Scott se aproxima de nós de mãos dadas com uma garota loira. Ela tinha quase a minha altura, olhos azuis claros e pela clara, sem nenhuma imperfeição. Seu corpo era perfeito, tudo sob-medida.
- Esses seios estão espremido qq -
Nossos pais nem tinham notado a presença dele ali, ao meu lado. Olho para Scott que está falando com a garota, ela me olha e aponta para mim.
—Sarah, essa é a Maria Luíza. Malu, essa é a Sarah, minha irmã.
—Oi, prazer!— ela sorri e noto que usa aparelho.
—Oi — digo dando um beijo em sua bochecha.
—Tu não é daqui né?
—Não, sou de São Paulo, vim visitar meu pai.
—Ata, bem que eu vi!
Ela sorriu e se virou para o palco.
***
O show acabou e eu fui até a parte de trás do palco procurar Guilherme, se ele já tiver ido embora, eu nunca mais poderei vê-lo novamente. Meus olhos são cobertos por mãos macias. Tiro as mãos de meus olhos e me viro já sorrindo, Guilherme sorri.
—Te achei— digo.
—Eu te achei.
—O show foi maravilhoso!—digo.
—Deve dizer isso a Karla, ela foi a estrela.
—Mas você está lá atrás, fazendo a sua parte. Sem você a música não seria a mesma coisa.
Ele sorri e abaixa a cabeça.
—Vem, vamos dar uma volta.
Ele segurou minha mão e me levou até a beira do Guaíba, sentamos em um tronco que havia por lá caído. Já estava escuro, logo meu pai iria me ligar perguntando onde eu havia me metido.
—Parece preocupada, com raiva.
Olho para Guilherme e suspiro.
—O que você faria se quem você ama estivesse em vários outros casos, e um desses é com você?
—Bem, eu pensaria bem com quem estaria ficando. Se eu soubesse que não era só eu, eu terminaria ou dava um tempo para a pessoa se entender com as outras. Ou se entender comigo.
— E você estivesse namorando com duas garotas ao mesmo tempo?
—Eu iria ficar com a que me amasse de verdade. Com o tempo, você começa a entender as pessoas, como elas falam, o jeito delas. Mas nem pense em querer ser igual a elas, é uma merda — ele pegou minha mão e eu olhei em seus olhos— Nunca se ama uma pessoa de um dia para o outro. É como confiança. Demora anos para ganhar a confiança de alguém, e para perder segundos.
Sorrio e olho para o chão.
—Você realmente é bom em consolar as pessoas!
Ele ri.
—Eu não consolo, apenas sei usar as palavras certas.
Solto uma pequena risada. Meu celular começa a vibrar na minha mão, pego-o.
—Oi pai.
—Onde você está? Eu e Jéssica já estamos no carro.
—Eu já estou indo, estava procurando meu amigo.
— Não demore.
Ele desligou.
—Gui, eu preciso ir.
—Tudo bem.
Me levanto e ele também.
—Até algum dia, talvez—digo— Promete nunca se esquecer de mim?
Ele sorri.
—Prometo nunca esquecer. Até algum dia Sarah!
Sorrio e beijo sua bochecha. Pulo o tronco e saio correndo dali. Minha mão começou a formigar, a mesma que Guilherme pegou. Sua mão era tão macia, quente. Não acredito que não vou vê-lo nunca mais, talvez nas TV's mas, não pessoalmente.
Caminhei até o carro de meu pai e entrei.
—Onde está Scott?
—Nós não sabemos, ele não atende o celular —disse Jéssica.
— Deve estar com a Malu.
— Quem?
—Uma garota que ele conheceu lá. Querem que eu tente ligar para ele?
Jéssica assentiu com a cabeça e eu disquei o numero dele.
— O que foi?
—Nós já estamos no carro, cade você?
—Eu já to indo. Passa pra minha mãe, quero falar com ela.
Entreguei o celular para Jéssica.
—Claro que pode, ela sera bem vinda! - ela parece feliz, ele deve estar falando de Malu.
Jéssica me entregou o celular e eu me encostei no banco. Meus olhos estavam pesados, estou cansada e com as pernas doendo de ter ficado de pé por muito tempo. A porta se abre e Malu entra junto com Scott. Ela sorri ao me ver.
—Oi! — ela beija minha bochecha.
—Oi! — digo.
—Mãe, Carlos, essa é Malu.
— Prazer, me chamo Jéssica!
—Prazer! — ela sorri.
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O Filho Do Meu Padrasto ~ Finalizada
RomanceLá se vai mais um ano. O ano anterior passou tão rápido que daqui a pouco estaremos desejando "Feliz Ano Novo" novamente, mas é claro, se o ano passar rápido... Depois de ir para a casa de seu pai, Sarah começa a se dar muito mal com o filho de sua...