Capítulo 16

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Organizar uma exposição, foi talvez uma das coisas mais estressantes que Clarke já tinha feito em sua vida. Porém, ela tem o prazer adicional de assistir esse tipo de estresse nos seus três companheiros de exposição, na verdade, era bem interessante observar eles pirando. Na noite antes da exposição, os quatro estavam na galeria observando o ultimo polimento do salão principal e admirando todo o trabalho que foi feito na galeria ao longo desses nove meses.

Bellamy estava inquieto, ele se movia sem parar, quase compulsivamente. Ele estende a mão para endireitar uma pilha de panfletos ou para mover o tapete que ficava embaixo de um vaso de planas no hall de entrada. Então seus braços iria voltar para baixo e ele ficaria perfeitamente imóvel, antes de voltar a procurar alguma coisa para fazer, evitando morrer de estresse. Ele tinha um tom ligeiramente verde em seu rosto, como se estivesse pronto para vomitar a qualquer momento.

Wells parecia ter sofrido algum tipo de metamorfose, ele iria ficar zumbido como inseto enquanto rodava toda a galeria, sem contar que sempre resmungava para si mesmo quando encontrava uma coisa que ele achava melhor mudar e sobre o quanto eles ainda tinham que fazer antes da abertura. O obvio, eles já tinham feito tudo, não havia mais nada a fazer, mas aparentemente o termo ''Se ocupando com problemas inexistentes'' era um mecanismo de ansiedade do Wells. Ele já tinha dado um monólogo tenso sobre como todos deveriam prestar atenção no que usar para amanhã à noite, e sempre enfatizando que tem que ser algo especial. Porque um desastre ''Fashion'' poderia arruinar toda produção, o que não era verdade, claro. Nem um crítico daria a mínima para o que os artistas estavam vestindo, mas Wells parecia pensar que as coisas mais simples poderiam arruinar tudo.

Murphy também foi completamente afetado pelo estresse, porém ele ainda era o mais calmo dos três. Ele andava pela galeria devagar e assentindo pensativamente enquanto olhava para as pinturas. – Elas ficam bem juntas. – Ele sussurrou para Clarke, gesticulando em volta para as pinturas.

E elas ficam. Elas realmente ficam. O nome da exposição ''Estações'' fazia todo o sentido, quando você olhava para todas as pinturas penduradas no mesmo lugar, alimentando uns aos outros de uma forma interessante e surpreendente, até mais do que Clarke poderia ter esperado. Com explosões brilhantes de ouro e vermelho, a arte de Wells era ''Verão''. As obras de Bellamy ''Primavera'', com rajadas de cor, vida e grossas pinturas texturizadas com uma sensibilidade decididamente floral. Murphy tinha tons em sépia melancólicas, em formas de quedas ''Outono''. E o trabalho de Clarke? As pinturas dela representavam o ''Inverno'', para o verão do Wells, sombria e em um azul desesperado, ela foi subitamente chocada com o quão diferente sua vida era na época que ela tinha pintado.

Talvez aquele tenha sido o seu próprio inverno, seu próprio tempo frio de fome e escuridão. Talvez isso significasse que ela estaria indo para a Primavera agora. Clarke sinceramente esperava por isso.

- E se ninguém aparecer, - Bellamy disse, assim que apareceu ao lado de Clarke. Seus nervos estavam a flor da pele. – E se der o tempo de início da abertura amanhã e ninguém aparecer? Ou pior, se tiver uma ou duas pessoas?

Clarke olhou para ele, uniformemente. – Você distribuiu os folhetos?

Bellamy deu de ombros. – Centenas deles.

- E você colocou os cartazes? Pendurou os folhetos nas escolas de artes e perto de outras galerias?

- Sim. Mas tem uma grande diferença entre ver um panfleto e ir para uma abertura. – Bellamy disse exasperado.

Clarke levantou uma sobrancelha. – Nós fomos pare centenas de aberturas na faculdade, Bellamy. E você sabe o porquê?

Bellamy suspirou. – O vinho

Feels Like HomeOnde histórias criam vida. Descubra agora