30/11/2016
Um dos meus medos é dar de tudo para ter o curso feito e após tal, acabar no desemprego. É algo que me atormenta demasiado.
Não gosto de estar dependente de alguém, adoro ter o meu próprio dinheiro podendo gastá-lo naquilo que mais me cativa, não tendo a necessidade de estar constantemente a usar o dinheiro dos meus pais.
Para, futuramente, ter uma boa carreira, é necessário usar o nosso maior esforço, tal como o estou a usar neste preciso momento. São 09:40 e, já vestida, estou sentada no sofá a dar as últimas revisões para Genética Médica. É uma cadeira interessante que estuda os distúrbios da genética humana. Passei quase toda a noite a estudar... Sim, quase, visto que o André estava constantemente a mandar-me mensagens e a ligar-me.
Ultimamente, o ambiente cá de casa tem estado bastante fora do normal. Os meus pais têm sido as principais personagens para esta anormalidade. A minha mãe voltou a passar mais tempo fora de casa do que dentro da mesma e sinto que, o contacto que ela tem connosco irá desaparecer. Quando o meu pai se encontra em casa, a minha mãe "foge a sete pés" e vice-versa. Com isto, o André torna-se o meu apoio. Tenho saído cada vez mais com ele e muitas vezes ele vem até minha casa ou eu até à dele. Não tem sido propriamente uma simples amizade (após o beijo tornou-se muito mais do que isso) e, honestamente estamos bem assim.
Antes do teste, que está marcado para as 11:00, irei tomar o pequeno almoço com o André. Entro no meu carro e sigo viagem até ao ponto de encontro, onde consigo avistar o André já sentado.
"Estava a ver que não Ems." Disse-me.
"Até parece que demorei assim tanto, totó." Cumprimentei-o dando-lhe um leve beijo.
"Demoraste 10 minutos, isso é muito."
"Não te esqueças que após um dos teus jogos, estive 35 minutos à espera da donzela. Mas tu tens a perfeita noção que me atrasei por tua culpa." Pisquei-lhe o olho.
"Minha?" Perguntou espantado.
"Claro. Não te esqueças que ontem não estudei tudo visto que estiveste o tempo todo a mandar-me mensagens e a ligar-me." Ri-me.
"Oh, mas eu tinha saudades tuas. Para a próxima não te incomodo. Não te volto a ligar nem a mandar mensagens." Resmungou.
"Amuadinho. Já pediste?"
"Não, sou uma boa pessoa e esperei por ti."
"Sempre tão querido." Sorri-lhe.
"Estás pronta para arrasares na frequência?" Perguntou-me dando a última trinca na sua tosta.
"Até que estou. Sinto que vai ser acessível."
"Ria-me tanto se o teste fosse difícil."
"Queres que eu tenha uma má nota? Seu idiota!"
"Calma bebé, ninguém disse isso." Riu-se.
"Eu digo-te o bebé." Resmunguei. " Bem, já são 10:45, vou indo. Depois vais ter a minha casa?"
"Sim, estou lá por volta das 14h. Boa sorte, Ems."
Juro que adorava perceber o porquê de fazerem frequências enormes para tão poucas horas. Graças a Deus consegui responder a tudo dentro do tempo e, correu-me bastante bem. Agora resta-me ir buscar o Pedro à escola e ir para casa almoçar.
"Que dia cansativo." Reclamou o Pedro atirando a mochila para o meio da sala e sentando-se no sofá. "Estou a morrer de fome, faz qualquer coisa boa e rápida."
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Between fields || A.S PARADA
Teen FictionExistem muitas diferenças entre duas pessoas como o gosto musical, a personalidade ou até mesmo o clube de futebol e foi o que eu descobri quando me encontrei entre campos. Ema Lopes, adepta ferrada do Benfica. André Silva, jogador do Futebol Clube...