Cap 7 E é a realidade

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O sol já era mais forte quando Hermione acordou novamente naquela manhã de domingo. Olhou para o lado e não viu Draco ali. Rapidamente se sentou na cama, tendo o cuidado de se cobrir o lençol. De certa forma ainda não entendia tudo que havia acontecido. Não que se arrependesse, mas tudo era um tanto confuso e surpreendente, afinal ela é a famosa sangue ruim grifinória e ele o cobiçado sangue puro sonserino. Mas seus pensamentos foram para o espaço quando avistou um loiro saindo de uma porta lateral do quarto, que ela acreditou ser o banheiro. Os cabelos molhados, caindo pela testa. O tórax nu, tão bem definido, com um pouco de gotículas de água, e uma calça folgada preta, fazendo um contraste perfeito com aquela pele alva de um Malfoy autentico. Foi impossível não suspirar.

"Bom dia Hermione!" – Ele sorriu ao vê-la em estado beta.

"Oi, bom dia." – Ela sorriu tímida enquanto ele sentava na cama próximo a ela. – "Já está tarde Draco?"

"Não exatamente, deve ser umas nove e meia agora. Hoje é domingo, acordamos mais tarde por aqui."

"De qualquer forma não é muito educado da minha parte aparecer depois das dez para o café. Acho que tenho que ir para o meu quarto."

"Não se preocupe com esses detalhes Hermione. Se acalme." – Ele sorriu e ela ficou vermelha.

"Mas eu não estou nervosa!"

"Você sempre está nervosa, é incrível como você agüenta tanto estresse." – Ele esticou suas pernas pelo colchão, e se encostou nos pés da cama, que eram altos. Assim, ficou de frente para Hermione, que se apoiava na cabeceira e que serrou aos olhos ao ouvi-lo dizendo sobre seu estado de nervos.

"Como assim? Ta me chamando de estressada, nervosinha, ou o que?" – Ele deu seu famoso sorriso de lado.

"Estou falando exatamente disso. Você apela fácil!"

"Vai se ferrar fuinha loira, eu sou muito controlada!" – Ela quase gritou enquanto Draco já gargalhava.

"Sim senhora sabe tudo, eu vou me ferrar. Mas é injusto eu ser castigado por dizer a verdade." – Fez uma cara de inocente.

"Você é um completo idiota! Ou a tinta que você usa afetou drasticamente sua capacidade mental, que já era bem comprometida."

"Nossa, agora eu me vi nos corredores de Hogwarts."

"Ah sim, e eu ainda sou considerada uma criança!"

"Eu não disse isso, disse?"

"Eu vou embora." – Hermione começou a juntar o lençol em volta do corpo para se levantar da cama, mas antes de conseguir colocar suas pernas para fora foi puxada por Draco que a sentou novamente e ficou ao lado dela, falando em seu ouvido.

"Você está longe de ser uma criança. Ao contrário, você é a mulher mais incrível que eu já conheci, e eu digo que é em todos os sentidos."- A parte final ele falou com bastante malicia. Hermione sentiu arrepios por todo seu corpo e respirou profundamente. Mais calma olhou para os olhos dele.

"Por que você me irrita tanto?"

"Acho que é a força do hábito. Não pense você que eu não me irrito. As vezes eu real mente tenho vontade de te azarar." – Ambos sorriram.

"É,eu sei que é verdade." – Ficaram se olhando por um tempo, até que Draco, meio inseguro resolveu quebrar o silencio.

"Hermione, eu quero te perguntar uma coisa." – Ele não olhava mais para ela.

"Sim."

"Não quero que você me entenda mal, nem que me julgue por isso. Sou totalmente inocente, foi realmente por acaso que aconteceu." – Ele já tinha se levantado e estava indo para perto de uma mesa, que havia no canto do quarto. Hermione franziu a testa em um gesto de preocupação.

"Do que está falando?" – Ele já estava voltando com um pedaço, do que pareceu para ela, de pergaminho dobrado. Voltou a se sentar na cama, mas não muito próximo dela.

"Um dia desses, eu estava na sua sala te esperando. Foi um dia que você chegou super atrasada e bem estranha. Eu tinha ido lá, a seu pedido, e fiquei te esperando por bastante tempo. Resolvi sentar numa das poltronas da sua sala e relaxar um pouco. Eu realmente estava tenso aquele dia e.."

"Para de enrolar Draco, o que aconteceu?" – Ela estava ficando de fato preocupada.

"Bom, eu encontrei esse pergaminho preso na almofada da poltrona. Achei estranho, você é sempre tão organizada, não seria comum encontrar algo tão fora do lugar." – Ele encarava o papel na sua mão, como um garotinho que pedia desculpa para a mãe por ter quebrado o vaso mais querido dela. Internamente Hermione sorriu ao ver o comportamento dele.

"Você leu o conteúdo do pergaminho." – Não era uma pergunta.

"Pois é, eu não resisti. E fiquei bastante intrigado com que eu li aqui." – Enfim Draco olhou para ela, ele estava muito serio.

"E o que tem aí Draco?" – Ele apenas passou o pergaminho para ela, que desconfiada, o desdobrou e rapidamente leu. Seu rosto se tingiu de um vermelho Weasley. – "Oh sim, nossa, isso realmente faz muito tempo." – Ela não tinha coragem de encará-lo.

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