Cap 8 As vidas e mentiras de Hermione Granger

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McGonagall pisava firme no corredor e ao chegar à gárgula de pedra, as três crianças puderam ouvi-la murmurar a senha e logo se virar para encará-los.

"Subam. Me aguardem no gabinete da diretoria." – e se voltou para o corredor de onde tinha vindo. – "e Potter, avise ao Dumbledore que ele não vai conseguir tirar vocês dessa encrenca, não dessa vez. E acredite, eu sei que ele vai tentar." – a diretora voltou a caminhar até sumir da vista dos garotos.

"O que ela quis dizer com avise ao Dumbledore? Ele não morreu bem antes da gente nascer? Será que ela ta ficando caduca é?" – Scorpius perguntou intrigado.

"É ÓBVIO que você nunca esteve no gabinete da diretoria né Malfoy? Hehe. Quem diria, um Malfoy santo..." – Al falou com certa acidez na voz.

"Qual é hein Al? Por que ta falando comigo desse jeito?" – o sonserino disse ao amigo enquanto subia os degraus de pedra que levavam até a sala de Minerva.

"De que jeito? Se você é sensível demais pra ouvir o que eu tenho pra falar, só lamento." – o Potter abria agora a porta do gabinete.

"Olha aqui Potter, não sei o que você quis dizer com sensível, mas acho melhor não continuar..." – Scorpius e Albus agora estavam parados frente a frente, na porta.

"Dá pra vocês dois pararem? A gente já tem problemas demais, não vai ficar nada melhor se as mocinhas decidirem se pegar na porrada no gabinete da diretora. Agora saiam do caminho, anda." – Rose bufou abrindo passagem entre os dois meninos.

Scorpius então lançou seu olhar para a sala em que acabara de entrar e viu tudo com olhos maravilhados. Livros, instrumentos mágicos, penas encantadas escrevendo em pergaminhos, contudo, o que mais impressionou o Malfoy foram os quadros dos ex diretores. Scorpius olhava cada um deles atentamente e enquanto uns o cumprimentavam, outros eram um tanto esnobes e simplesmente lhes davam as costas. Al, de cara fechada, sentara-se em uma das cadeiras de couro enquanto Rose achava engraçado e até bonitinho, as primeiras impressões que o sonserino tinha da sala. O menino chegara aos quadros de Albus Dumbledore e Severus Snape, os dois últimos diretores. Analisava cada centímetro do quadro do mais velho quando ouviu alguém falar.

"Ah! Olhem só quem resolveu nos visitar Severus!" – o quadro de Dumbledore abrira os olhos e chamava a atenção do colega do lado.

"Hmmm...impressionante. É o pai escrito. Tirando o olhar arrogante que eu não vejo neste, é de verdade um Malfoy." – o homem de nariz grande e cabelo oleoso olhou o garoto com certo ar blasé.

Scorpius se assustou um pouco, porém achou interessante poder finalmente "conhecer" os tão famosos Albus Dumbledore e Severus Snape.

"E aí gente? Tudo beleza com vocês?" – Al levantara-se da cadeira e fora até onde o amigo sonserino estava.

"Albus! Andou sumido meu amigo!" - o Dumbledore do quadro falou.

"Albus! Francamente...! Porque só o chamam assim se o nome do garoto é Albus SEVERUS?" – o Snape retratado reclamou.

"Ah deixa de ser chato Snape, você sabe que a gente te ama!" – Al zombou do ex diretor.

"Ah-hãm!" – Rose pigarreou.

"Oh! Srta. Weasley, não tínhamos a visto aí! Mas, a srta. por aqui? A essa hora da manhã? A presença do sr. Potter é aceitável, e até mesmo a do sr. Malfoy, mas a sua?" - o quadro do velho perguntou.

"Esquece-se que ela é filha do ruivo Weasley e da sabe tudo Granger, velho? A atração pelo perigo e pela confusão está no sangue....era só questão de tempo....tsc tsc...sempre tão previsível..." – o narigudo de cabelo oleoso falou com o mesmo ar arrogante de sempre, contudo, fez algo que quase nunca fizera em vida, deu uma risada, que foi acompanhada pelos três alunos.

"Ah que bom! Vejo que os meus queridos colegas já lhes deram as boas vindas. Já preparou a defesa dos garotos Albus? Tenho certeza que você já tem suas cartas na manga pra tentar tira-los dessa confusão, contudo sinto lhe informar que não adiantará. Já mandei chamar os pais dos encrenqueiros e acho que eles concordarão comigo quanto à punição dos três." – Minerva McGonagall acabara de entrar na sala, sem ser notada por ninguém.

"Ah Minnie, mas são só crianças, tenho certeza que não podem ter feito nada de grave assim..." – Dumbledore falou.

"Crianças? Um Potter, um Malfoy e uma Weasley-Granger? Albus, como você é ingênuo...." – o Snape do quadro supirou e continuou – " O que eles fizeram Minerva? Colocaram fogo em alguma sala? Por favor não me diga que foi na de Poções? Crianças insolentes, sabem quanto tempo eu levei para montar aquele acervo de poções, sabem?" – o quadro do narigudo se exaltou.

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