Lisboa é, claramente, um bom sitio para viver e até mesmo só para passear. Mas, evidentemente, nada bate o Porto. A verdade é que ambas têm o seu encanto...
Quero aproveitar as restantes horas aqui em Lisboa mas é complicado porque o André não quer acordar.
"Andre, vá lá." Insisti com ele.
"Deixa-me dormir." Resmungou.
"Ai é? Que seja assim, então. Vou arranjar um bom guia, em ambos os níveis e tu sabes do que falo, e assim aproveito o último dia cá." Levantei-me da cama do hotel e segui para a casa de banho mas fui impedida.
O meu namorado puxou-me pelo braço de modo a cair na cama e não conseguir sair da mesma.
"Não me parece que isso vá acontecer, Ems." Riu-se.
"Então levanta-te, amor. Por favor." Fiz beicinho.
"Já te disse que és chata?"
"Já te disse que podes arranjar outra namorada?!" Sorri de forma cínica.
"Nah, não necessito. Gosto de ti de qualquer das formas, otária."
"E é por gostares que, daqui a 7 minutos, vais estar pronto para sair daqui. Caso contrário..."
"O que é que me acontece?"
"Experimenta só não estares pronto na hora marcada e verás." Sorri-lhe. "6 minutos... Tic tac, tic tac."
Saí do meu quarto e fui ao quarto da Raquel. Um já está acordado, agora só restam dois... Bati à sua porta e mas sem sucesso. Andei mais uns metros e bati na porta do quarto do Afonso e deste lado, foi com sucesso. Assim que a porta foi aberta, entrei dentro do quarto em que Afonso estava a habitar neste fim de semana. Mas, fui apanhada de surpresa.
"Ema, não era suposto teres entrado..." Suspirou o Afonso.
"Olá querida Raquel. Agora já compreendo o porquê de não me abrires a porta do teu suposto quarto." Sorri para a minha melhor amiga. "A noite foi divertida, estou a ver." Ri-me.
"Cala-te." Reclamou Raquel. "Vá, sai daqui."
"Eu vinha acordar-vos para virem connosco mas estou a ver que isso não é a vossa preferência."
"Nós vamos de tarde." Afonso falou.
"Isto é estranho..." Disse. "Está aqui um ambiente, credo... Eu já desconfiava, e de certeza, que não era a única." Dirigi-me à porta para abandonar o quarto.
"Nós não namoramos." Disseram em conjunto.
"Não me meto, vocês sabem o que fazem." Fecho a porta do quarto após a minha fala.
"Aqui estás tu." André afirma, assustando-me.
"Fogo, André. Queres matar-me?" Suspirei. "Estás pronto, bebé?"
"Sim, e não me atrasei." Sorriu orgulhosamente. "O meu irmão e a Raquel?"
"Ocupados." Ri-me.
Não há maneira de esquecer que em Lisboa também há muitos/as portistas. A cada passo que dávamos, o André era abordado por um fã. Compreendo perfeitamente os admiradores do meu namorado, estamos a falar de um bom profissional.
"Desculpa, amor." André pediu-me.
"Não te preocupes, eu compreendo-os."
"Eu sei, mas também há que entender a nossa privacidade e nem todos conseguem compreender..."
"Infelizmente nem todos pensam assim." Sorri-lhe.
"Gosto tanto de ti! Podias ficar chateada com o facto de estarmos constantemente a ser parados mas és tão compreensiva."
"E eu de ti, sabes bem." Beijei-o. "Não é todos os dias que se vê o André Silva a passear por Lisboa." Ri-me. "Em todas as situações, não posso ver só o meu lado. Tento também ver o lado das outras pessoas, tento compreendê-las."
"É pena nem todas as pessoas serem como tu."
"Também não quero, gosto de ser original, única." Gargalhei bastante alto. "Teve bastante piada." Continuei a rir.
"Eu não a conheço! Não é a minha namorada, nem nada." Falou de modo a ser ouvido pelos presentes.
"Olha o estúpido. Que peça que eu fui arranjar, credo."
"Estás arrependida, flor?" Perguntou-me.
"Sendo bastante séria, não estou arrependida. Como poderia estar? Saíste-me a sorte grande."
"Que amor, sou um namorado babado."
"Agora vamos comer."
O resto da tarde foi relaxante, visitamos bastantes cantos de Lisboa. Assim que chegamos ao nosso quarto, atirei-me para a cama sendo seguida pelo meu namorado.
"Estou cansada." Suspirei.
"Andamos bastante, fogo." Resmungou o meu namorado.
"Quero um espelho como este para o meu quarto. Fica super querido."
"Para quê? Acordares e veres logo essa tua cara terrível?! Ainda te dá uma coisinha má." Riu-se após falar.
"Muito simpático, sem dúvida." Resmunguei.
"Amuada."
"Nojento."
"Deficiente." Riu-se. "Anda aqui, vamos tirar uma foto."
Após tirada a foto, André rapidamente publicou-a no Instagram.
@andrevsilva10: 💙💙💙
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@ema_lopes: *❤️❤️❤️
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Between fields || A.S PARADA
Ficção AdolescenteExistem muitas diferenças entre duas pessoas como o gosto musical, a personalidade ou até mesmo o clube de futebol e foi o que eu descobri quando me encontrei entre campos. Ema Lopes, adepta ferrada do Benfica. André Silva, jogador do Futebol Clube...