VI

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T.O.P

Respondi as mensagens da minha mãe, lhe disse que eu estava bem e logo ia a ver e passar um final de semana com elas. Agora já eram sete da noite, embora sem fome cozinhei mais 3 ovos e logo tinha que ir comprar outra coisa, eu não ia sobreviver somente de arroz e ovo. 

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Acordei cedo, queria aproveitar o dia. Fiz alguns exercícios e sai para caminhar um pouco na praia.
O lado em que eu estava era deserto exceto por algumas casas que tinham, porém eram longe uma das outras.
Caminhei sem me importar com o horário ou para onde eu estava indo, apenas queria me livrar e respirar um pouco vendo o mar nessa época de outono.
O dia estava ensolarado, diferente de ontem.
Peguei meu protetor solar e passei nos meus braços, rosto e pernas. Eu estava de bermuda fina e uma regata branca pronto para dar um mergulho.
Tentei olhar para algo que não me lembrava o trabalho. Sentei na areia e passei a olhar para o mar e os barcos distantes dos pescadores da região.
Pensamentos rondavam minha cabeça, o que eu estava fazendo? O que eu sou? No que eu me tornei?
Não entendo, compreendo que mudei, mas, porque eu mudei?
Sempre fui forte, minha mãe me ensinou isso. Sempre lutei por aquilo que eu quis. Nunca deixei ninguém passar por cima dos meus sentimentos, mas por qual motivo eu passo por cima dos outros?
Por que algumas mulheres dizem que eu não tenho capacidade de amar? O que Ji-ae me falou foi tão forte, será que eu realmente sou obcecado? Eu faço o que elas pedem. Eu ajo como um daddy e no final eu não me sinto bem com o que elas retribuem.
Uma lágrima escapa pelo meu olho.
Não acredito que estou chorando.
Limpo meus olhos e começo a correr novamente.

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Avisto um pontinho preto no meio da areia, mas ainda está longe. Corro mais rápido até ter certeza do que é.
Uma pessoa, acho que não é uma boa ideia chegar mais perto. Se for um V.I.P ou se me conhecer provavelmente fará um escândalo.

Tento deixar aquele lugar mas minha curiosidade é maior.
Ando devagar tentando não fazer barulho e já vejo cabelos longos e uma costa curvada. É uma mulher. 

Com certeza sua reação seria pensar que eu sou um pervertido por estar a observando escondido.

Ouço alguns passos na areia, olho para trás.

- Sun Hee! - um homem alto e magro grita atrás de mim.

Ele me encara e balança a cabeça

Merda! Agora tenho certeza que pareci um pervertido.

A moça levanta da areia e se vira, olha primeiro para mim e para o homem atrás. Seus olhos estão arregalados como se tivesse visto um fantasma.

- Desculpe, e-eu... - falo antes de ser interrompido pelo o homem.

- Você conhece Sun Hee? - ele pergunta duvidoso chegando mais perto.

- A-ah, conheço... - ela fala sem graça - Quero dizer, quem não conhece né Mario - ela se aproxima do homem o puxando pelo braço dando uma risadinha 

- Como é Sun Hee? - ele pergunta parado 

- Vamos Mario... em casa eu te falo - ela diz apressada 

- Espere - falo - Meu nome é Seung-hyun. 

- Ele é cantor Mario - ouço baixinho 

Ela me olha envergonhada

- Cantor? 

- Sim, ainda bem que você não me conhece. - digo

- É devo concordar. - ele me olha dos pés a cabeça - Vamos Sun Hee, eu não sabia que existia um cantor pervertido ao redor da praia.

Porra... que ignorante.

Eles saem e eu realmente fico perplexo com o que acabou de acontecer. Não sei se foi engraçado ou realmente desrespeitoso. De qualquer forma era a mulher da loja e ela parecia abatida.


Editada em 30/12/2020

Obrigada pela leitura!


Let's Not Fall In Love ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora