destiny

Epílogo

E a promessa de Louis foi cumprida. Harry não poderia ser mais feliz do que estava sendo nestes últimos meses. Sua barriga já enorme, de seis meses, abrigava a princesinha dele e de Louis. Olivia.

Harry achava louco como sua vida deu uma reviravolta enorme, mas ele não podia reclamar. Se mudar para Holmes Chapel com Anne foi a melhor coisa que fez na sua vida. Conhecer Louis foi a melhor coisa que aconteceu. Ele não poderia estar mais feliz.

Depois da morte de John e Amanda, Harry e Gemma tiveram que dividir a herança. Eles venderam a casa, a empresa e mais algumas casas espalhadas pelo mundo que John e Amanda tinham. Ele não queriam ter nada daquilo, afinal não tinham lembranças muito agradáveis daqueles lugares. Harry não queria o dinheiro, mas achou que seria justo, afinal ele teria um bebê agora e queria dar a melhor vida possível à sua princesa. Gemma também não queria ter aquele dinheiro, ela ficou com o necessário para poder terminar a sua faculdade e ter uma boa vida. O que sobrou — muito — eles resolveram doar para caridades.

Harry e Louis estavam morando onde antes era a casa de Anne. A ômega já havia sido marcada pela Jay e morava com a mesma. Harry e Louis decidiram que seria bom ter uma casa só para eles com a chegada do bebê e Anne concordou totalmente, afinal a casa ficaria vazia mesmo.

Harry se lembra do dia em que decoraram o quarto do bebê. Ele e Louis não queriam algo muito rosa ou feminino, não gostavam disso de esteriótipos, afinal, Harry sofreu muito por simplesmente querer ser mais delicado. Resolveram que sua bebê poderia ser do jeito que quisesse e que enquanto ainda não podia escolher como se vestir, seu quarto seria neutro. Mas ficou tão adorável que Harry não conseguia controlar a vontade de ir lá várias vezes ao dia. Os bichinhos de pelúcia espalhados pelo cômodo e o carpete fofinho no chão davam um ar aconchegante e Harry simplesmente gostava de se sentar na cadeira de balanço que havia ali e conversar com sua Olivia, como ele fazia agora.

— Hoje vovó Anne e vovó Jay trouxeram um presente pra você, sabia, Oli? É a sua primeira roupinha: um macacão, todo amarelinho com uns bichinhos bordados. É adorável. — Harry deu um sorriso carinhoso acariciando sua barriga. — Você vai ficar linda nele.

E assim se seguiam horas de conversa. Harry não se sentia cansado, pois ele amava tanto sua bebê. E mais horas se seguiam quando Louis entrava no quarto com um lanche para Harry e ambos se engajavam em uma conversa com Oli. Era simplesmente um amor tão puro.

Harry se perdeu em conversas com seu bebê novamente e logo Louis entrava pela porta do quarto se sentando no carpete fofinho no chão.

— Hey, bebê, eu sei que você gosta de ficar aqui no cantinho da nossa Oli, mas eu tenho uma surpresa pra você. — Louis disse depois de dar um beijo na barriga grande de Harry.

— Uma surpresa? — Harry perguntou com animação em seus olhos.

Louis deu um sorriso carinhoso para seu ômega, assentindo.

— Venha, prometo que vai gostar.

Louis se levantou se pondo para fora do quarto e Harry o seguiu, tomando o máximo de cuidado ao descer as escadas, nunca tirando uma mão de sua barriga. Louis o levou para fora de casa, trancando-a e então seguindo até a garagem. Abriu a porta do passageiro para Harry, que novamente entrou com cuidado, fechou-a e deu a volta no carro, se pondo no lado do motorista.

O dia estava calmo, o céu azul e uma brisa agradável. Harry adorava dias assim e adorou ainda mais quando Louis parou o carro na frente do parque.

Saíram e Louis pegou uma cesta com um lanche e uma toalha os levando até uma parte calma do parque, perto do lago e embaixo de uma árvore.

Harry se sentou calmamente em cima da toalha, com medo de machucar sua bebê. Louis sentou logo em seguida com a cesta entre eles.

A conversa entre eles era natural enquanto comiam o que tinha dentro da cesta. Eram as coisas mais naturais possíveis e Harry se sentia aquecido por dentro ao ver que Louis cuidava dele e de sua bebê.

E então, quando Harry estava terminando uma banana e ambos não conseguiam comer mais nada, Louis suspirou, pigarreou e limpou suas mãos suadas na calça jeans em um claro sinal de nervosismo.

Harry o olhou esperando pelo o que ele iria falar, sua atenção totalmente voltada ao alfa na sua frente.

— Sabe aquilo que as pessoas dizem que a gente nunca sabe o que vai acontecer no futuro? Que a gente pode prever alguma coisa e algo totalmente diferente pode acontecer? Isso aconteceu comigo. Minha vida nunca foi cheia de surpresas, as coisas que aconteciam eram sempre aquelas esperadas: brincar, ir pra escola, fazer amigos, começar a trabalhar em algo que eu gostasse. Sempre foi isso e eu realmente esperava que continuasse assim. Há um ano atrás, tudo o que eu pensava que poderia acontecer era eu continuar trabalhando, morando com minha mãe e irmãs e, talvez, encontrar alguém. Mas eu nunca, nunca imaginaria que iria conhecer a pessoa mais importante da minha vida. Você entrou na minha vida de um jeito tão inesperado, Harry, tão de repente. Foi impossível não me apaixonar. Tudo em você é tão cativante desde o início e eu me vi completamente apaixonado por você em poucas semanas. Foi pouco tempo? Não sei. Talvez outras pessoas precisem de mais tempo, mas tudo o que eu precisei foram algumas semanas para ver que você é a pessoa que eu quero para sempre do meu lado. Por isso, hoje eu quero te perguntar uma coisa.

Louis respirou fundo mais uma vez pegando algo de dentro do bolso de sua calça.

As lágrimas vieram com rapidez aos olhos de Harry quando ele viu a caixinha preta nas mãos de Louis.

— Você aceita ser meu e me ter para sempre, Harry Styles? Você aceita se casar comigo?

Harry levou suas mãos ao rosto quando as lágrimas começaram a cair. Ele estava tão feliz. Sem poder dizer nada, ele somente assentiu.

Louis sorriu.

— Isso é um sim?

— Sim. — Harry murmurou se atirando nos braços de seu alfa em um abraço apertado. — Eu te amo tanto.

— Eu te amo mais, meu amor.

Eles se separaram aos poucos e Louis deixou um beijo na testa de Harry enquanto o ômega pegava a caixinha e o anel de prata com safiras e esmeraldas.

— É tão lindo. — Harry murmurou colocando-o em seu dedo.

Louis limpou as lágrimas do rosto do cacheado, deixando um beijo em seus lábios.

E a tarde se resumiu aos dois trocando carinhos e Harry murmurando o quanto estava feliz.

Alguns meses depois

Olivia nasceu perfeita. Ela era simplesmente linda e saudável e no primeiro dia Harry chorava toda vez que a via. Ela tinha o nariz de Louis e os olhos de Louis, mas sua pele era tão clara quanto a de Harry, os poucos cabelos eram castanho claro e ela tinha uma linda covinha na sua bochecha esquerda.

Harry e Louis se apaixonaram por ela no momento em que a viram e nos meses seguintes, quando ela já estava em casa com seus pais, eles não saíam de seu lado em momento nenhum. Eram um tanto ciumentos também com outras pessoas a pegando. Como Harry havia dito, eles faziam e ainda fariam de tudo para fazê-la feliz.

Se casaram seis meses depois que Olivia nasceu, em uma praia. Harry nunca havia ido em uma até então e quando viu ele simplesmente se apaixonou e disse para Louis que queria se casar ali. E assim foi. A cerimônia foi simples, mas foi tão repleta de amor e significado que foi perfeito.

Mais tarde naquela noite, depois de estarem deitados na cama um nos braços do outro, com a brisa do mar e o barulho das ondas acalmando ambos os corpos, Louis e Harry selaram suas almas com uma mordida. Harry acha que nunca sentiu uma dor tão prazerosa em toda sua vida, não somente pela mordida, mas o seu amor por Louis era tão grande que chegava a machucar.

Enquanto um olhava nos olhos do outro naquela noite, eles perceberam que era incrível como as coisas aconteciam, era incrível como tudo tem seu rumo e o seu modo de acontecer. E naquele momento tudo o que eles queriam era que tudo continuasse como estava. Se eles estivessem juntos e tivessem amor tudo ficaria bem.

O resto deixariam por conta do destino.