Capítulo 1 - Não deves desesperar

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Música 1:

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Música 1:


"Seria algo desesperador, se caminhasses numa planície, com a agradável sensação de estar a avançar, quando na verdade retrocedias. Como porém escalavas uma encosta abrupta, bastante inclinada, coforme por ti mesmo vista de baixo, a causa do retrocesso bem poderia ser devido à disposição do terreno. Não deves desesperar." –  Franz Kafka


Quando o barco atingiu as pedras já era possível ver, mesmo que de longe, algumas pessoas numa praia tentando entender o que acontecia. Os três tripulantes holandeses não se machucaram muito. Sofreram com o impacto, mas isso não gerou foi nada muito sério além de dores musculares.

Por reflexo, tentaram algum contato no rádio para avisar onde estavam. Checaram os sinais, mas tudo era estática naquele local. O GPS dava um recado de que estava sem conexão e então, tudo o que eles tinham era a janela do navio.

Os três levantaram devagar a cabeça e avistaram a pequena praia a uma distância de cerca de 30 metros. Umas seis, no máximo dez pessoas podiam ser vistas lá com expressões de curiosidade.

- O que é isto? O planeta dos macacos? – perguntou o comandante Ferrus

Os marinheiros Camperine e Watt riram alto da comparação, mas Ferrus não estava brincando.

- É sério! Olhem aquelas pessoas! Elas são verdes!

Seus companheiros foram novamente até a janela e prestaram atenção no que o comandante disse. Sim, elas eram verdes, mas não eram anfíbios humanoides e nem primatas evoluídos. Eram pessoas normais com a pele esverdeada.

- Que porra é essa?! – se assustou Watt

- Nós temos armas? – perguntou Camperine

- Só sinalizadores, mas vamos pensar. Eles não parecem tão agressivos. Se fossem selvagens já teriam feito alguma coisa – advertiu o chefe

Enquanto bolavam algum plano, tentavam novamente contato, mas os sinais permaneciam na mesma. Ferrus foi pegar seu notebook para ver se conseguia algum tipo de conexão e por incrível que pareça tinha uma rede disponível.

- Ahhh! Hahaha! Tem wi-fi!

- O que?! Deixe-me ver! – se espantou Watt

- Watt, você que é bom nisso. Tente se conectar!

Apesar das tentativas, o sistema nem mesmo pediu algum tipo de senha. Ele simplesmente não conectava. Os três passaram alguns minutos ali como se fosse sua última esperança, mas o que aconteceu na verdade é que o sinal era apenas similar ao de um wi-fi. Ele era detectado pelo notebook, mas não decodificado.

Quando olharam novamente pela janela, as pessoas tinham sumido. A pequena praia estava totalmente vazia e não havia nenhum sinal de vida por ali exceto as aves.

Ferrus, Camperine e Watt se olharam e pela primeira vez tiveram medo de verdade.

Ferrus, Camperine e Watt se olharam e pela primeira vez tiveram medo de verdade

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