Capítulo 11

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Quando abri os olhos vi zilda e outra menina, elas me encararam até que a garota perguntou:

–Será que ela vai ficar bem?— parecia preocupada– olha!, ela abriu os olhos .

– Calada Maitê!! Escondi você tanto tempo para nada foi? – quando a garota ia falar ela interrompeu – calada, ela não pode saber!

– Eu já sei...eu acho... – disse, me sentando na cama – pode ficar Maíta.– puxa vida, acho que errei o nome da menina

— Maitê — zilda corrigiu — agora que a viu bom terei de contar

—Contar?

— Ela estar aprendendo o meu posto, não queria que se conhecessem, seria uma distração para você — disse com um olhar distante 

Depois dessa mentira esfarrapada levantei da cama e fiz uma pergunta que a tempos queria fazer:

— onde fica o banheiro?— Maitê e Zilda entreolharam-se e riram — Sério, eu estou grudando.

— é ao lado da porta do quarto onde te encontrei — Zilda disse me encarando

Corri até lá, olhei e encontrei uma porta em tamanho normal,  não havia percebido antes, abri com toda facilidade, me deparei com um banheiro comum mas, ele era mais iluminado que o normal. Observei o que tinha de bom e decidir tomar o tão esperado banho

Liguei uma torneira da banheira , que era daquelas antigas, e tirei a roupa jogando tudo no chão . O banho foi ótimo, para quem ficara três dias sem ver a cara da água , mas o problema era , eu não iria usar aquelas roupas sujas , o cheiro de minha calça jeans era insuportável , precisava de roupas novas e de uma toalha ( se tia Ana estivesse aqui me chamaria de lerda ) .

Nesse momento vi uma toalha branca pendurada  em um gancho dourado, levantei , peguei-a e passei  sobre o rosto ( macia), logo após, já estava enxuta .

Por acidente olhei para a pia e vi  roupas perfeitamente dobradas uma sobre a outra, ficaria admirando aquela perfeição por horas, mas tive  controle e peguei a primeira peça  de roupa. Era um vestido beje, parecido com o de Maitê, tinha uma renda na gola e ficaria bem curto em mim, achei desproporcional e olhei o resto, uma calça jeans clara com uma blusa beje imitando o vestido, tinha também uma saia de pregas  da cor preta, bem fiquei com a blusa e a saia, tinha perdido meus sapatos ,mas não era problema vi uma sapatilha branca com um laço na frente. É... estava vestida. Saí do banheiro e Maitê me assustou, puxando o meu braço dizendo:

— Tenho que te contar, menina tola não sabe a história de sua mentora

Só a seguir, fiquei curiosa, entendi que era a história de Zilda, não sabia quase nada sobre ela, então, estava na hora.

—percebi como você olhava as coisas de Zilda e achei que você adoraria saber  sobre sua história — ela me olhou esperando uma resposta

— sim,então conte — insistir

— Aah não, assim não, Maria, vou te ajudar a fazer a própria Zilda te contar.

Não sei porquê, mas gostei dessa menina, parecia tanto comigo

— Vamos, adiante, comece — lhe  apressei.

O Medalhão de Zeit - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora