Intenso - O Caso Portillo II ✔

Capítulo 10

Entrei em casa, peguei Anahí no colo e a levei pro quarto.

- Alfonso, o que você está fazendo?

- Levando a mãe do meu filho pro quarto, você precisa descansar. - respondi subindo as escadas.

Ela riu e revirou os olhos pra mim, na certa achava minha atitude exagerada, mas eu estava pouco me importando. Entrei com Anahí no quarto e a coloquei deitada na cama.

- Alfonso precisa mesmo disso?

- É claro que sim, você está grávida, meu amor. - respondi.

Anahí riu e negou com a cabeça, se ajeitou na cama, de modo que ficou sentada.

- Christian está vindo pra cá, mas assim que falar com ele, eu subo aqui de novo ta? - beijei sua testa.

Anahí assentiu e derreteu-se toda quando me inclinei e beijei sua barriga. Acho que não tinha um momento melhor pra gente descobrir que íamos ser pais. Aquele bebê tinha unido eu e a Any ainda mais e acabado com o nosso desentendimento. Estávamos bem de novo e eu ia cuidar pra que ficássemos assim.

Quando voltei pro primeiro andar, a campainha tocou. Abri a porta para Christian e na mesa hora o abracei.

- O que deu em você?

- Eu vou ser pai, a Any está grávida, por isso ela passou mal.

- Poxa parabéns! - meu amigo me abraçou, me cumprimentando.

- Cara eu não acredito que vamos ter um bebê, tudo bem que a gente estava planejando, mas... Nossa!

- É eu entendo como você ta se sentindo. - Christian sorriu. - Onde está a futura mamãe?

- Descansando, mas o que você queria falar comigo?

- Quer ir lá pro seu escritório?

Assenti e sai na frente, Christian me seguiu e quando entramos, fechei a porta.

- Quer beber alguma coisa?

- Não obrigado! - negou.

- O que você queria falar comigo? Pareceu importante no telefone.

- Você conseguiu, Jonas Garza vai ser preso amanhã e eles reabrirão o caso.

- Está falando sério? - sorri.

- Queria que fosse mentira, mas infelizmente é verdade! - Christian assentiu.

- Isso é ótimo, finalmente eu vou poder me vingar e fazer justiça. - comemorei.

- Alfonso se vingar é uma coisa, fazer justiça é outra completamente diferente. - avisou.

- Você entendeu o que quis dizer, por anos eu carreguei dentro de mim essa sensação de impotência por não ter conseguido salvar minha mãe e prendido o assassino dela, você sabe que escolhi proteger as pessoas, porque não pude fazer isso pela minha mãe. - respondi.

Depois de desistir de tentar dormir, eu resolvi descer, estava me sentindo ótima. Descalça, desci as escadas com cuidado, com medo de levar um tombo. Repousei uma das mãos sobre minha barriga, a ficha de que eu seria mãe ainda não tinha caído. Fui na direção do escritório, não querendo atrapalhar meu marido e Christian, mas sim, querendo falar um oi pro meu amigo.

Quando cheguei no corredor, ouvi que os dois estavam conversando. A voz do meu marido se sobressaiu.

- ... Anos eu carreguei dentro de mim essa sensação de impotência por não ter conseguido salvar minha mãe e prendido o assassino dela, você sabe que escolhi proteger as pessoas, porque não pude fazer isso por ela.