Capítulo 18

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Anahí

No fim de semana cumpri minha promessa e fui pra Juarez visitar minha mãe. Assim que entrei em casa, meus irmãos desceram as escadas correndo e vieram me encontrar.

- Any! Any!

Me abaixei e abracei os dois, beijando seus cabelos, às vezes eu ficava impressionada em como eles se pareciam comigo e entre eles.

- Eu errei as contas ou tem dois gêmeos lindos fazendo aniversário essa semana?

Meus irmãos riram daquele jeitinho que as crianças sapecas riem.

- Sim tata, você acertou. - Arthur me respondeu.

- E quantos anos vocês estão fazendo mesmo? - me fiz de desentendida.

Os dois mostraram as mãozinhas exibindo quatro dedos.

- Que bom que não me confundi. - me abaixei e abri minha mala. - Porque acho que isso aqui é pra vocês!

Os dois tiraram os dois embrulhos da minha mão e correram até o sofá.

- Você devia me dar os presentes e eu entregava no dia do aniversário deles.

- Oi mãe! - a encontrei no meio da escada e a abracei.

- Como vocês estão? - ela acariciou minha barriga.

- Bem, seu neto está muito bem.

- Neto? É um menino, filha? - ela sorriu, seus olhos brilhando.

- Sim mãe. - assenti.

- Oh querida, meus parabéns. - ela me abraçou os olhos cheios de lágrimas.

- Obrigada, estou tão feliz mãe. - sorri emocionada.

- E não deveria ser diferente, ele vai ser um lindo menino, você vai ver. - sorriu.

Meus irmãos voltaram e me virei pra eles.

- E então? Gostaram do presente de vocês? - sorri.

- Muito, olha mamãe ganhei um carrinho de controle remoto.

- E eu uma cozinha de verdade, sai até água da torneira. - Anna sorriu.

- A gente pode tirar da caixa pra brincar? - Arthur perguntou.

- Claro, vão lá, mas filha não vai fazer muita bagunça hein. - minha mãe advertiu.

- Ta bom! - Anna respondeu, saindo correndo com a caixa.

Acabei dando risada de ver a alegria dos dois com coisas tão simples.

- Vem filha, senta aqui. - Marichello me puxou até o sofá. - Como estão as coisas entre você e o Poncho?

- Iguais mãe, senão piores.

- Como assim piores? - ela me olhou assustada.

- Há alguns dias eu foi fazer meu ultrassom e Alfonso não apareceu. Ele soube pelo pai dele que estou esperando um menino.

- Não acredito que ele fez isso, Alfonso sempre foi tão dedicado à você.

- É mãe, mas depois que nos separamos ele mudou muito. Acho que ele não se importa comigo. - abaixei a cabeça. - Acho que ele só conversa comigo ainda por causa desse filho.

- Não diga isso, Alfonso te ama.

- Não mãe, acho que ele não me ama mais não. - suspirei e abaixei a cabeça.

- Pois eu acho que está enganada. - Marichello sorriu.

- Bom continuando, no dia do ultrassom, Alfonso não apareceu e mais tarde nós brigamos. A gente acabou transando e ele achou que por isso eu voltaria pra casa com ele.

Intenso - O Caso Portillo II ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora