Strange Destiny (Larry Stylinson)

2. Fraldas sujas & Dores de cabeça

Hey!

Me perdoem, amores! A demora foi devido a correria da faculdade, mas já consegui me organizar. Segunda eu postarei mais um capítulo, okay?

Boa leitura!

-x-

  "Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela."

**

Eu podia sentir os olhos de Harry sobre mim. Aqueles olhos esverdeados de um tom diferente de todos os que eu já vira que me perfuravam na tentativa de encontrar dentro de mim o que acontecia de errado comigo, porque pela expressão dele durante todo o café da manhã ele sabia que o Louis ao qual ele conhecia estava em falta naquele momento.

Mas eu não me importava se ele sentia falta daquele Louis que parecia ser a versão contrária a minha. Meu único foco naquele momento era voltar a minha vida de antes e, sinceramente, não pertencer a nenhuma família, não ter filhos, nem marido, muito menos um cachorro cheirando a manga e o mais importante: não ter um trabalho terceirizado a minha espera.

Como eu agradecia por ser domingo...

Por Deus! Como eu agradecia!

Pois, talvez, com um pouquinho de sorte, desse tempo de resolver aquela confusão antes de ter de acordar cedo para trabalhar em um emprego de um salário mínimo.

Bem... Se a sorte estiver a meu favor.

─ Papai, o que você vai fazer de almoço hoje? ─ Lily me fitava com seus gigantes olhos cor de amêndoa me questionando e, como se não bastasse ser chamado por aquele adjetivo outra vez, eu aparentemente cozinhava também.

Ok. Eu realmente estou vivendo em uma realidade paralela, pois eu não sabia nem sequer fazer panquecas ou ovos fritos.

─ Você ainda está tomando café e já está pensando no que irá comer no almoço? ─ Harry disse reprovando, mas ao mesmo tempo sorria para a pequena garotinha. Negou com a cabeça em seguida e soltou uma leve risada engasgada.

Será que eu deveria dar tapinhas nas costas dele sempre que fizesse isso?

Com a expressão totalmente alheia ao que acontecia naquela mesa, tomei um gole de meu café enquanto estava perdido em próprios pensamentos. É claro que sentia os olhos de Harry como águias presos em mim, observando cada movimento meu por cima da xícara, porém resolvi ignorar a sensação incômoda que eu sentia, como se eu estivesse sendo minuciosamente calculado, e também fingi que não vi, pois já tinha muito com o que me estressar.

─ Mas eu estou com tanta fome, papai Harry. ─ Ela comentou sorridente, deixando de lado a feição cansada e sonolenta de mais cedo. ─ Só quero saber o que terá de almoço...

─ Hum... Ok, tudo bem, tudo bem. - O encaracolado pareceu ceder. ─ O que terá de almoço, papai Louis? ─ Questionou com certo interesse demasiadamente exagerado por algo tão simples como se estivesse à espera de um deslize meu para pular em cima de mim como se eu fosse uma presa diante de suas garras.

Bem... Talvez eu desse esse prazer a ele. Afinal, não tinha a mínima intenção e vontade de atender suas expectativas e evitar decepcioná-lo.

─ Não sei cozinhar... ─ Dei de ombros e tomei mais um gole de meu café, fitando Harry à espera de uma reação sua. Algo como olhos arregalados, boca entreaberta, sobrancelhas franzidas, expressão indignada ou o sorriso desaparecendo de seu rosto.

Algo verdadeiro de uma novela mexicana.

Não faria diferença para mim, afinal.

Mas não fora isso que aconteceu.