Análise

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A Revolução dos Bichos, de George Orwell, apresenta uma série de metáforas que remetem ao período histórico em que a obra foi escrita. Além de remeter ao egoísmo, autoritarismo, corrupção que há em relações humanas, sejam elas políticas ou sociais, os personagens também lembram características de personagens históricos. Como, por exemplo, Major que apresenta semelhanças idealistas com Karl Max, ou então Napoleão que se assemelha com Stalin, a quem o autor paralelamente faz uma crítica, devido à administração corrupta. Assim, a obra de Orwell é considerada pela crítica uma fábula satírica, onde a realidade é retratada com um toque cômico.

O sentimento de ambição e a busca pelo poder, pela vantagem, levam os porcos, principalmente Napoleão, a esquecer dos princípios e motivos que os levaram até a Revolução. Os porcos passam a tomar o lugar dos humanos, e a explorar os outros animais tanto quanto Sr. Jones explorava. O Animalismo, que passa a denominar o sistema e as regras que o regem, se transforma à medida que os interesses dos porcos vão mudando; mais uma vez remetendo ao Socialismo, duramente criticado por Orwell.
Com isso, até as os sete mandamentos, a principio criados para nortear a Revolução e ditar regras de convivência, vão sendo mudados. E, mais uma vez metaforizando o povo que possui memória curta, os animais não se lembram das regras, não se lembram como era antes da Revolução, e muito menos conseguem comparar se a vida na granja está pior ou melhor, nem mesmo se lembram se o que foi prometido, foi cumprido.

Resumo A Revolução Dos BichosOnde histórias criam vida. Descubra agora