Capítulo VII - Bêbado e vômitos, Banho de banheira e Lap dance

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Estava tudo girando, eu estava passando mal, e ela chegou, assim como os heróis sempre chegam na hora que alguém está em apuros. Falou que tudo iria ficar bem, me carregou até fora da casa, me colocou dentro do taxi e se sentou o meu lado me abraçando. 

Até que tudo ficou preto por um tempo, e só voltou ao normal quando já estávamos na minha casa.

 — Sam...Você tá chateada comigo? — perguntei com aquela voz rouca e insuportável de bêbado.

— Apesar de você ter vomitado em mim duas vezes dentro do táxi, eu não estou brava com você. — Falou ela me colocando sentado na cama, e eu caia deitado para trás.

— Sam?— questionei confuso, sentindo minhas pernas balançarem. 

— O quê?— perguntou ela, parando de mexer minhas pernas. 

— Por que você tá tirando minhas calças?— perguntei, sabendo que a resposta não seria o que eu tinha em mente. 

— Você precisa de um banho! — falou ela, me fazendo sentar novamente e tirando minha camiseta. — Vem, levanta, eu te levo até o banheiro. — e lá foi ela me carregando fazendo um tremendo esforço para conseguir.

Eu definitivamente estava me sentindo um bebê; não conseguia andar sozinho, mal conseguia falar e estava sendo carregado até o banheiro para tomar banho.

— Quando eu imaginei nós dois dentro de um banheiro, não foi exatamente dessa forma. — disse ela me colocando sentado na banheira e ligando a ducha.

Foi interessante saber que ela já havia imaginado nós dois no banheiro, até porque foi uma das poucas coisas que não haviam ocorrido entre nós. 

— A água tá muito gelada. — reclamei.

— É bom assim, pra você ficar desperto e se sentir melhor!

Ficar desperto eu até poderia ficar, mas me sentir melhor, não era algo que eu poderia prometer. 

— Sam... — baixei a cabeça.

— Pode falar, Gui.— me olhou tentando entender. 

— Desculpa por isso.— e lá fui eu começando a agir como um bêbado sentimental. 

— Você não precisa me pedir desculpas, você apenas exagerou. É normal tomarmos porres na nossa idade, não se sinta mal por fazer o que a maioria dos jovens fazem. 

— Mas o Vini praticamente te obrigou a ir na festa do Carlos, me buscar. Eu sei que você não queria me ver, e eu aceitei isso. (Ou pelo menos estava tentando aceitar)

— O Vini estava tão bêbado quanto você, não ia conseguir te trazer para casa. Ele fez certo em me chamar, eu moro perto do Carlos.

— Eu não queria que você me visse assim.— Baixei a cabeça novamente. 

— De cueca? — Perguntou ela fazendo graça. — Já vi inúmeras vezes, inclusive sem ela. (Ela também saber ser idiota as vezes)

— Eu quis dizer, bêbado.— expliquei, e sorri com suas gracinhas. 

— Sem problemas Gui, você pode contar comigo.— sorriu de canto. 

— Como amiga, certo? — perguntei, retribuindo com um sorrido insatisfeito.

— Não vamos falar sobre isso agora. Por favor. — falou ela me levantando e me entregando o sabonete.

— Não me larga, se não eu caio, okay? — falei me sentindo um bobão por ainda está tondo. Eu definitivamente não deveria ter tomado aquela Natasha inteira sozinho.

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