Em família - Parte 2

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Capitulo 39 

POV DULCE

Estava necessitada para ir ao banheiro, subia de três em três degraus da escada. Caminhei pelo pequeno corredor andando devagar com certo medo de não aguentar e fazer xixi na roupa. Cheguei ao banheiro soltando um suspiro de alivio.

Depois lavei as minhas mãos e sai do banheiro fechando a porta logo em seguida. Naquele momento é que percebi retratos grudados na parede com Alexandra, Christopher e Manu sorrindo na maioria das fotos, porém nenhuma foto continha Victor. Mas um quadro me chamou atenção. Havia um rapaz loiro, alto e forte que aparentava ter uns 22 anos sorrindo, enquanto abraçava uma moça loira linda que devia ter um 19 anos. A moça loira era alta, um quinze centímetros mais baixa que o rapaz, e tinha um corpo e tanto. Ela sorria sincera, realizada e feliz com um bebê no colo todo enrolado por um cobertorzinho azulado.

O casal estava muito feliz.

Fico tão hipnotizada com aquele quadro. O sorriso daquele rapaz era tão familiar para mim.

Ouço resmungos e do meu lado há uma porta entreaberta.

— Viu só, Madeleine? Ninguém me respeita nessa casa. Vê se pode Madeleine, querem usar a minha cama e nem pediram a minha permissão. Isso é extremamente absurdo e inaceitável. — Reconheci aquela voz indignada, Manu... Era ela...

Bati em sua porta entreaberta e ela vem até a mim.

— Pois não? — a baixinha indagou.

— quer companhia? Conversar?

— se estás querendo me comprar, não quero não ruivinha, pois nem quero papo se for isso. Estou hiper exausta de tanto a ex do meu irmão querer me comprar — ela revirou os olhinhos azuis.

— Não — neguei rindo e parei ao ver ela séria — só queria fazer companhia a você — ela me olhou desconfiada quando eu disse isso.

— então entra — diz Manu me dando espaço para entrar no seu quarto totalmente Pink

— acho que te compreendo, você certamente enjoou daqueles chatos lá de baixo e veio conversar comigo, já que sou uma pessoa mais interessante e interativa — ela falou penteando os cabelos rosa de sua Barbie me deixando de boca aberta — se não for, não me desiluda, deixe-me pensar que é por esse motivo — me enviou um sorriso sem mostrar os dentes.

(...)

—Então, Manu, quantos anos você tem? — perguntei depois de um tempo naquele silencio

—Quatro, quase cinco — diz Manu penteando o cabelo de uma Barbie loira —, mas considere cinco. Ajuda-me a pentear os cabelos das minhas Barbies? — assenti e a vi se levantar e abrir a porta de um guarda roupa branco e tirar de lá uma caixa grande, esparramando logo em seguida suas Barbies — essas Barbies são das coleções passadas e aquelas ali na prateleira — apontou e eu olhei — são desse ano. Toma — me entregou um pente pequeno

— sabe, Dulce, eu não tenho amiguinhas na minha escola, pois me zoam demais por eu não "ter" um papai — abaixou a cabeça e derramou algumas lagrimas — na verdade Victor Uckermann é meu papai, mas ele fala que eu não sou filha dele e sim de outro homem. O homem que mamãe o traiu. Porem mamãe fala que ele é meu pai sim... E as poucas vezes que Victor vem nos visitar briga com a mamãe por causa desse assunto. E às vezes fico confusa não entendendo nada. Até um ano atrás fizeram um teste de DNA e confirmaram que ele era o meu papai, mas ele nem me da bola, só manda dinheiro pensando que isso vai cobrir a ausência dele — abaixou a cabeça magoada.

Neste momento já estava com os meus olhos marejados.

Aproximei-me daquela garotinha frágil passando a mão pelos seus cabelos loiros. Manu me olhou com os olhos cheios de águas e me abraçou.

A Culpa é da Promessa - Comédia Romântica | Tema: VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora