Capítulo 7

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CAPITULO 7

Artur

Lua bate a porta e fico com o cenho franzido, olhando o espaço vazio até escutar o carro saindo da nossa garagem.

— O que será que estava preocupando minha Loira? — pergunto-me ao levantar da cama.

Nosso final de semana foi tão bom. Depois dos acontecimentos, por mim já esquecido, da manhã de sábado, o restante foi praticamente perfeito. O filme, a boate, o sexo no carro e o resto da noite, tudo foi sensacional. Sorrio e sigo para o banho. Enquanto a água corre pelo meu corpo me permito pensar sobre meu relacionamento com Luana. Para mim ela é minha mulher sim. Mesmo que um papel não me diga isso. E amo a nossa vida de casados, mas sua mãe estava certa, precisamos desses momentos "a dois" por mais vezes, para sair da rotina e reacendermos a chama do relacionamento. Lógico que o meu fogo nunca apaga, mas temos que garantir.

Termino o banho, escolho uma calça de microfibra preta e uma regata branca. Calço um par de tênis, pego minha mochila e desço as escadas. Hoje estou a fim de treinar pesado.

A cozinha já está arrumada, mas o cheiro de café fresco ainda está no ar. Tomo uma xícara pequena e preparo meu lanche integral. Como uma tigela de cereais e, agora sim, estou satisfeito e pronto para o meu dia na academia.

Sigo com o meu carro pelas ruas de Bela Vista e admiro a fachada da academia assim que estaciono. O pai do Dan fez um projeto incrível aqui. O vidro predomina. Pelas janelas consigo ver a movimentação dos alunos em suas aulas e os professores dando o incentivo da melhor forma possível.

Amo meu trabalho. Não era Educação Física que eu tinha em mente quando era moleque. Meu pai queria que eu seguisse a sua profissão e fosse um ótimo advogado, já eu, sempre sonhei em ser médico, mas quando se tem uma pessoa entre a vida e a morte em suas mãos, tem que realmente ser dotado do dom, e eu percebi que essa vida não era para mim.

Hoje sei que foi a melhor coisa que já fiz na minha vida. Escolher a faculdade de Bela Vista, conhecer Dan e Pedro e me formar foi muito mais do que eu almejei.

Entro na academia, cumprimento Aline, que está na recepção. Passo pelos professores Hugo e Robson e subo os lances de escadas até o terceiro andar. Preciso verificar algumas coisas antes de cair na diversão.

— Bom dia, boneca — cumprimento Pedro assim que adentro o escritório.

— Bom dia — responde ele de cabeça baixa analisando um papel.

— Cadê o seu vizinho? — pergunto quando noto o computador de Daniel desligado. Ele sempre chega primeiro.

— Não virá hoje. Deixou vários pepinos e mandou uma mensagem avisando que Beatriz resolveu antecipar a viagem para a casa dos pais. Eles viajaram ontem à tarde.

— Mas esse Daniel é um folgado mesmo. Ele disse que iria na quinta-feira. Por isso agendei o Galvão para amanhã — reclamo enquanto faço uma anotação em minha agenda para ligar e reagendar uma data com o dono da marca. Ele exigiu a presença dos três.

— Aquele lá é pau mandado, isso sim — reclama Pedro me fazendo sorrir.

Logo o pequeno sorriso se transforma em uma gargalhada que eu não consigo segurar.

— Ficou louco? Está rindo do quê?

— Você falando em pau mandado. — Tento acalmar minha crise de riso, mas está difícil. — Você é o mestre de todos os paus mandados do mundo.

DEGUSTAÇÃO * Razões Para Recomeçar Onde histórias criam vida. Descubra agora