Não me chame de Pequena!

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Capítulo 48

Christopher narrando.

Estava ao lado de meu primo, Pedro, no quintal de minha casa. Pedro falava sem parar. Ele tinha 16 anos. Era moreno e dos olhos azuis. Era uma "tentação" para as meninas de mais ou menos de sua idade.

—Que gostosa — murmurou Pedro ao meu lado.

Olhei em direção que ele estava olhando.

— Mais respeito — o repreendi dando uma cotovelada no mesmo.

— Fica sussa, mano. To ligado que ela é sua — Ele murmurou tomando seu refrigerante.

Observei-a.

Dulce estava linda, como sempre. Vestia um short jeans, com uma blusa florida azul e com uma sapatilha preta. Estava maravilhosa, para mim é claro.

— Oi — ela acenou sorrindo para Pedro — Oi bebê — ela falou com sua voz doce passando a mão pelos meus cabelos.

— Oi, pequena — respondi beijando sua bochecha.

Ouvi um bufo atrás de mim e consequentemente nos viramos.

— Não sei para que essa frescura. Podem se beijar, eu não ligo. Podem até se comerem na minha frente, porque eu não vou me importar. Não precisam ficar dando só de beijinho na bochecha — falou Pedro dando de ombros.

Oras, como ele diz uma coisas dessas? Como assim se "comer" na frente dele?

— Pedro, olha o respeito — o repreendi.

Ele deu de ombros.

— Tou indo, maluco. — murmurou ele olhando para frente.

Segui seu olhar e neguei sorrindo.

Ele foi até Vitória, a menina que morava ao lado da casa de minha mãe. Vitória era uma menina linda, simpática, inteligente e paciente. E isso deixava meu primo "amarradão" nela.

— Ele gosta dela — Diz minha ruiva ao meu lado.

A olhei.

— gosta sim — Concordei me virando, ficando de frente a ela.

— Hoje estou tão carente — Dulce sussurrou fazendo careta.

Sorri tímido me aproximando dela.

Peguei suas mãos e delicadamente a puxei.

Rodeei meus braços pela sua cintura. Sem hesitar, minha pequena ficou nas pontas dos pés e jogou seus braços, enlaçando meu pescoço. Fiz um pequeno carinho no meio das suas costas, descia e subia minhas mãos pela sua coluna. Enquanto fazia isso, Dulce enterrou seu rosto em meu peito.

Eu não queria soltá-la, queria abraça-la para sempre e beija-la, queria que ela sentisse o mesmo que eu sinto. Não pensava mais em nada! Para mim só existia ali, eu, Dulce e nosso caloroso abraço.

Depois de alguns segundos, ela desapoiou sua cabeça de meu peito e depois olhou em meus olhos. Eu também olhei em seus olhos, e percebi que agora seus olhos castanhos olhavam olhando a minha boca.

Seria loucura se eu dissesse que estava com a maior vontade de beija-la?

Então fiz algo louco.

— Pequena, não quero que se sinta pressionada e se não quiser eu vou entender — sussurrei nervosamente com medo de sua reação.

— Okay — ela também sussurrou, concordando. Ora olhando para meus olhos, ora olhando para minha boca.

Será que ela também estava a fim de me beijar?

A Culpa é da Promessa - Comédia Romântica | Tema: VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora