Capitulo 3

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Alice ficou encarando os dois policiais durante alguns segundos, ela respirou fundo e finalmente gritou por Ana, que surgiu de trás dela como se já estivesse ali desde que ela saiu do quarto.

__ Eu sou Ana Marques, o que posso lhe ajudar? – Ana abriu um sorriso largo, mas o policial não mostrou ser muito amigável quanto ao sorriso irônico de Ana.

__ Ontem, durante a festa de falecido Marcellus...

__ Falecido o que? – Ana fez que estava surpresa com a notícia, Alice a encarou com os olhos arregalados e o policial que mostrou o distintivo percebeu o olhar de Alice.

__ Marcellus foi encontrado morto em um dos quarto de hospedes de sua mansão, a assassinato ocorreu da meia-noite a uma hora da manhã segundo o médico legista.

__ E o que eu tenho a ver com isso? Embora esteja checada de que um amigo antigo da minha família esteja morto, não me vejo tendo relação com tal ato ocorrido. Estava na festa e tenho testemunhas para provar isso.

__ Eu tenho imagens de Ana, neste mesmo período, fotos tiradas pelo fotografo da festa. Eu mesma as solicitei ontem para atualização da nossa página em redes sociais – disse Alice se pondo a frente de Ana, que sorriu satisfeita.

__ Ontem foi inserido um convidado de última hora em seu nome Ana Marques, Deklan Martiolle, este foi encontrado morto ao lado do anfitrião. O que me leva ao seguinte fato, porque ele foi inserido na lista de última hora por você?

__ Estou em choque – Ana se virou para Alice – reagende minha reunião no Brasil, Alice. E por favor, chame o Sr. Edward.

Alice pegou rapidamente seu smartphone e chamou pelo advogado de Ana, os policiais entraram a pedido da loura e assustada Ana Marques, que fez questão de tomar um calmante na frente dos policiais. Ela mostrou as mão tremulas.

Os dois policiais estavam sentados no sofá branco da sala de estar quando o Sr. Edward chegou.

O homem de cabelo grisalho embora a aparência era de ter uns trinta anos, pediu que Ana o acompanhasse até a cozinha.

__ Me conte o que aconteceu, Ana – disse o Sr. Edward fitando Ana com seus olhos verdes.

Ele usava um tenho preto e o cabelo arrepiado em um topete no alto da cabeça.

__ Eu matei os dois – Edward se mostrou tolerante com a situação – insinue que Deklan matou Marcellus por ciúmes, já que Deklan ficou furioso que o anfitrião dançou com a minha sobrinha, Carol pode confirmar isso, porque ele a deixou no salão depois de uma discussão, ela subiu para me procurar, mas eles não precisão saber disso, já que Deklan se matou depois de matar Marcellus.

Voltando para a sala, o Sr. Edward encarou os olhos dos policiais e repetiu exatamente o que Ana havia sugerido no outro cômodo.

__ Não pensamos nisso, vou precisar falar com sua sobrinha Senhora Marques – disse um dos policiais.

__ Somente depois de emitir um mandato para isso – o Sr. Edward com frieza, um olhar diferente do de antes quando explicava o caso para os policiais.

__ E ela está dormindo – Começou Alice – não vou acorda-la para explicar que seu namorado enciumado matou Marcellus e depois se matou, ela não suportaria.

Ana se colocou à frente de seu advogado.

__ Tenho uma viajem agendada e não posso ficar adiando meus compromissos – Ana cuspiu as palavras altas o suficiente para levar um olhar furioso do policial que ela encarava ao falar.

__ O que minha cliente quer dizer, é que ela tem compromissos e não quer estar envolvida em situações como estas – Sr. Edward interrompeu Ana chamando toda a atenção dos policiais para ele.

__ Sinto muito, mas entendi exatamente o que seu cliente quer, Vamos Tenente – disse um dos policiais se levantando.

O outro se levantou, Alice os acompanhou até a porta e sorriu ao fechar a porta para eles. Alice voltou avançando em Ana com tapa no ombro forte como se ela estivesse matando um dos insetos que ela mais detesta.

__ Idiota, o que você fez, Ana Marques, me diga que não tem nada a ver com isso, por Deus – Alice disse com um olhar furioso enquanto Ana arrumava o roupão de seda branco.

__ Obrigado Sr. Edward, fique de plantão, vamos para o Brasil, se é que a incompetente da minha assistente vai conseguir falar com o piloto do meu jato particular. Você virá conosco.

Sr. Edward não pode esconder sua surpresa ao franzir o cenho e arregalar os olhos fazendo seus lábios formarem uma linha reta.

***

Ana subiu os degraus para a entrada do seu jatinho particular na ponta dos pês, ela não podia negar que sentia um pouco de medo de altura, embora, já havia viajado milhares de vezes nele voando e voando para vários lugares, ela se sentia insegura quanto à altura. Emanuelle entrou logo atrás dela com um vestindo um shorts curto amarela e uma regata branca, ela esperava um ar quente ao chegar no Brasil, seria sua primeira vez no pais e tudo o que ouviu falar era que o Rio de Janeiro fazia calor e as praias eram maravilhosas. Ela ainda não tinha recebido a notícia sobre Deklan, então acreditava que ele havia desistido da viajem.

O Advogado e Alice entraram em seguida se acomodando nos bancos na frente de Ana, os dois a encararam se acreditar no que Ana tinha feito, e mesmo que Alice sabia muito bem do passado de Ana, ela se negava a acreditar que sua sombra de maldade tivesse retornado a assombrar sua vida.

Por dentro do jato branco, as cores pardo e marrom escuro predominavam, dando a sensação de um ambiente calmo.

"Vamos decolar em um minuto, Senhora Marques", disse o Piloto pelos alto-falantes que pararam de reproduzir uma melodia de piano para ecoar sua voz de locutor de rádio pela extensa cabine que terminava em uma porta para o banheiro.

__ Emanuelle – Ana disse em voz alta, chamando a atenção da garota que teclava no smartphone – Preciso te falar algo. Começa com Deklan ficou com ciúmes da sua dança com Marcellus, matou o pobre e depois cometeu suicídio.

__ O que?

__ Sinto muito, querida.

Ana nunca foi boa em dar notícias ruins, ela ia direto ao ponto sem fazer rodeios, Alice se prontificou a se levantar e ir abraçar Emanuelle que ao perceber que era "totalmente" verdade começou a chorar e gritar que não iria para o Brasil, ela gritava para sair dali de dentro, a porta automática travou e o jatinho começou a percorrer a pista de voo para a decolagem.

"Apertem os cintos", disse o copiloto.

Alice puxou o cinto e se prendeu ao banco, ela fez o mesmo com o cinto de Emanuelle que não parava de chorar enquanto gritava seu ódio por Ana que pouco se importou com o escândalo, apenas colocou os fones de ouvido e curtiu sua novela mexicana com mais dramas que sua própria vida.

__ Alice – Ana gritou para ser ouvida – entre em contado com aquela vadia da Mayere, diga a ela que vamos ficar na mansão do Condomínio Palace e não quero vê-la por lá.

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Dangerous WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora