Iridescent Third Season

The Worst Hangover Ever

Alex POV

Aproveitei que Dylan e Luke estavam no banheiro conversando e peguei o meu celular para responder a mensagem de um cliente, ele queria saber se era possível marcarmos um encontro para essa madrugada, mais precisamente daqui a 30 minutos. Mordi o lábio pensando se deveria aceitar.

O cara estava oferecendo o triplo do que eu cobrava por um programa e por apenas uma hora, eu não podia recusar. Mandei uma mensagem com o endereço que ele poderia me pegar e desci as escadas em passos apressados para poder sair de fininho antes que alguém me visse e estragasse meus planos.

No meio daquela gente toda foi fácil sair de casa sem ser visto, sorri e respirei aliviado quando cheguei na calçada e comecei a caminhar em direção ao local marcado, mas parei de supetão quando fui virar a esquina e vi Emma e um cara mais alto aos beijos em um beco.

De primeira eu senti ciúmes de minha irmã e pensei em ir tirar satisfação com o cara, mas logo vi que isso seria infantilidade demais e prendi o riso, usaria isso ao meu favor mais tarde. Estava prestes a sair dali quando o cara se afastou e eu pude ver quem ele era, e não era ninguém menos que o professor de literatura de Emma.

Fiquei encarando-o por vários instantes para ter a certeza de que era ele mesmo, e de fato era. Quando eu menos esperava, Emma se virou e me viu parado ali, arregalei os olhos e corri para o lugar marcado com o cliente, torcendo para que minha irmã não tivesse me reconhecido.

- Enzo? - Um cara me chamou de dentro de um Focus cinza e eu voltei para a realidade, acenei e entrei em seu carro.

O cara deveria ser poucos anos mais velho que eu, era bem mais alto, cabelo em um tom loiro escuro, belos olhos caramelados e a pele branca. Que homem!

- Eita. - Soltei sem querer, o cara sorriu. Um sorriso que marcava suas covinhas nas bochechas.

- Está pronto? - Ele perguntou, sua voz era doce.

- Já nasci pronto. - Retribuí seu sorriso e observei suas largas mãos ligarem novamente o carro.

- ALEX! - Olhei rapidamente para a frente e arregalei os olhos ao ver minha irmã parada em frente ao carro, ela olhava fixamente em meus olhos e parecia furiosa.

Fodeu.

Liam POV

Quando o táxi virou a rua de nossa casa, eu e Zayn já tínhamos a plena certeza do que estava acontecendo ao escutarmos a música alta e uma multidão de carros estacionados na rua e no nosso gramado. Nos entreolhamos e balançamos a cabeça negativamente, eu sabia que eles iriam aprontar, eu sabia!

Depois de Zayn passar mal, nós decidimos que era melhor virmos embora para casa e no dia seguinte o levaria para o hospital, meu marido disse que não era necessário e que só tinha sido uma falta de ar boba, mas eu sabia que ele estava apenas com medo, então depois de eu muito insistir, ele topou.

Enquanto ele pagava o taxista, eu desci do carro e esperei por marido, então fomos juntos caminhando em silêncio em direção á porta que estava escancarada, de onde estávamos já era possível vermos a zona que estava lá dentro, e quando entramos eu abri a boca surpreso e segurei a mão de meu marido.

Estava tudo uma completa bagunça, os móveis da sala estavam todos encostados na parede e uma multidão de adolescentes bêbados e drogados com os hormônios á flor da pele dançava em minha sala de estar, a música era ensurdecedora e percebi que um globo de discoteca tinha sido pendurado no teto, assim como algumas luzes coloridas.

Eu olhei para Zayn e ele me olhou, não precisamos dizer nada para que ambos entendêssemos o que deveríamos fazer, então Zayn foi para um lado e eu fui para outro á procura de nossos filhos. O ambiente estava abafado e eu estava começando a me sentir claustrofóbico, então subi correndo as escadas – depois de empurrar alguns adolescentes que estavam bloqueando meu caminho – e percebi que todas as portas estavam fechadas no andar de cima, saí abrindo uma por uma e constatando que os quartos estavam vazios, inclusive o meu e de Zayn. Ali em cima tudo parecia estar em ordem, mas quando fui abrir a porta do banheiro percebi que a mesma estava trancada, comecei a bater na madeira.