Meu erro foi achar que, de alguma forma, os cortes fossem me ajudar, mas eles simplesmente viraram um vício, passaram apenas a ferir minha alma e não mais sarar meus sentimentos.
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Antes - 18/08/2009 -
------------------------------------Tudo aquilo que eu estava passando me tornou alguém totalmente diferente do que eu já fui um dia, já não conseguia mais sorrir como antes e quando tentava, nem chegava a ser um sorriso verdadeiro, daqueles que eu dava quando via minha mãe sorrir.
Terça-Feira - 2:18 da Manhã -
Havia acabado de acordar, estava cansado de tanto chorar e de sentir aquela dor, era tarde, porém, conseguia ouvir Mary na cozinha preparando algo .
Mary gostava de cozinhar quando estava triste/magoada.levantei da cama evitando o máximo de barulho possível, fui até minha cômoda que tinha uma aparência antiga, a cor era marrom escuro e parecia que a qualquer momento, ela iria desabar.
Abri a última gaveta, retirei uma caixinha que guardava no fim da gaveta e fechei a mesma.
Retirei da caixinha 3 pacotinhos de Gillette que havia guardado para momentos como esses.
Abri um dos pacotes e guardei os demais dentro da caixa.
Guardei a caixa novamente dento da gaveta e fui direto para o banheiro com a Gillette.Entrei e tranquei a porta, sentei-me no sanitário e comecei cortes rasos e curtos, depois continuei com cortes cada vez mais profundos e longos.
Eu não sentia dor nenhuma com os cortes, eles aliviavam-me, as vezes não existiam mais dores na alma pela perda de minha mãe, porém, eu estava me destruindo de uma forma que eu nunca chegaria a imaginar.Ouvi o típico ranger das escadas e o barulho da porta de meu quarto.
- Josh ?
Sim, Mary ? - Disse segurando o choro que estava por vir. -
Ouvir a voz de Mary era reconfortante e de certa forma me acalmava, como isso poderia ser possível ?
- Está tudo bem ?
- Sim, Mary, Porque? Oque você quer ? - disse acidentalmente com um tom de arrogância -
Ouvi a porta do quarto fechar e sons de passos no corredor
Abri a porta do banheiro e conferi se Mary realmente havia saído do quarto, depois de ver que sim, fechei a porta e voltei ao que estava fazendo.
Depois de alguns minutos - Aproximadamente 3 -, voltei a ouvir barulhos no corredor e minha porta abrir.
Ouvi passos no quarto até que a porta do banheiro se abriu..- M-mas...
- JOSH!
- Como??! - Disse em tom de desespero, Mary estava vendo oque eu fiz, Porque isso tinha de acontecer?! -
Mary me pegou pelo braço e me puxou para fora do quarto e me lançou em cima da cama.
- Oque você acha que está fazendo? Qual é o seu problema ?
- Mary, Me desculpa..
- Você não tem que pedir desculpas pra mim, sua mãe deve estar simplesmente se revirando no túmulo.
- Já parou pra pensar em como ela ficaria se ela visse seus braços Josh? Imagino que não-M-Mary...
Mary não esperou eu terminar, deu-me as costas e saiu do quarto batendo a porta.
Peguei novamente a caixa da gaveta e joguei fora todo conteúdo dentro dela.
Fui ao banheiro e fiz uma limpeza em todos cortes, me deitei e sem perceber, peguei no sono.PS: * Olá Pessoas, eu gostaria de agradecer a todos vocês por estarem acompanhando o livro, e também quero pedir que critiquem se necessário, Via Inbox ou Até pelos comentários ( Todas as Críticas são bem vindas ). *
PS2: * Por favor, não se esqueçam de votar nos capítulos e comentar, caso goste Adicione em sua lista de leitura! Obrigado a todos! *
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Diario De Um Depressivo
De TodoAlguma vez já passou pela sua cabeça como seria o mundo sem seus pais e seus amigos? Seus pais, mortos. Seus amigos, longe. Você, isolado. Talvez você se ache forte. Talvez você se ache invencível, inatingível. Bem, essa é apenas uma ilusão que cr...