Intenso - O Caso Portillo II ✔

Capítulo 20

Na segunda-feira depois de voltar pra capital me encontrei com Dulce na hora do almoço. Assim que cheguei ao restaurante, a encontrei numa mesa me esperando. Sorri e me sentei na frente dela.

- Por que esse almoço de última hora? - encarei Dulce.

- Tenho uma novidade incrível pra te contar.

- Deve ser incrível mesmo pra você estar empolgada assim. - sorri. - O que aconteceu?

- Você não é mais a única futura mamãe. - Dulce sorriu e colocou as duas mãos sobre a barriga.

Arregalei meus olhos um segundo depois quando a minha ficha caiu.

- Você está gravida? - sorri.

- Uhum! - ela assentiu, seus olhos brilhando.

- Ah meu Deus parabéns! - me levantei e a abracei. - Cara, Ucker deve ter pirado quando soube né?

- Sim, ele ficou tão feliz, mais feliz do que eu imaginava!

- E você como está?

- Acho que a minha ficha ainda não caiu 100%, acho que só vou acreditar quando minha barriga começar a crescer, e eu sentir o bebê dentro de mim. Você sabe como é né?

- Sim, eu me senti igual, mas logo você vai estar tão envolvida nesse lance de ser mãe que não vai conseguir pensar em outra coisa a não ser em conhecer seu bebê. - sorri.

- Eu tenho certeza que vai ser exatamente assim! - Dulce respondeu. - Mas vamos comer que eu estou morrendo de fome e sabe como é né? Agora to me alimentando por dois. - brincou.

- Sim, vamos comer. - assenti, voltando a me sentar.

Almocei com Dulce e o clima não poderia ter sido mais alegre. Ficamos conversando sobre qual seria o sexo do bebê, ela me pediu dicas sobre o que fazer quando estivesse enjoada ou com muito sono. Eu sorria com uma satisfação enorme em poder ajuda-la como minha mãe e Angelique me ajudaram no começo da gestação.

Aquele não foi nosso primeiro almoço juntas. Nos dois meses que se seguiram, eu acabei me aproximando de Dulce. Íamos ao shopping juntas, eu a ajudei a escolher o berço e as coisas pro quarto do bebê e usando tons neutros acabamos comprando até algumas roupinhas. Dulce, que agora estava no terceiro mês da gestação, se deliciava em ver que as pessoas começavam a notar sua barriguinha e não via a hora de descobrir o sexo do seu filho.

- Se for menino o quarto vai ser azul ou amarelo, se for menina rosa ou lilás. - ela disse certa vez.

- Bom, eu entrei em um acordo com Sebastian e Alfonso e o quarto do nosso filho vai ser verde e azul turquesa. - respondi naquele dia.

Era uma terça-feira e eu estava na editora trabalhando. Me levantei pra pegar uma pasta na estante e senti uma pontada na minha barriga.

- Ai! - coloquei a mão sobre ela.

Senti um liquido escorrer pelas minhas pernas e fiquei mais assustada ainda.

- Ah meu Deus não pode ser!

Peguei o telefone na minha mesa e liguei pra minha secretária.

- Chame o Miguel pra mim, por favor! É urgente! - ofeguei.

Sentei na cadeira e acariciei minha barriga, eu estava de sete meses, não podia estar na hora do meu filho nascer, era cedo demais. Uma nova pontada me fez gemer de dor.

Miguel entrou na sala com minha secretária atrás dele.

- Vai nascer Miguel! - falei colocando a mão na barriga.