CINCO Por Cento

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- Por favor... vai pra casa e a gente conversa mais tarde – peço baixinho, sem saber onde me esconder de todos aqueles olhares que vagavam de Park Jimin para mim.

- Eu já disse que não vou a lugar nenhum. Você não vai fugir de mim de novo – cruza os braços sobre o peito – Me responde agora.

Minha boca abre e fecha umas três vezes seguidas. Eu não sei o que fazer, não sei o que falar, não sei o que pensar. Só conseguia sentir minha timidez me engolindo dos pés a cabeça bem lentamente.

- Não vai falar? Ta bom, eu falo então... pra todo mundo ouvir – ele da passos largos até o balcão e num rápido impulso se senta sobre o mesmo.

Meu rosto queima, meu coração quer sair pela boca. Quando ele faz menção de se por de pé eu seguro sua blusa.

- Você ficou maluco? Desce daí, por favor – peço em tom de súplica.

- A gente vai ter essa conversa agora Ásia, de um jeito ou de outro e aqui mesmo se você não for comigo – Park Jimin faz questão de manter seu tom de voz o mais alto possível.

Olho a minha volta, reparando superficialmente nos rostos desconhecidos que pareciam estar cheios de expectativas. Ao meu lado Suk Suk mantinha as mãos apertadas sob o queixo e tentava segurar toda sua euforia, falhando completamente por que tinha um sorriso enorme e bobo estampado na cara. Tava amando me ver daquele jeito, só pode.

- Posso tirar o resto do dia com as minhas horas extras? – pergunto envergonhada para Kim Jae Won. O dono do café que olhava a cena toda de braços cruzados.

Ele afirma com a cabeça apenas uma vez, me fuzilando com os olhos. Eu rapidamente tiro meu avental e pego minhas coisas sob o balcão antes de contornar o mesmo e agarrar novamente Park Jimin pela blusa.

- Deixa esses clichês de Hollywood pra lá – murmuro enquanto o puxo, fazendo-o quase cair e o arrasto porta a fora.

Só consigo ouvir alguns clientes dizendo coisas como "o que está acontecendo?" ou "acho que ele gosta dela". Como eu ia voltar a trabalhar ali depois daquilo?

(...)

Passamos o caminho inteiro em completo silêncio dentro do carro. Era muita coisa pra ser dita e colocada pra fora, mas nem o café e nem o carro seriam um lugar certo pra isso. O jeito era apertar as unhas nas palmas das minhas mãos e aguentar o nervosismo que era estar perto dele.

Assim que chegamos em seu apartamento, tirei rapidamente os sapatos e me dirigi ao centro da sala. Me viro o vendo trancar a porta e tirar seus sapatos também, colocando a chave cuidadosamente dentro do seu bolso enquanto vinha em minha direção. Parece que fazia questão de me mostrar que eu estava trancada ali e não sairia não importa o que eu fizesse.

- Tô esperando uma explicação – cruza os braços pela segunda vez naquele dia – Por que você quer tanto fugir de mim quando eu sei que a gente quer as mesmas coisas?

- Não me vem com essa Park Jimin, eu sei que você tem outra namorada.

Ele franze o cenho.

- Da onde você tirou isso?

- Do seu perfil, daquele monte de fotos que aquela menina coloca na internet com você. Os dois tão íntimos,dançando juntos, sempre tão perto.

- Você fica vendo meu perfil?

Droga! Admitindo que eu sou uma idiota que o perseguia. A merda já estava feita mesmo...

Tipo Ideal Perfeito - pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora