Então, amigos?(2010)

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Soltos como os laços desatados. Vínculos inóspitos ao bem-estar de uma só criatura. Sobre o espelho, algumas fendas do passado. Sobre o passado, passou a ser velho como a ditadura. As mãos se dedilhavam em estribilhos; os dedos rangiam caros a um aperto sagrado. Nos lábios, o rancor ácido de estar perdido. Nos olhos, a perda de um apreço daqueles mais raros. 

Desfecho, espero que consintas: fecho a cabeça em esmero infantil de não ser mais capacho. Porém o orgulho calou em brisas de sopros sinceros. E a autocrítica mostrou os erros, para o meu próprio desagrado; eu acho. Apelo é tudo o que me restou agora. Apelo aos teus braços pelo o que foi e o que poderia ter sido. Desejo apenas que em teu peito acalantado tenha restado pena para reescrever os enredos inacabados de quem ainda te quer como um amigo. 

Se o amor se renova, por que nós dois não? Pensa nisso.


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