Capítulo 10

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– Feliz ano novo, senhorita Everdeen. – Peeta disse, erguendo sua taça de champanhe.

– Para você também, "senhorito" Mellark. – respondi alterada, copiando o movimento dele com a taça.

Eu não estava tão bêbada. Apenas me sentia feliz como há muito tempo não me sentia. E um pouco fora de controle.

– Annie, Finnick. Onde vão?! – Peeta perguntou caminhando até o casal, que juntava as coisas de Daisy prontos para sair.

– Vamos passar na casa da minha mãe. – Finnick respondeu. – Aproveitar a comida de lá também. – ele riu, me fazendo rir junto.

– Amiga. Você precisa parar de beber. – Annie disse me analisando. – Quer que te levemos pra casa? – perguntou.

– Eu bebi só dois copos de licor. – disse mostrando meus dedos.

– Katniss. Você está mostrando cinco dedos. – Ann suspirou.

– Tanto faz. – respondi. – Eu não quero ir embora.

Annie revirou os olhos.

– Peeta. Você cuida dela, por favor? Não a deixe beber mais. – pediu.

– Tudo bem. Deixa comigo. Vão em paz. – ele sorrio para os dois, os acompanhando até a saída.

– Peeta. – o chamei, enquanto ele fechava a porta, e me joguei no sofá. – Eu não devia ficar sozinha com você. – falei observando-o andar.

Eu achava lindo a forma que ele se movia. Realmente parecia um grande felino. Talvez um leão.

– Por quê? – perguntou, parando a minha frente.

– Porque talvez eu tente te matar. – respondi.

Peeta soltou uma risada.

– Achei que já tínhamos passado dessa fase.

– É que preciso manter minha pose de durona, se não acabarei confessando que eu ainda amo você. – soltei sem pensar, colocando a mão sobre a boca.

– Você ainda me ama? – perguntou.

Abaixei a mão, mordendo o lábio inferior.

– Podemos esquecer que eu disse isso? – questionei, colocando-me em pé. – Acho que dá tempo de alcançar Finnick e Annie. – falei tentando passar por Peeta, mas o mesmo me segurou, me puxando contra seu corpo. – Agora sim podemos voltar a parte que eu te mato. – sentia meus olhos se moverem agitados, enquanto as mãos dele escorregaram até minha cintura.

– Você ainda me ama? – questionou novamente, com a voz levemente rouca.

Seus olhos brilhavam, parecendo que finalmente os azuis voltavam a vida.

– Não. – respondi sem tentar me afastar.

Seu carinho em minhas costas estavam me amolecendo.

– Eu não acredito em você. – seus lábios se juntaram aos meus, e eu nem ao menos tentei me afastar.

Minhas mãos foram parar em sua nuca, enquanto eu mesma aprofundava o beijo.

A pressão de seu toque em minhas costas, me causava a leve impressão de que meu corpo não resistiria por muito tempo, e me entregaria de bandeja para Peeta.

E, talvez, pela confusão que o álcool me causara eu não parecia me importar. Não, enquanto Peeta me beijava daquele jeito. Não, enquanto minhas mãos subiam por baixo de sua camisa, arranhando sua pele.

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