CAPÍTULO 8

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STRAUSBERG, ALEMANHA
17 DE AGOSTO DE 2023, 01:32

Honor acabou não tomando banho com Field.

A banheira era muito apertada, a pressão da água era uma merda, e eles estavam, francamente, muito pilhados para dividir um minúsculo banheiro de pousada sem acabar brigando por causa disso. Honor deixou Field tomar banho primeiro e depois se sentou no vaso sanitário enquanto o sargento se sentou na beira da banheira, limpando o pus do curativo do braço do tenente com um papel higiênico.

Estava cicatrizando bem. Provavelmente estaria curando melhor se Honor não tivesse enfiado os dedos nele.

Ele chutou Field para fora do banheiro quando terminaram e tomou seu próprio banho. Ele distraidamente agarrou seu pau e se apoiou na parede fria de azulejos com o outro antebraço. A porra do Field e a porra do seu sorriso encantador. Honor se masturbou por cinco minutos, a cabeça em todos os lugares, menos no chuveiro agora morno. Seu pensamento estava no quarto, beijando Field no colchão. Estava nos becos de Puerto Vallarta, sussurrando em seu rádio. Estava esquivando de um tiro em seu braço.

Se masturbar costumava ser uma maneira eficaz de clarear a cabeça. Mas depois que Field chegou no batalhão, isso se tornou mais complicado. Ele ficou muito duro, mas então a água ficou muito fria e ele podia ouvir Field conversando no outro cômodo. Então ele terminou de se lavar e enrolou uma toalha na cintura.

Honor sentia que conhecia Field a vida inteira. Se ele não projetasse um senso de controle naquela situação com o sargento, ele iria escapar por entre seus dedos como qualquer outra coisa. Honor sentia que não podia entrar naquela sala com nada menos do que total confiança. Ele não podia dar a Field um segundo sequer para se assustar. Field estava deitado no meio da cama com uma boxer preta quando Honor entrou no quarto. Ele apagou todas as luzes e passou preguiçosamente pelos canais da TV quadrada que ficava de frente para a cama. Ele lançou aquele sorriso para Honor, iluminado pela fria luz azul da tela.

— Pedi serviço de quarto. Espero que você não se importe em dividir um prato fundo de macarrão.

Puta que pariu, Field era um sonho tirado das fantasias mais loucas de Honor. Ou ele estava morrendo de fome há meio dia e Field foi a primeira pessoa a tomar qualquer atitude para solucionar o problema.

— Obrigado — disse ele. — Quanto tempo?

— Uma hora, pelo menos — Field deu de ombros. Ele mudou mais três canais, sem parar em nenhum deles por tempo suficiente para possivelmente saber por que eles não combinavam com ele.

Havia uma hora, então, para Honor manter algum controle sobre esta situação.

Ele deixou cair a toalha e subiu na cama. Field sorriu.

— Impaciente e insaciável — disse Field quando Honor rastejou em cima dele, joelhos de cada lado de seus quadris musculosos.

O tenente se abaixou e o beijou, e Field agarrou a parte de trás da cabeça dele, puxando seus cabelos. A TV foi deixada em algum filme de ação, e havia o som de guitarra tensa, vidro quebrando e diálogos importantes por trás deles. Honor não sabia como seria a vida deles fora daquele quarto. Considerando o sucesso relativo da próxima missão, não havia como Herman não os emparelhar regularmente dali para frente. Eles não se livrariam um do outro tão facilmente, no entanto, não poderiam ficar sozinhos com tanta frequência. Honor achava que ele deveria aproveitar ao máximo o que quer que estivesse acontecendo entre eles agora.

Ele deixou cair a maior parte de seu peso sobre Field, e Field grunhiu entre o beijo. O sargento já estava duro em sua cueca por causa disso, cutucando a coxa de Honor. Ao contrário da primeira vez, ele estava beijando de forma mais estratégica — seus lábios roçaram os de Honor por um momento antes dele se separar, repetidamente, provocador e insuportável. Como se ele já tivesse descoberto todas as peculiaridades daquele homem e estivesse pronto para explorá-las.

FIELDS OF HONOROnde histórias criam vida. Descubra agora