Ao longo do anos, é nos apresentado certas dificuldade tanto a nível escolar como a nível pessoal e posso dizer que, neste momento, estou com dificuldades em ambos.
A ausência de um progenitor faz a diferença, deixa bastantes marcas e para além disso é uma das minhas dificuldades a nível pessoal.
Em minha casa, por norma, as tarefas domésticas eram encarregues à minha mãe. Tanto eu como os restantes cá de casa ajudavamos a minha mãe quando se tratavam de algumas tarefas, mas maior parte era a minha mãe que fazia.
Com a saída da minha mãe, eu fiquei encarregue das tarefas que anteriormente eram dela. A meu ver, o que eu faço (desde passar a ferro, fazer as camas de lavado, arrumações e afins) não fica tão perfeito como ficava quando era a responsável era a minha mãe. Tenho a ajuda do meu pai e do Pedro (por vezes o Tiago tambem passa por cá a ajudar). Como é obvio, não vou meter o meu irmão Pedro a passar a roupa a ferro. Ele apenas fica responsável pelas coisas mais básicas.
No ano novo, a minha mãe entrou em contacto connosco. Arrastava a voz enquanto falava, cansaço ou culpa. Apesar de tal, foi bom falar com ela, já tinha saudades. O Pedro mostrou um misto de emoções perante a chamada dela e fez com que ela mantivesse uma promessa: ligar sempre que estiver disponível.
A nível escolar não há muito para abordar. A época de maior stress, conhecida como época de exames, já passou. Tive de ir a recurso, infelizmente. Disse tão mas tão mal da minha vida após ter feito os exames. Eu estudei demasiado e mesmo assim correu mal.
O André, a Raquel e o meu primo Fábio têm sido as melhores pessoas de sempre. São o meu apoio.
"Pai, vou sair com o André. Precisas de alguma coisa?" Perguntei já com as chaves na mão.
"Apenas preciso que acrescentes espuma de barbear na lista de compras."
"Está bem. Vou tentar não chegar depois das 19h." Informei-o.
"Não te preocupes, filha. Hoje o jantar fica por minha conta. Que tal trazeres os irmãos Silva e a Raquel?"
"É uma boa ideia, vou falar com eles." Sorri. "Até logo."
Entrei no carro e fui para casa do André. Inicialmente o ponto de encontro era num parque perto de minha casa mas, o FIFA estraga sempre os nossos planos.
Estacionei o carro e, mesmo antes da porta ser aberta já era capaz de ouvir os gritos da Raquel."O que é que se passa agora?" Perguntei rindo assim que o André me abriu a porta.
"Olá, amor. Sim, estou bem. Tambem estava com saudades tuas."
"Desculpa, amor." Beijei-o.
"O Afonso está a ganhar por 12 bolas a zero e não deixa a Raquel marcar."
Pousei a mala no chão e sentei-me na cama do André, encostando-me a ele.
"É só um golo, Afonso. Deixa de ser estúpido!" Guinchou mais uma vez.
"Tens de merecer o golo." Riu-se. "GANHEI, TOMA!"
"Otário." Resmungou.
"É a nossa vez, Ems." Disse André.
"Vou ganhar, prepara-te." Deitei a língua fora. "Oh, antes que me esqueça, o meu pai convidou-vos para irem lá jantar. Querem ir?"
Assentiram todos.
"Pronta para perder, bebé?" Perguntou-me André.
"Pronta para ganhar."
São 19:30 e ja me encontro à mesa, em minha casa, acompanhada pelos meus três amigos, pelo meu pai e pelo meu irmão Pedro.
A ementa, selecionada e perfeitamente cozinha pelo meu pai, era empadão de carne."Já podes dizer que o teu sogro é um bom cozinheiro." Disse Pedro a rir-se para o meu namorado. "E tu o mesmo Afonso sendo que a Raquel é basicamente nossa irmã."
"Pedroca, para que conste, eu e o Afonso não temos nenhuma relação. Quer dizer até temos: uma relação de ódio!" Exclamou a Raquel.
"O que tens a comentar sobre tal assunto, Afonsinho?" Perguntei dando um riso bastante ironico.
"Apenas confirmo o que a Raquel disse."
"Como? Double date? Não estou a perceber." Comentei.
"Vocês são tão mauzinhos." Falou o meu pai dando uma leve gargalhada. "Então André, como vão os teus treinos?"
"Estão a correr bem, estamos a fazer de tudo para ganhar o campeonato." Deu um enorme sorriso.
"Ui, por acaso." Reclamei.
"No final iremos ver, Emy." Falou Afonso desta vez.
"Well, eu já venho." Comentou Raquel deixando a mesa e de seguida a cozinha.
O Afonso, o meu pai e o Pedro estavam entretidos a conversar sobre coisas aleatórias enquanto que eu e o André fazíamos planos para esta noite. A conversa é interrompida pelo toque, bastante alto, do telemóvel do Afonso.
"Puto, isso está demasiado alto." O meu namorado resmungou.
"Já continuamos a conversa Sr.Mário, peço desculpa."
"Ora essa."
"Continuando... Podemos ver "The Choice" e podes ficar cá a dormir?" Perguntei.
"Está bem, bebé."
O proximo capitulo vai se diferente porque vai ser o ponto de vista do André e não da Ema ao qual estamos habituados. Tentarei ser o mais rápida possível devido tambem ao facto de ter estado bastante tempo sem publicar.
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Between fields || A.S PARADA
Teen FictionExistem muitas diferenças entre duas pessoas como o gosto musical, a personalidade ou até mesmo o clube de futebol e foi o que eu descobri quando me encontrei entre campos. Ema Lopes, adepta ferrada do Benfica. André Silva, jogador do Futebol Clube...