Capítulo 16

24 5 6
                                    

Meu celular! Era a única saída, não pensei duas vezes e disse:

—Maitê, eu tenho uma coisa a que deixaria muito  poderosa — pessoas más sempre querem  mais poder

—  ah, é? Então mostre-me —disse abaixando o punhal, mas não o soltando da mão

—Sim, esse objeto— disse erguendo o celular— lhe trará muito, não, muitos poderes...

—Diga, diga logo ou sofrerá as consequências— quando disse isso, congelei

— solte-me e direi — ela me soltou no mesmo instante ( segurava- me pela gola da blusa ), caminhei até Zilda, não sei, me sentia mais segura ao seu lado

— Vamos! agora , diga!

— esse objeto ... — Zilda me interrompeu com sua tosse, me desviei do foco da conversa e  voltei-me para Zilda.

Finalmente uma reação , ela havia voltado , depois de todos aqueles minutos torturante que passamos ela estava aqui , puxa, nunca estive tão feliz , Zilda já era como uma irmã para mim . Tentou falar algo :

— A espada— sussurrou em meio  a tosses — na gaveta, cof! cof! — olhei para trás , percebendo que havia mesmo uma espécie  de cômoda —  primeira gaveta...

Nada é da forma  que queremos . Olhei novamente para Maitê , estava mais próxima de mim ,  comecei a sentir uma dor no meu braço esquerdo , oh! Não , Maitê já tinha me ferido gravemente com o seu punhal .

Decidir , mesmo com dor , continuar o meu joguinho com Maitê

— Vou dizer o poder — disse me aproximando ainda mais da cômoda — é...— meu celular tocou , mas como? Olhei na tela e Flora?  Por força do costume atendi , ouvia os gritos de Flora, desliguei imediatamente  , e iria me aproveitar da situação — estar vendo?, acabei e de ter uma comunicação, desse corredor , com o meu mundo , mas você não irá se prender a somente  isso , dominará também , o passado , o presente eo futuro , claro que isso  é só o básico...— seus olhos brilharam , não pensou duas vezes largou o punhal  jogando-o no chão, e pegou o celular

Estava distraída , de costas para mim , decidi ser rápida e ágil, como um gato , peguei a espada e caminhei silenciosamente em sua direção, quando ia atacá-la hesitei  , nunca matei nada ,nem ninguém em minha vida , respirei  fundo e tomei coragem , Maitê estava prestes a fazer uma pergunta

—Como ele fun...— a interrompi , ferindo-a com a espada , caiu no chão , já morta , soltei um grito , como conseguir matar alguém assim? Sem mais nem menos? Sou uma assassina , mas essa não era a hora para pensar nessas coisas. Peguei seu corpo com nojo e perguntei a Zilda:

— onde ponho?

— No guarda-roupa ...— continuava tossindo , teria que dar um jeito nisso ,mas depois

Achei estranho , mas não queria tocar em uma pessoa morta por muito tempo, nem nunca mais . Fui andando com um pouco de dificuldade , porque um dos meus braços estava ferido , e o outro segurava o cadáver de Maitê. Abri o guarda- roupa , que não era bem um guarda- roupa , parecia mais um portal, uma luz forte me apareceu de surpresa tive que fechar os olhos rapidamente , empurrei  o corpo de Maitê para dentro e fechei a porta .  Depois de um tempo,só por curiosidade , abri de novo a porta do guarda- roupa ,e o cadáver de Maitê não estava mais lá, havia sumido. Agora queria saber  quem era verdadeiramente aquela menina , que por um tempo chamei de "amiga" , olhei para Zilda e ela pareceu entender a minha dúvida.

O Medalhão de Zeit - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora