Capítulo 1

18 2 0
                                    

1

Com a faca na mão de unhas pintadas de vermelho como o sangue escarlate respingado no chão do apartamento, Ana uma mulher alta sob um salto de quinze centímetros olhou no fundo dos olhos verdes e assustados de Isabelle. A morena havia conseguido irritar Ana de todas as formas.

Em primeiro lugar, Isabelle sabia muitos segredos sobre Ana Marques, que tentou desmenti-los há alguns dias, mas a jornalista e fotografa estava tão envolvida nesta família que adentrou no mistério sem saber que acabará de entrar em sua cripta. Em segundo, Isabelle começou a ter um relacionamento íntimo com a garota desmaiada aos pés da cama. A sobrinha de Ana Marques era a total parte deste segredo, sem contar as outras pontas soltas que não cabe a explicar agora.

Isabelle gemeu ao sentir a amarração da corta apertada em seus pulsos se apertar mais. Ela ainda estava calada olhando atentamente para Ana que ainda a ameaçava aos berros com a faca reluzente na mão.

Ela olhou para a garota desmaiada fugindo dos olhares flamejantes de ódio que vinha de Ana, até que apagou com uma punhalada na cabeça caindo no chão ao lado da outra garota.

__ Alice – Ana praguejou algo ao ver o que sua assistente pessoal havia feito, não era para Alice estar ali, pois Ana a havia mandado encontrar Amanda.

Alice por sua vez verificou se Isabelle estava viva, um pesar iluminou sua mente fazendo-a acreditar que bateu com muita força com um troféu na cabeça da pobre Isabelle.

__ Dez dias, Ana. Foi o que te pedi, mas nem isso você conseguiu fazer – Alice gritou as palavras como se quisesse que até mesmo os vizinhos do andar abaixo a ouvisse – era o que precisava nesta turnê maluca de moda que você inventou. Agora tudo foi por água abaixo.

Ana jogou a faca no chão fazendo Alice acreditar que ela realmente havia se cansado de torturar Isabelle.

__ Você demorou muito, as coisas estão desmoronando, Alice – Ela deu uma passo à frente arrumando o cabelo louro para trás – algumas coisas fugiram do controle eu sei, mas nada que eu não possa arrumar.

__ E como irá explicar um jornalista desaparecida – Alice olhou para a outra garota desmaiada aos pés da cama – e sua sobrinha? O que você está fazendo, Ana?

Alguns dias Antes

Ana fechou a porta do closet atrás dela e encarou Emanuelle, sua sobrinha de dezenove anos que estava brava com a tia, más decisões foi o que a fez ficar com um bico que poderia tocar o nariz de Ana que apenas sorriu ao percebe-la ali.

__ Deixei claro, Emanuelle que nossa estadia aqui em Paris seria rápida. Não vou mudar de ideia.

Ana passou por ela caminhando até a varanda do quarto que dava vista para a Torre Eiffel. O céu estava todo azul e mesmo assim o frio fazia com que Ana ficasse nervosa, ela sempre foi uma mulher que gostará de calor e praia, mas com sua nova grife de roupas femininas, sua assistente sugeriu que ela passasse uns dias em Paris para a divulgação das novas peças de roupas e sapatos.

__ Tia – começou Emanuelle.

__ UP – disse Ana interrompendo a garota – já lhe disse que não gosto de ser chamada de tia.

__ Ana, você o conhece, ele é um bom rapaz. Tem boas intenções...

Ana virou-se para olhar para Emanuelle e com um sorriso sarcástico no rosto disse:

__ E te pediu em namoro dois dias depois de se conhecerem, agora você quer que eu o leve atrás de mim como um parasita sugador. Não vou repetir minha decisão Emanuelle – ela voltou a vislumbrar a vista da varanda do último andar do prédio onde estava hospedada há dias – espero que suas malas estejam prontas para amanhã.

Dangerous WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora