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- Eu não sei Gui, me deixa pensar, agora por favor saia de cima de mim. – diz ela e eu saio depois a ajudo a levantar.

Ela correu até suas coisas, arrumou tudo depois foi embora, será que o pior será a rejeição ou a falta que ela me faz? Será que ela tem razão, que se namorássemos nossa amizade acabaria com o tempo? Ou que nada seria o mesmo depois do término? Por que pensamos no término sem ao menos ter começado? Ela não pode ter razão.

*

Volto rapidamente para casa, chegando, tomo um banho para ver ser me acalmava e durmo depois que saí do banho. Acordo umas 20:30h da noite, janto depois volto a dormir.
No dia seguinte, como era sábado, acordo mais ou menos cedo eram 8:20h para ir a academia, não fazia academia antigamente, mas me ajudou muito a manter a mente ocupada e o corpo cansado. Coloco uma roupa de academia que é apenas um top preto, calça e o tênis, prendo meu cabelo num rabo-de-cavalo e pego meus fones de ouvido e meu celular, vou até a à cozinha e faço uma vitamina de banana, a tomo depois vou andando até a academia ouvindo minhas músicas.
Chego na academia e começo a treina, fico até umas 11:30h quando já estava muito cansada, sorte que eu parei algumas vezes para comer, beber água e essas coisas, se não estaria morta nesse momento. Volto para casa correndo e escutando música.

Cheguei em casa e fui direto tomar um banho, coloco uma blusa e um short qualquer. Olho pela casa e minha irmã estava no quarto e minha mãe estava na cozinha preparando o almoço, meu pai como sempre estava no trabalho, vou até à cozinha conversar um pouco com a dona Daniella.

- Oi mãe. – digo e ela toma um susto.

- Que susto menina, quer matar a tua mãe do coração?

- Desculpa, mãe. – falei rindo da cara que minha mãe fez.

- Aliás, aonde a senhorita estava? Porque eu passei no teu quarto por volta de umas 9:30h e você não estava lá. – disse ela virando para mim.

- Fui na academia, mãe!

- Vai e não me avisa? Você ainda é menor de idade Gabryella! – quando ela diz o meu nome é porque a briga vai ser feia.

- Relaxa mãe, eu acordei muito cedo e não quis te acordar.

- Não interessa Gabryella! E se tivesse acontecido alguma coisa contigo? Eu nunca iria saber.

- Mãe, fica calma, eu fui e voltei. Tudo bem? – pergunto.

- Tá, mas que isso nunca mais se repita.

- Antes que você reclame de novo, irei sair depois do almoço, O.K? – aviso.

- E vai para onde, posso sabe?

- Vou naquela montanha em que íamos quando eu era criança.

Eu ia nessa montanha com minha mãe e minha avó quando eu tinha a idade da Isabella, minha avó que me levou naquele lugar pela primeira vez porque ela levava minha mãe também lá quando era criança. Eu e minha avó eram os tão próximas, sempre estávamos juntas, íamos bastante no shopping, era uma época muito boa. Paramos de ir quando minha avó faleceu quando eu tinha 13 anos, não faz muito tempo, lembro até hoje das palavras dela quando me levou lá pela primeira vez, “...A vida é tão turbulenta e cheia de problemas, de vez em quando precisamos parar, respirar fundo e só então tomarmos uma decisão, sempre temos aquele lugar de escape. Eu quero que esse seja o teu também! Quando eu não estiver mais aqui e você esteja passando por problemas ou precisando de conselhos, venha aqui que eu sempre estarei aqui para te ajudar porque eu sei que sua mãe é meio lenta para essas coisas, mas com uma condição: venha sempre ao pôr-do-sol, tudo fica melhor e mais bonito nesse horário.”, ela era uma pessoa maravilhosa e que sempre se preocupava com todos.

- Filha? Está me ouvindo? – minha mãe me chama dos meus devaneios.

- Me desculpa, não estava prestando atenção.

- Eu falei para irmos nós três, conhecemos aquele lugar na idade da Isabella, acho que ela poderia ir junto.

- Mas mãe, eu quero ir para ficar na paz e não para cuidar de criança, não que a Isa de muito trabalho, mas eu quero aquele tempo para mim.

- Eu vou também, então, eu cuidarei da tua irmã. – disse ela e eu me levanto para ir par ao meu quarto.

Entro no quarto e me jogo na cama com o meu notebook, entro no Facebook e havia uma mensagem da Roberta no meu perfil.

- Oi Gaby, tenho uma grande novidade para você!

- Que novidade?

- Temos umas festa para hoje a noite!
Eu detesto sair de casa para ir a festas, sou mais de sair quando eu preciso ou quero, mas nunca quero ir as festas que a Ro arruma.

- Uma festa?! Nossa que legal.

- Sem sarcasmo Gabryella, vai ser muito legal, vamos? Eu já avisei a Ali e ela vai também, vamos por favor!

- O.K sua chata! Que horas é a festa?

- Ás 20h, passamos aí para te buscar umas 20:30h então não se atrase.

- O.K, beijos, vou almoçar.

- O.K meu amor, beijos e até mais tarde.

Saio do meu Facebook e desligo o notebook, vou ver se o almoço já estava pronto, chego na cozinha e minha mãe estava colocando os pratos na mesa.

- Mãe, o almoço já está pronto?

- Está sim minha filha, chama a sua irmã por favor. – disse minha mãe pondo o almoço na mesa.

Fui até o quarto da Isa e bato na porta antes de abrir, ela estava sentada no chão brincando com suas bonecas. Assim que ela me vê abre um sorriso de orelha a orelha, o mais lindo!

- Irmã, mamãe está chamando para irmos almoçar, vem logo porque depois vamos sair, nós três. – digo depois saio e fecho a porta.

Sento á mesa junto com minha mãe, logo minha irmã vem e senta do meu lado. Terminamos de almoçar e cada uma foi para seu quarto se arrumar, minha mãe antes de ir para seu quarto foi com a Ida escolher uma roupas para ela usar.

Coloco uma calça jeans com uma rosa do lado, uma blusa branca e uma bota marrom, deixo meu cabelo solto e ponho um cordão que minha avó tinha me dado a anos. Termino de me arrumar e fui ver se minha mãe e a Isa já estavam prontas, bato na porta do quarto da minha mãe e entro, minha mãe já estava pronta só terminando de ajeitar a Isa, ambas de vestidos, minha mãe de vestido vermelho com flores japonesas e minha irmã de vestido branco com borboletas. Elas estavam muito bonitas! Elas terminam de se arrumar e fomos de carro até a montanha.

Chegando lá, tivemos que subir a pé já que de carro não sobe, quase no topo já dava para ter uma vista maravilhosa, chegamos no local em que vinhamos, só de estar nesse lugar me dá uma grande vontade de chorar e um aperto muito forte no peito, quer saudade da minha avó. Aqui só tem um banco no meio da terra da montanha, à vista aqui é perfeita! Senti no banco e fecho meus olhos.

- Vó me ajuda, preciso de você. – falo baixinho.

Aos poucos minha visão foi ficando turva e a silhueta de uma pessoa vinha em minha direção e quanto mais ela se aproximava a minha visão ia focando nela, até que percebo que a pessoa é a minha avó!

- Vó? – digo e ela fica parada bem na minha frente.

- Oi minha querida, fico feliz que de lembrou do que eu disse há alguns anos.

- Claro vó, por isso com aqui, preciso muito da tua ajuda. – digo e ela senta do meu lado no banco.

- Com o que posso te ajudar?

- Aí vovó, há um tempo atrás eu conheci um menino incrível, ele se chama Guilherme, gosto muito dele, mas até pouco tempo ele não sabia da minha existência até nos trombarmos na escola. – Eu sorria ao lembrar do dia.

- Já vi que essa história vai ser boa. – disse minha avó.

- Por incrível que pareça viramos melhores amigos, para que esse meu sentimento não acabasse com essa amizade, deixei de lado e não contei para ele. Mas um dia desses, ele causou uma intriga muito grande entre a gente, eu não gostei nem um pouco da atitude dele.

- Eu concordo contigo, socar alguém não justifica nada. – diz ela.

- Brigamos por causa disso e ontem ele veio me dizer que gosta de mim, só que não quero que tenhamos algo e acabe com nossa amizade, nem me magoando por isso outra vez. – digo e abaixo a cabeça.

Minha avó levanta minha cabeça pelo queixo e segura minha mão.

- Você gosta dele mesmo, meu amor? – ela pergunta com um sorriso no rosto.

- Pior que gosto muito, vó.

- Então me responde: por que ser infeliz com esse medo e não ser feliz ao lado de quem você gosta? – apenas fico quieta – Sei que é difícil, mas assim que você simplesmente se entregar sem medo, você vai ver que será muito mais feliz.

- Eu sei vó e quero muito, mas tenho medo. – insisto.

- Minha filha, o medo é o inimigo da felicidade, você nunca se sentirá bem sem não enfrentar esse medo, já falou com ele sobre isso? – assenti. – E o que ele te respondeu?

- Que nada vai mudar nem que se por acaso terminamos. – respondo.

- Então, confia nele! Dê esse voto de confiança para ele e si deixe ser feliz minha neta.

- Obrigada vovó, irei falar com ele. – digo e a abraço.

- Se cuida minha florzinha e seja feliz! – diz ela que me dá um beijo na testa e segue andando novamente por onde veio.

Enquanto ela ia se afastando minha visão ia ficando turva de novo e começou a me bater um cansaço que me fez fechar os olhos. Assim que os abro de novo, minha irmã estava me chamando.

- O que houve? – pergunto.

- Você estava dormindo. – disse a Isabella voltando para a nossa a mãe.

- Você está bem minha filha? – assenti.

- Melhor irmos para casa, está ficando tarde. – levanto e seguro na mão da Isa.

Descemos a montanha até chegar no carro e fomos para casa. Fiquei pensando sobre o que fazer o caminho inteiro e quando chego em casa, vou direto para meu quarto e decido mandar uma mensagem para io Guilherme.

- Oi Guilherme, preciso falar com você.

- Pode dizer. – disse ele frio.

- Conversamos amanhã depois da escola, 15:30h da tarde na praça perto da escola.

- O.K, mas está tudo bem?

- Está, mas não quero conversar sobre isso por aqui.

- Tudo bem.

Bloqueio o celular e fui tomar um banho para ficar mais relaxada, troco de roupa e sento na cama para ler um livro que tinha comprado há alguns meses, mas acabo dormindo no meio.

A vida de uma  adolescente (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora