C I N C O | D E V O N

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Devon

Porra. Caralho. Boceta. Cassete.

Solto uma imensidão de palavrões quando tento me levantar com dificuldade do chão. Pela minha visão periférica vejo um dos meus homens fazer menção de correr ao meu socorro, mais a parti da minha careta ele muda de idéia. Não é que a baixinha tem força naquele pé pequeno? Só de me lembrar, naquela coisa pequena e selvagem trás um sorriso idiota no meu rosto, quando eu deveria esta puto por ela me desrespeitar na frente dos meus homens.

Ninguém me desrespeita. Não no meu bairro. Eu sou Devon Mcqueen, o rei do Brooklyn. Cada pessoa nesse bairro sabe quem eu sou e o que faço para viver. Eu comando a punho de ferro o gueto, o que entra ou o que sai passar por mim, as pessoas que vem pára aqui só ficam com minha permissão.

Mas parece que minhas leis não se aplicam a ela; Judith Turnner Lewis é uma dor na bunda. Á dois anos atrás ela havia se juntado ao quadro dos voluntários do Centro. No começou eu achei que ela não passasse de uma Madame entediada com a vida que vinha ao Brooklyn, fazer caridade para sair nessas revistas da alta sociedade. Eu achei sinceramente que no segundo dia dela aqui com as nossas crianças ela correria como o diabo foge da Cruz.

Eu não poderia esta mais enganado.

A mulher não só voltou no outro dia, como o resto do mês e assim vem sendo por quase dois anos. Nossas crianças são boas crianças, mais elas têm dificuldade em aceitar ajuda de estranhos e principalmente os voluntários do Centro, mais parece que Judith não só fez elas aceitassem ela como as fizessem a ama lá. Cada criança e adolescente que é frequentador do Centro têm algo bom para dizer sobre a mulher. E foi por isso que eu a deixei em paz até hoje.

Ruan havia chegado puto ontem por que uma Madame, havia tomado todas as drogas de Niko e ainda por cima havia ameaçado chamar a polícia. A parti da descrição que ele me deu, soube na hora de quem se tratava. Eu não coloco crianças para trabalhar no meu negócio, mais Nikolas precisava do dinheiro, até tentei que aquele cabeça dura aceitasse uma ajuda minha, mais o garoto é orgulhoso demais para aceitar ajuda, então eu deixei que ele trabalhasse para mim pegando os pagamentos mais sempre acompanhado de alguém. No fundo Nikolas lembrava a mim quando tinha sua idade.

Caminho com dificuldade até a porta dele e bato. Demora um pouco para a porta ser aberta e quando ela finalmente é eu me assusto com a cara do garoto.

_ Caralho, eles fizeram um estrago no seu rosto bonito. - Resmungo entrando sem ser convidado.

Esse era outro motivo para me trazer a casa de Nikolas. Alguém tinha dado uma surra nele, Pike tinha me ligado quando eu estava em uma reunião no outro lado da cidade. Eu sabia que tinha que agir. Alguém estava fazendo arruaça no meu bairro, colocando a culpa de algo que eu não fiz. Primeiro foi o carro da maluca, depois a surra no garoto.

_ O que você quer aqui Devon? - Pergunta.

_ Eu quero que você diga, à sua mentora que se afaste de problema, ou melhor, para o bem dela é melhor ela não se meter onde ela não deve. - Digo.

_ Devon, por favor, não à machuque, eu vou falar com ela, só por favor não faça nada com ela. - Me pede desesperado.

_ Nikolas assim você me ofende, em pensar que eu machucaria uma mulher. Mais alguém com o poder que ela tem, pode me prejudicar, ela acha que foi eu que vandalizei o carro dela e mandei lhe da uma surra. - Digo ríspido.

_ Tudo bem, eu falo com ela. Mais você tem que me prometer que não vai fazer nada. - Pede suplicando.

_ Tudo bem. Agora me diga quem foi que fez isso com você. Alguém está querendo me incriminar por algo. - Questiono algo que esta me tirando o sossego.

Nas Garras Do  InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora