Capítulo 9

2 1 0
                                    

Amanda se abaixou quando o carro entrou no jardim da mansão branca com todas as luzes acesas, ela havia seguido Mayere e Emanuelle durante o passeio no shopping que agora aguardava o retorno das duas, escondida atrás de um arbusto do lado de um muro de um metro. Amanda viu Emanuelle sair do carro e depois a viu entrar na mansão, ela viu Mayere sair do carro procurando a melhor rede de sinal para completar a ligação, ela correu abaixada pelo canto dos arbustos e pegou uma pá de jardim.

Mayere se aproximou um pouco mais da entrada para o jardim dos fundos e Amanda viu ali o momento perfeito para acerte-la na cabeça com a pá, feito isso Mayere caiu na grama e tentou gritar antes que levasse mais um golpe, mas seu grito foi abafado quando Amanda lhe acertou mais uma vez fazendo-a desmaiar.

Amanda olhou para a mulher indefesa e sorriu sentindo um tipo de prazer ao ver que próximo ao topo capilar de Mayere escorria sangue.

Ela se abaixou e viu se ainda havia pulso, contatado que sim ela a puxou pelo braço até a entrada do jardim principal, e depois mais um pouco até chegar próximo a um carro prata. Com dificuldade Amanda conseguiu colocar Mayere dentro da mala do carro e depois acelerou o carro indo para a sepultura da inimiga de uma mulher amada.

__ Chegou tarde – disse Ana, assim que viu Emanuelle nos primeiros degraus da escada – dia corrido, querida?

__ Quase – respondeu a garota desistindo de ir para o quarto para ir a cozinha – Sei que não gosta muito das coisas que Mayere fala, por isso a convidei para um passeio – disse Emanuelle se aproximando de Ana.

__ Quando quiser saber de alguma coisa pode me perguntar – Ana levou o copo d'agua até a boca e tomou um gole – as vezes me chateia mais você confiar em Mayere do que em mim.

__ Desculpa, Ana. É que eu não sei como tocar no assunto com você.

__ Eu sei – Ana puxou a cadeira de madeira rustica e se sentou apoiando os braços sobre a mesa quadrada no centro da cozinha – o que quer saber sobre sua mãe?

Emanuelle franziu o cenho surpresa pela a atitude de Ana, ela não esperava que Ana fosse se comportar assim, com total cumplicidade para falar sobre aquele assunto.

Ela ficou em silencio encarando a tia por alguns segundos, depois olhou para o chão como se tivesse vergonha.

__ Como minha mãe morreu? – Disse por fim.

Ana respirou fundo e com o coração batendo a mil disse:

__ Estávamos na cabana de praia, meus pais tinham acabado de sair, eles tinham ido buscar uma amiga minha. Você tinha acabado de nascer e esse era o motivo da comemoração – Ana fechou os olhos como se ainda vivesse aquele momento – Dois homens entrou na cabana e anunciaram o assalto, eles usavam capuzes que cobriam seus rostos, no primeiro grito que sua mãe deu eles atiraram. Foi horrível e olhar para ela morrendo ao meu lado foi a pior coisa que me aconteceu, comecei a ouvir você chorar no outro quarto. Os ladrões levaram nosso dinheiro e joias, tudo o que era de valor, quando meu pai entrou na cabana um deles atirou e meu pai foi ao chão. Foram duas perdas, até então. O outro mirou o revolver na minha direção, implorei pela minha vida enquanto o outro despejava gasolina pela casa, havia gasolina em tudo, nas paredes no sofá, até mesmo em cima dos corpos. O mesmo acedeu o isqueiro e ateou fogo em tudo, consegui salvar você que não parava de chorar em meus braços enquanto – Ana deixou escorrer lagrimas de seus olhos – enquanto te protegia do fogo.

__ Eu sinto muito – Emanuelle se aproximou e abraçou a Ana – eu não queria fazer isso, eu juro, eu não queria fazer você remoer essas lembranças.

__ Eu prometi a mim mesma que cuidaria de você, Emanuelle, eu jurei que nunca te deixaria – Ana abraçou mais forte a garota que começará chorar também – eu prometi, Emanuelle.

Dangerous WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora