Eu realmente achei que um de nós sairia com um olho roxo, e eu tinha a absoluta certeza que seria eu.
Ela veio em minha direção, parecendo um monster car querendo esmagar um fusquinha, e eu pobre fusca, iria virar um amontoado de lata amassada.
— Então quer dizer que você se acha no direito de sair com minha melhor amiga, e ficar com ela? — disse ela, chegando de supetão quando eu estava guardando meu livro de matemática em meu armário.
— Sua amiga? — questionei sem entender direito o que estava acontecendo.
— Não se faça de desentendido, você saiu com a Sabrina ontem, dizendo ser outra pessoa, e ter outra idade.— como sempre, me meti em encrenca, fazia tempo que não entrava numa dessas.
— Eu só queria me divertir, sem essa de me dá brinca ou chegar com esse drama, não fiz por mal, e nem sabia que essa guria era sua amiga. Relaxa, não foi nada.— tentei me defender, ou me explicar, mas não foi muito inteligente.
— Tô pouco me lixando pro seu divertimento, fique com quiser, mas bem longe do meu ciclo de amizades. Okay? E eu não estou de drama, seu crianção!— ela estava realmente exaltada.
— Okay! — respondi, enquanto olhava para o livro que ainda estava em minha mão, e me perguntava o por quê das mulheres serem tão complicadas como matemática, e sorri da cara dela de brava, o que realmente me fazia achar graça, embora toda essa confusão me deixasse tenso.
— Calma aí senhorita irritadinha, pensa comigo: Melhores amigas são tipo irmãs, certo? Então, é bom que fica tudo entre família. — falei, provocando.
— Estúpido! — disse ela marcando meu lado esquerdo do rosto com seus cinco dedos(E doeu bastante)
— Ei! — Exclamei numa expressão de dor. — Isso dói, sabia? Você até que bate bem, para uma garota. Maluca! — falei levando minha mão até o lado em que havia sido atingido e fechei o armário batendo a porta com força.
— Galinha! — Gritou ela.
— Dramática!— exclamei.
— Escroto!— murmurou ela.
— Metida!—falei, e pisquei o olho para ela.
— Tarado!— falou em tom mais baixo.
— Safada!— murmurei chegando perto.
— Gostoso!— sussurrou ela em meu ouvi.
— Delícia!— retribuí.
— Te odeio!— falou, olhando em meus olhos.
— É recíproco!— retribuí.
E quando menos percebi, já estávamos nos beijando no corredor da escola.(E no pensamento, eu estava me perguntando; como ela conseguiu entrar na escola, já que ela não é mais do colegial, mas ela sempre dá um jeito de conseguir o que quer, então isso respondeu minha pergunta)
O sinal tocou fazendo com que parássemos de nos beijar. Ela me abraçou e sussurrou em meu ouvido: — Da próxima vez que você ficar com uma amiga minha, você vai perder a oportunidade de um dia realizar o sonho de ser pai, se é que um dia você queira.
— Você não faria isso, faria?— questionei, já sabendo a resposta, e realmente eu sabia.
— Se duvida, pague pra ver! — respondeu ela, sendo previsível.
— Você é maluco, sabia? — disse ela, nesse momento parecendo um pouco tensa.
— Por que? — questionei sem entender sua tensão.
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Amizade Preto e Branco
RomanceUm romance disfuncional. Disfuncional: Essa palavra se encaixa perfeitamente na descrição da quase não relação entre Samantha Motta e Guilherme Trindade. Existem pessoas que foram feitas para ficarem juntas para sempre, para se amarem daquela forma...