7. Importar-se

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"You might not know this... But I'd go out of my way just to make sure that you're okay."

**

Assim que meus olhos se abriram na manhã seguinte, de forma preguiçosa e sem ânimo, encarei o teto acima de mim. Eu ainda estava preso naquela terrível realidade paralela e sem perspectiva alguma de sair dali, como bem pude perceber. Pois aquela cama era diferente da que se encontrava em meu minúsculo apartamento e muito similar a da casa de Harry, assim como a tonalidade das paredes a minha volta que são absolutamente diferentes as de onde eu morava antes de vir cair nessa pregação de peça que a vida resolveu armar para mim.

Bufei irritado e uma expressão cansada tomou conta de meu rosto.

Como eu poderia sair dali se nenhuma de minhas tentativas gerou algum resultado positivo?

Por Deus!

Eu ajudei senhoras de idade a atravessarem a rua... O universo poderia pegar um pouco mais leve comigo.

Distraído, virei a cabeça para o lado e, no mesmo instante, arregalei os olhos de susto ao me deparar com as órbitas esverdeadas me observando com intensidade. Com extrema intensidade.

Constrangido por isso, desviei o olhar e encarei o teto novamente.

─ O que está olhando? ─ Perguntei, porém não recebi resposta alguma.

Ainda bem que Harry não é algum tipo de psicopata – assim espero –, porque seria ainda mais assustador que isso.

A mão de Harry, no entanto, deslizou por debaixo do cobertor, chegando milésimos de segundos depois em minha barriga coberta pela camiseta de pijama e repousando ali. Contraí instintivamente, porém meu suposto marido não pareceu perceber, pois adentrou o tecido, continuando sua trajetória, deixando que seus dedos trilhassem um caminho por minha pele, fazendo com que cada pedaço de meu corpo se arrepiasse ao toque.

Sua mão então se afastou e agradeci aos céus por isso.

Eu não podia cair em tentação.

Nem por um segundo eu poderia.

Acreditei que talvez Harry tenha voltado a dormir por ainda ser muito cedo e por ter acordado antes do despertar do relógio. Eu tinha esperanças que fosse isso, mas... No instante seguinte, o colchão se afundou um pouco mais perto de mim e o rapaz que diz ser meu marido foi totalmente para debaixo das cobertas, formando um bolo gigante embaixo dela.

Logo em seguida, causando arrepios em minha espinha, os dedos longos de meu suposto marido subiram minha camiseta delicadamente e minhas pupilas já estavam extremamente dilatadas por isso. Eu senti o toque de sua respiração em minha pele e mais uma vez contraí minha barriga.

─ Harry. ─ Aquilo era para ser uma advertência, mas minha voz me traiu como se pedisse para que ele continuasse.

E eu pude sentir o sorriso no rosto de Harry ao notar as reações que ele produzia em meu corpo no momento em que o rapaz que dizia ser marido se aproximou de minha barriga e beijou a pele dela. Fora como um choque em meu corpo. Em cada extremidade dele. As mãos do rapaz seguraram firme em minha cintura e eu desejava, mesmo que secretamente, que ele me puxasse para mais perto. Eu senti seus dentes e seus lábios grossos e gentis se arrastando por minha pele e queria mais. Mesmo contrariando meus próprios pensamentos, desejava mais.

Estava me segurando nos lençóis para não agarrar em seus cabelos ondulados e pedir para que ele descesse seus beijos mais para baixo.

"Por favor, Harry, me beije mais... Mais para baixo."

Strange Destiny (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora