FIELDS OF HONOR

CAPÍTULO 7

STRAUSBERG, ALEMANHA
17 DE AGOSTO DE 2023, 00:21

Field caiu de joelhos na calçada encharcada, fácil assim, de costas para a parede de tijolos.

Honor não sabia se tinha feito um favor que merecia ser retribuído — a menos que Field estivesse falando sobre a maldita conta do bar — mas ele não iria questioná-lo. Ele sabia em primeira mão como Field poderia ficar ansioso se acreditasse que tinha uma dívida. O sargento esfregou sua bochecha na protuberância no jeans de Honor descaradamente. Ele não corou muito com toda aquela confiança, mas as cervejas intermináveis e o ar quente da noite o deixou um pouco avermelhado nas bordas quando ele empurrou a calça e a cueca do tenente para baixo e puxou seu pau para fora.

Honor, inebriado, o deteve segurando com a mão em seu queixo.

Seria fácil deixar Field assumir a liderança ali. Mas Honor queria mais do que facilidade. Com as poucas chances que eles teriam na vida de fazer isso, ele queria Field exatamente do jeito que ele gostava — macio, subserviente e mantido sob o seu polegar, como nos sonhos sujos que ele teve nos últimos dias.

Field, mesmo bêbado e aparentemente com tanto tesão que se ajoelharia no chão em um beco molhado, percebia isso como se Honor tivesse dito "sim" em voz alta. Ele fez uma pausa, levantou os olhos e esperou por instruções, a mão ainda envolvendo o pau do mais velho. O tenente enfiou dois dedos na boca de Field e esticou os lábios para um lado. O polonês franziu o cenho, brevemente irritado, antes que ele se acalmasse e deixasse Honor tocar sua boca e abri-la como se estivesse verificando a arcada dentária de um cachorro. Ele já estava encharcado demais para isso, quente e liso.

— Certo — disse Honor, retirando os dedos. Sua voz saiu ainda mais grossa do que ele planejou, crua por causa do uísque. — Vá em frente.

Field estava bêbado demais para provocar. E ele realmente não era bom em provocar, mesmo quando estava sóbrio, tão obcecado por um pau que nunca tocou, então não havia nenhuma chance naquele momento. Ele apenas abriu os lábios e deslizou a boca molhada para baixo no pau de Honor, levando-o até a metade e inclinando os olhos para aprovação. Deus, ele nunca havia feito aquilo. Robert, sim. Mas Field, não. Ele nunca havia trocado nenhum tipo de toque obsceno com qualquer pessoa durante toda a sua carreira militar. Mas era aberto a tudo na vida, por isso, se queria uma coisa, buscaria por ela.

Honor aprovou, internamente. Ele aprovava tudo que Field fazia. Ele era um militar muito, muito bom. Mas ele estava muito mais motivado em buscar aprovação. Então, Honor enfiou os dedos no cabelo de Field, ao que puxou e disse:

— Até o fim, sargento.

Os olhos de Field ficaram com as pálpebras pesadas, ele acenou com a cabeça para o aperto de Honor e lentamente se inclinou para frente. Suas mãos agarram as coxas do tenente e seu nariz afundou nos pêlos loiros escurecidos, o queixo aninhado contra as bolas. Honor apertou-o para impedi-lo de tirar e Field entrou em pânico por apenas um breve segundo antes de respirar forte e áspero pelo nariz, as paredes de sua garganta convulsionando ao seu redor.

Honor deslizou a outra mão pela nuca de Field para mantê-lo imóvel. Era quase desnecessário, porque o sargento não iria a lugar nenhum, não queria ir a lugar nenhum. Mas Honor sabia que ele apreciava a orientação. Ele tomou uma direção incrível, especialmente de seu tenente. Como naquele momento, quando a cabeça de Field se inclinou para trás quando ele não conseguiu respirar fundo, uma vacilada instintiva e Honor agarrou seu cabelo com mais força e o segurou para baixo, com as bolas no fundo de sua garganta, até que ele engasgasse e se acomodasse novamente, os olhos quase fechando, já brilhantes de lágrimas.

Honor estava gostando de testar os limites de Field ali da mesma forma que ele os testaria em treinamento ou em uma missão. Empurrando ele e seus limites para torná-lo melhor. Criando o buraco molhado perfeito para sair da maneira que ele projetaria um supersoldado.