Capítulo 10

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— Você estar com febre — disse zilda colocando a mão na minha testa— precisa deitar, também, já está tarde.

— sim — disse com um sussurro — ninguém nunca se preocupou comigo, bem, acho que não gostei da sensação.

Ela somente olhou para mim, conduzindo-me para mesma cama em que dormira noite passada. Lhe perguntei as horas e me surpreendi já eram 21:25h,passei muito tempo vendo o meu futuro . Observando o meu espanto disse :

-— saberemos mais sobre isso amanhã.

Assenti e fechei os olhos, procurei um sonho doce, mas achei isto:

Acordei no outro dia deparando -me com Célia, podia ouvir seus gritos, me xingando, puxando os meus cabelos e jogando- me no chão, deparei-me também com Flora, ela estava toda marcada e desmaiada de tanto apanhar,e percebi que a próxima seria eu. Assim foi ,a cada chicotada meu corpo doía de verdade,, não só a mente ( que era o que deveria acontecer, era só um sonho) até que não sentia mais nada ,e meu corpo, não sei onde estava, mas minha alma sofria o que eu mais temia, ficar presa nesse maldito corredor .

Acordei gritando, sentei na cama, levantei e procurei Zilda ,não a achei , bem não na parte até onde eu conhecia e decidi explorar

Agora sabemos o óbvio o corredor era bem comprido , cheio de espelhos e tal ,mas tinha uma portinha bem pequena que ficava debaixo da moldura de um espelho ,bem antigo , porque estava quebrado e já devia ter muito tempo nesse estado .

Como não sou nem um pouco curiosa, decidi investigar, arrastei a moldura com cuidado e limpei alguns cacos de vidro com o pé já que estava calçada, tentei abrir a portinha , não consegui, me irrita tentar algo e não da certo ,então sacudi ela um pouco por causa da raiva e abriu .

Enfiei a cabeça logo após todo o corpo ,e já estava dentro de um quarto grande que também servia de biblioteca ,escritório , um tipo de oficina para molduras , e o que mais me assustou foi uma parede coberta por um tecido (que como me aproximei para tocar ) senti que era de boa qualidade, mas rasgado a (que estranho ) unha.

Desviei logo minha atenção, quando olhei para uma parede repleta de livros. Procurei uma poltrona e peguei em média meia dúzia de livros, mas também estava na torcida de que ninguém entrasse ali . Mergulhei no primeiro livro com um título meio estranho "A vida da morte - uma prisioneira em apuros"

Falava sobre uma mulher que morre e sua alma fica presa em meio a vários monstro, ela em breve viraria um. Não gosto dessas coisas me assustam e é bizarro .

Tinha outro assim "como ensinar um predestinado a lidar com seu destino", nem olhei a outra página.

Havia também um assim " A história da cadeia - o corredor " me arrepiou e peguei outro com o nome " fazendo molduras"

Após esse todos eram do mesmo tema. Desisti e quis olhar alguns papéis que, certamente eram mais legais que aquele livros.

Eles tinham a fotos de uma criança extremamente parecida com Zilda, sorrindo forçadamente e com os olhos marcados de murros e socos, meio roxinho ( lembrou a minha vida com titia ) , também vi um cartão atrás da foto que dizia:

" feliz o dia em que eu morrer. Assinado zilda Baker."

Minha mente girou, fiquei tonta, minha febre havia voltado a um tempo, mas só agora tinha percebido, e por fim, já não basta o mundo a minha volta girar, desmaiei, cai no chão frio e escuro.





O Medalhão de Zeit - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora