Alone

Viajando

Depois do enterro da minha tia, fomos para casa, eu, Jake, Belle, Mary e Andrew.

Chegando lá, sentamos todos no sofá. Belle ao meu lado. Ela não estava mais chorando, acho que não havia sobrado mais lágrimas, depois do tanto que ela chorou na noite passada.

- Kristy.- ela me chama.

- Hum?

-Eu vou ser igual a você agora? Vou morar sozinha?- ela pergunta.

-De jeito nenhum Belle. Eu não quero que você passe pelas mesmas coisas que eu.

-Mas... Não tem ninguém com quem eu possa ficar. Por favor, não deixa eu ir pra um orfanato.

-Eu nunca faria isso com você. Você tem a mim Belle.

Ela abre a boca.

-Você vai me adotar?

- Bom... Vamos dá um jeito. Vai dar um pouco de trabalho, tenho que assinar alguns papéis e...

Ela me abraça muito forte, me interrompendo. Abraço ela.

-Obrigado Kristy.

-Ei! Você não tem só a ela.- Mary diz.

-É isso ai, você tem a todos nós.- Andrew fala.

Ela sorri. Mas depois para, pensativa.

-Espera... Então isso quer dizer que você - ela aponta para Jake.- é meu pai!

Olho para ele. Ele fica branco.

-Acho que você está se precipitando demais...- ele diz.

Nós rimos.

-Ah! E todo fim de semana nós assistimos filmes. Você vai gostar.- Mary diz.

Então, eles começam a falar sobre filmes e séries. Belle já estava até esquecendo o que havia acontecido. Eu sou muito sortuda por ter todas aquelas pessoas ao meu redor. Se eu não tivesse conhecido Mary, nem Jake, eu nunca teria coragem de trazer uma garota pra mim cuidar. Fico olhando, e observando a importância daquelas pessoas na minha vida. Meu olhar para em Jake. Ele estava sorrindo, e conversando sobre The walking dead com os outros. Quando ele vê que estou olhando para ele, ele sorri, e pisca o olho, depois volta a conversar normalmente. Entro na conversa.

*~*~*~*~*~*

Temos que trazer as coisas de Belle para a minha casa, então temos que viajar até a casa dela.

Jake entrega as passagens para uma mulher, e entramos em um corredor com várias curvas, até chegar no avião. Se sento ao lado de Jake, e Belle na cadeira da frente (eu tinha pedido pra ela ficar do meu lado, mas ela viu que quem estava na cadeira da frente era um garoto bem bonito, então ela sentou lá do lado dele).

O avião começou a subir. Eu odeio, odeio andar de avião. Só havia andando uma vez na minha vida, quando fui visitar minha avó com meu pai, desde aquele dia, prometi para mim mesmo que nunca mais pisaria em um avião de novo. Como as coisas mudam não é?

Jake riu muito dos gritos que eu dava quando o avião tinha turbulência. Ele estava segurando a minha mão, e dizendo que tudo ia ficar bem, mesmo rindo a beça.

-Inventa assunto, pra passar o medo.- ele disse.

-Tá... Hum... Eu lembro que... Ah!- outra turbulência.- Ok. Eu lembro que quando eu era pequena, queria ser astronauta. Porquê eu não me contentava em ver a lua assim, tão de longe. Eu queria tocá-la, abraçá-la. Mas depois de andar de avião, nunca mais quis ser astronauta de novo. Se assim é ruim, imagine em um foguete.

Jake ri.

-Porque você é tão fascinada pela lua e as estrelas? Acho que você nunca me explicou isso.

-Bom... Não sei muito bem. Mas me lembro que minha paixão pela lua e as estrelas começou pelo meu pai. Ele também era fascinado por elas. Me ensinava uma coisa diferente a cada noite, quando íamos pra praia. Ele me disse uma vez que, quando você morre, uma partícula sua faz parte de outra coisa. Por exemplo: quando eu morrer, uma partícula minha pode ser parte de uma flor, ou de uma árvore, ou até mesmo de uma estrela. Ele acreditava que nós nunca fomos criados, e nunca morreremos. Sempre fomos e vamos ser partes de uma coisa. E, quando ele morreu, eu conversava com a lua, e, de algum jeito estranho, me sentia perto dele. E, eu não tinha certeza, mas desde que ele morreu, eu acredito que uma partícula dele foi para a lua.

-Isso é... Lindo.

Dei de ombros.

-É nisso que eu acredito.

-E... Já que seu sonho não é mais ser astronauta, o que você quer fazer agora?

- Bom... Acho que você já sabe.

Ele ri.

- Você quer trabalhar com astronomia, estudando as estrelas.

Concordo com a cabeça.

- Isso já está no meu sangue. Até no meu nome.

-Seu nome?

-Sim. Na verdade, meu nome é Kristy Meissa Adams. Meissa é uma estrela binária, ou seja, duas estrelas em uma só, e ela fica na constelação de Órion. Órion é a única constelação que tem as estrelas mais brilhantes e visíveis em ambos os hemisférios, então ela aparece em metade do mundo. É uma das maiores. E Meissa é uma das estrelas mais brilhantes dessa constelação.

-Uau! Isso é... Impressionante! Mas porque você não usa esse nome?

- Bom... Por ser um nome um pouco diferente eu tento escondê-lo das pessoas.

-Pois não devia. É lindo. Obrigada pela aula senhorita Meissa.

Eu rio e dou um tapinha nele.

-Senhores passageiros, o avião pousou. Obrigado pela confiança. Sigam em paz!- a aeromoça falou no auto-falante.

Eu nem havia percebido, graças a Jake. Saí o mais rápido que pude.

Jake me acompanhou. Quando entramos no aeroporto, me afastei um pouco, e suspirei. Ainda estou viva.

Belle ainda estava conversando com o garoto que ela havia conhecido. Jake estava de olho nos dois.

-É melhor irmos logo.- eu disse.- Vem Belle.

Ela olhou para mim, um pouco triste.

- Já?

-Sim. O quanto antes sairmos daqui, melhor.- eu disse.

-Mas...

Antes que ela terminasse de falar, Jake puxou ela pela mão.

- Eu te adiciono no face!- ela grita para o garoto.

Saímos do aeroporto e vamos de táxi para a casa da minha tia.

*~*~*~*~*

Ufa! Finalmente terminei esse capítulo. Tive que pesquisar algumas coisas pra escrever esse capítulo, e espero que tenham gostado. Desculpem pelo tamanho do capítulo, mas o outro vai ser maior, prometo.- autora