Cap 12 Hora da verdade

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"Ei mãe!" – Era Hugo que a chamava de braços cruzados.

"Sim querido?"

"O que aquelas cobras vieram fazer aqui?" – Desta vez quem cruzou os braços
fora Hermione.

"Nós já conversamos sobre isso Hugo. Não quero que você chame os Malfoy
assim. Afinal, você não tem motivo algum para isso." – O garoto revirou os olhos.

"Papai tem motivo. E deve ser algo bem grande."

"Hugo, você não é o seu pai. Você é Hugo Remo Weasley. É normal se
identificar com algumas coisas do seu pai, mas querer ser exatamente igual a ele,é
completamente errado. Você não vive dizendo que já tem identidade própria? Onde ela está?" – Hermione arqueou uma das sobrancelhas. Hugo crispou os lábios.

"De qualquer forma mamãe, não gosto do loiro menor. E é por mim mesmo! Já
viu o jeito que ele olha pra Rose?" – Hugo fez uma cara de descontentamento e olhou
para o lado emburrado. Hermione tentou não rir.

"Que jeito Hugo?" – O menino a olhou indignado.

"Como que jeito? Vai me dizer que não reparou? Mãe eu estou preocupado. A
Rose é chata, metida, feia, descabelada, comedora de livros, cheia de manias e regras, mas é minha irmã. Aquele menino olha esquisito pra ela, ele pode ter um plano maléfico contra a Rose, ou está tentando enfeitiçá-la!" – Hugo agora fazia uma cara realmente muito parecida com Rony, quando ele dizia uma de suas "sábias" conclusões. Desta vez, Hermione não segurou o riso.

"Ora Hugo, não seja tolo. Se sua irmã é tudo isso ai que você disse que ela é, então não se preocupe, ela é bastante esperta para se proteger. E depois, eu não acredito que ele queria fazer qualquer tipo de maldade com Rose, na verdade, acredito que ele só queira o bem dela." – O menino negava com a cabeça.

"Mamãe, não seja boba!"

"Ei, Hugo! Não vamos mais te esperar pra jogar Snap Explosivo. Vai ficar de trololó aí com tia Mione até quando?" – Era Lilly que gritava com as mãos na cinturinha. Ela era uma mistura de quatro personalidades, incrível, Hermione pensava. Tinha a altivez de Gina, a autoridade de Molly, o talento para se meter encrenca de Harry e a vocação para bagunças e estripulias dos gêmeos. Isso sem nem ter completado 10 anos ainda.

"Vai logo se divertir e pare de se preocupar a toa." – O menino fez um sinal de desprezo com a mão e correu para seguir a prima que entrava pela porta da cozinha.

"Hermione?" – Ela então olhou para trás e sorriu para o Arthur Weasley.

"Senhor Weasley." – Ele se aproximou dela, e a abraçou pelos ombros. Os dois começaram a andar lentamente, se encaminhado para o mesmo lugar que Hermione estivera a pouco com Draco.

"Devo dizer que estou menos preocupado do que eu estava."

"E com o que o senhor estava preocupado?" – Hermione franziu o cenho e eles pararam de andar. Arthur a encarou.

"Com esse seu relacionamento com o Malfoy. Mas, pela atitude corajosa, desafiadora e totalmente impulsiva dele, creio que ele realmente gosta muito de você. Afinal, ele de fato arriscou o pescoço vindo aqui hoje." – Os dois riram.

"Ah, isso é verdade. Quer dizer, ele realmente se arriscou." – Hermione não se sentia muito a vontade de conversar com senhor Weasley sobre seu relacionamento com Draco. Arthur colocou uma mão em seu ombro esquerdo.

"Por isso insisto que conte a Rony o que está acontecendo. Pelo que pude perceber as coisas entre vocês está realmente seria Hermione, Rony não pode simplesmente descobrir isso. Ele pode ser lento, mas ele não é burro e você sabe disso. Acredito até que ele já esteja desconfiado." – Arthur falava tudo tranquilamente. Hermione suspirou.

"Também acho isso, senhor Weasley. Mas eu ainda não posso tornar público o meu, hã, er.. bem, meu romance com Draco. Isso colocaria em risco o processo que temos pela guarda do filho dele." – Hermione corou um pouco ao falar a palavra romance.

"Eu entendo perfeitamente essa situação. Mas Rony não é uma pessoa qualquer. Ele é seu ex marido, seu amigo, pai de seus filhos. Ele tem todo direito e realmente precisa saber do que está acontecendo. E depois, por mais indignado que ele fique, ele não será capaz de fazer nada que prejudique uma criança. Mesmo que essa criança seja um Malfoy." – Hermione olhou para o chão.

"É, talvez o senhor tenha razão. Eu vou esperar esse feriado de fim de ano passar e então vou criar uma situação para contar tudo a ele."

"Certo, mas sugiro que não faça isso sozinha. Na verdade seria muito bom que tenha uma terceira pessoa presente nessa conversa. Rony é imprevisível quando se sente traído, enganado e coisas assim." – Hermione o olhou assustada.

"Mas, senhor Weasley, se ele imaginar que Harry ou a Gina, que são as pessoas que sabem, estavam a par de tudo e não falaram com ele, acredito que a reação dele ainda vai ser pior." – Arthur ficou um tempo pensativo, até que por fim deu um breve sorriso para Hermione.

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