Seja O Que For (2018)

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Amei em ti a luz da lua. Banhei em mim o arpoador. De riso leve e alma nua. Olha eu aqui voltando, amor.
Na escuridão que se insinua. Seja o que for, não a ilusão. Na minha pele contra a tua. Cative o sim onde há o não.
Da branca flor, essência pura. Tinja o meu som de carmesim. Na eternidade, o que perdura. Seja o que for, não seja fim.
E das palavras, dou-te os versos. A estrofe, a rima e o que emendar. Amor é tudo o que eu te peço. Para ceder, na boca, o mar.
Respira o gozo e o embaraço. Pois não há ápice sem um tropeço. E, vagaroso, estreite os laços. Para, do adeus, vir recomeço.
Na paciência, uma virtude. Colheita justa do semear. Seja o que for, pra sempre mude. Não há avanço se estagnar.
Respeita o tempo e o compasso. Na simetria se faz canção. Desenhe a linha dos meus traços. Solfeje as notas como elas são.
Se encontre em minha companhia. Seja o que for, que faça sorrir. Há plenitude, mesmo em um dia. Se, a dois, não restar mais nenhum dos "e se...?".
Apoie com força o teu rosto em meu peito. Consuma no abraço tua motivação. Seja o que for, ame mesmo imperfeito. Nem tudo se entende através da razão. Seja o que for... o que tiver que ser feito. Apenas não deixe que eu passe em vão.

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