Jong In estacionou em frente à casa de KyungSoo e saiu do carro enquanto encarava o local, boquiaberto. Seu namorado morava em uma casa hanok? A última vez que entrou em uma casa com aquela arquitetura foi em seus tempos de criança quando visitava a avó em outra cidade. O garoto já estava encarando a entrada do lugar a um bom tempo, sem ao menos perceber, quando de repente, KyungSoo o chamou, já abrindo a porta.
– Ei, Jong In! Não vai entrar? – disse ele sorrindo para o maior.
Jong In balançou a cabeça por um momento e seguiu o menor para dentro da casa, que era inacreditavelmente bonita em seu interior. Havia um maravilhoso jardim na entrada e uma árvore com o tronco muito torto para o lado esquerdo. Um caminho de pedras lisas levava até a casa que se encontrava ao fundo.
KyungSoo caminhou até a árvore torta e de abaixou ali, sorrindo para um ponto atrás do tronco retorcido. Jong In de aproximou e viu uma pequena escada de dois degraus que rodeava a árvore até a metade. Nos degraus havia vários vasos, pequenos e grandes, cheios de rosas de diversas cores, do branco até o vermelho. O maior de agachou ao lado de KyungSoo, observando as flores.
– Parecem mais bonitas – disse o menor sem tirar os olhos de uma rosa vermelha – O que acha?
– Elas chegam a ser perfeitas – disse Jong In fazendo KyungSoo rir satisfeito – Mas por que o interesse em rosas?
– Eu não sei – disse o menor se levantando em seguida, acompanhado por Jong In – Pareceu interessante tê-las no jardim, elas vivem lindamente mesmo sem sair do lugar. Cuidar delas era uma das coisas que eu gostava de fazer enquanto estava afastado da escola. Era fácil ficar entediado.
– Acho que consigo entender.
Jong In dividiria o quarto com KyungSoo, o que não era problema algum tanto por serem namorados, quanto pela cama ser espaçosa o suficiente.
Os dois ficaram sozinhos até a manhã seguinte. A mãe de KyungSoo não ligara, o que fez o garoto ficar sentado no chão, martelando os medos na madeira do piso o tempo todo, ansioso. Já Jong In olhava para o telefone de hora em hora; era claro que também estava esperançoso por uma ligação, e depois de certo tempo, o maior conseguiu convencer KyungSoo para que eles fossem dormir mais cedo.
Antes da hora do almoço, no dia seguinte, a mãe de KyungSoo telefonou com uma voz extremamente alegre, dizendo que os resultados dos exames foram satisfatórios e que seu pai já estava bem melhor. Nesse mesmo dia ela voltou para casa, aproveitando melhor a companhia de Jong In. Ele estava realmente feliz por terem se dado tão bem.
No fim da tarde, todos eles voltaram para o hospital e ficaram lá por um bom tempo com o pai de KyungSoo, que não poderia estar mais feliz, e mais uma vez, sua mãe ficara aquela noite no hospital.
° ° °
Três dias se passaram desde que Jong In chegara ali, era como tirar férias de três meses, totalmente relaxante. O pai de KyungSoo se recuperava melhor a cada dia, e o menor mal via a hora de ver o pai fora daquele hospital.
Naquele nem início nem fim de tarde, o tempo estava fresco e os dois estavam sentados em um degrau de madeira da varanda enquanto olhavam o jardim à frente. KyungSoo estava sentado entre as pernas de Jong In enquanto repousava sua cabeça no peito do maior que abraçava seus os ombros com os dois braços. Os dois já estavam ali por um bom tempo enquanto KyungSoo contava histórias de quando era pequeno e corria atrás de gafanhotos e mariposas durante uma tarde inteira.
– Jong In... eu estive pensando... – o menor começou a falar mudando de assunto – Se eu não deveria fazer outra coisa além de ser escritor. Sabe... Eu fico sempre no mesmo lugar, todos os dias quase sem sair de casa Eu deveria fazer mais alguma coisa, não acha?
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18 Horas
FanfictionEm sua casa, KyungSoo era um mero e solitário escritor de histórias muito distintas de sua própria personalidade calma, porém sempre cautelosa. Parecia uma pessoa simples demais para alguém que, na verdade, guardava medos que lhe faziam prisioneiro...