20° Capítulo

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Ucker: Que demora, pensei que tinha desistido.

Dulce: Não vou desistir nunca mais de você – eu disse sorrindo e ele me deu um selinho.

Ucker: Então vamos sair daqui logo.

Ele colocou minha mala dentro do carro e entramos. Quando saímos do 
condomínio senti um frio na barriga, mais estava feliz, o homem que eu 
amo estava comigo. O caminho foi longo, a favela era na zona leste e 
estávamos na zona sul. Eu apenas observava ele dirigindo, ele sorria 
as vezes para mim, então eu decidi tirar as minhas duvidas.

Dulce: Eu vou ficar na sua casa?

Ucker Sim.

Dulce: E você vai falar o que para as pessoas da favela, que eu sou quem?

Ucker: A mulher do chefe – ele sorriu.

Dulce: E eles vão pensar o que?

Ucker: Eu não me importo com que eles vão pensar, e pensem o que quiser, eles apenas vão te tratar com respeito.

Dulce: To com medo.

Ucker: Não precisa ter, você esta segura Dulce.

Ele entrou na favela, estava um pouco escuro, mais tinha muito 
movimento, comecei a desconfiar de que os traficantes não dormiam. 
Christopher parou o carro em frente a casa dele e entramos, ele carregava 
minha mala. Tinha umas pessoas na sala principal, elas me cumprimentaram com educação, eu me assustei, mas as cumprimentei também. Christopher
apenas ria de mim. Subimos para o quarto dele, que agora era meu também, ele deixou minha mala em cima da cama e apontou para uma das portas.

Ucker: Aquela parte do armário ta vazio, se você quiser pode colocar suas coisas lá.

Dulce: Pode ser amor. – eu sorri para ele.

Ucker: E então, vamos dar um jet?

Dulce: Dar o que? – eu disse confusa.

Ucker: Uma volta na quebrada amor. – ele riu.

Dulce: Quebrada?

Ucker: Dulce, uma volta na favela.

Dulce: Ata, agora entendi, vamos.

Ucker pegou uma arma que estava em cima da mesinha e colocou na cintura, eu olhei assustada para ele, mas logo relaxei, eu tinha que me acostumar 
com isso agora. Descemos e tinha várias pessoas na casa, eu não gostava 
daquilo, e Ucker percebeu. Fomos para a garagem, eu fiquei parada 
enquanto Ucker  abria o portão.

Ucker: Vamos com a sua moto, e você vai no toque.

Dulce: Minha moto? Toque? Não to entendendo mais nada.

Ucker: A R1 rosa é sua agora amor, eu disse que ela ia ser sua, e você vai pilotando.

Dulce: O que? Eu não sei pilotar, você só pode estar brincando comigo né Christopher.

Ucker: Eu vou te ensinar, mas ela é um pouco pesada, eu te ajudo.

Ele tirou a moto da garagem e fechou o portão, todos que estavam na rua ficaram nos olhando, eu estava morrendo de medo, nunca tinha pilotado moto antes, não iria conseguir, mais Ucker  ficou insistindo, e eu acabei subindo em cima da moto, ele ficou atrás de mim me explicando o que fazer, realmente a moto era pesada, mas eu consegui controlá-la. 
Acelerei devagar e virava a moto com dificuldade, aonde passamos os 
olhares se viraram pra gente, eu gostei disso. Ucker mandou eu freiar devagar, eu obedeci, quando a moto parou eu coloquei o pé no chão pra segurá-la, era mais pesada assim, Ucker me ajudou a descer. Entramos dentro de um barraco, tinha uns cinco traficantes usando drogas lá dentro, eles cumprimentaram a gente. Tinha duas meninas com eles, 
bonitas, mais deveriam ser traficantes também. Ucker sentou junto com 
os bandidos e ficou conversando com eles.

Autora
Próximo capítulo dia 08/10
Bjuss

Amor no TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora