tenho que prestar mais atenção no que dizes .

De repente a sua voz mudou.

-Então eu vou desligar, vemo-nos amanhã na escola. Boa Noite, amor. -Desligou.

Passei a noite a pensar naquela palavra " amor.""

Eu não sei de onde vinham essas memórias, só sei que ambas se tinham passado com o meu pai.