Assim que acordo com o livro em que estava lendo jogado no chão, pego meu celular e vejo as horas, eram 20h da noite e havia uma mensagem da Roberta. Droga! Esqueci da festa!
Levanto correndo da cama, que como tenho dois pés esquerdos nem sei como não fui de cara no chão, fui até meu armário e escolho um body branco de manga, uma saia de verniz preta. Vou até o banheiro, o mais rápido banho da minha vida e me visto, faço a maquiagem rápida que eu sei fazer, já que não tenho costume de me maquiar depois que termino faço uns cachos no meu cabelo o deixando solto. Calço meu salto alto preto e ponho o mesmo colar de sempre, o que o Gui me deu, mesmo estando irritada com ele não consigo deixar de usá-lo.
Vou para a sala de estar onde meus pais estavam, assim que chego lá meu pai já me olha com um olhar de desaprovação como se eu ainda fosse uma criança e minha mãe sempre foi mais liberal, então ela age normalmente, mas claro, com um sorriso no rosto de felicidade.
- Onde a senhorita pensa que vai com essa roupa?! - diz meu pai parando totalmente o que estava fazendo.
- Querido, deixa ela. Vai sair minha filha? - pergunta minha mãe.
- Vou mãe, irei sair com os mesmos amigos de sempre, mas prometo não voltar tarde. - digo e ando até a porta.
Meu pai segura no meu braço antes que eu pudesse sair, olho para ele que estava sério, mas no mesmo instante abre um sorriso.
- Se cuide minha filha.
Dou um abraço nele e ele sussurra um “Eu te amo” no meu ouvido e eu respondo com um “também te amo”, o solto e sorrimos um para o outro, logo depois eu saio. Esperei pela Ro no corredor do prédio, olho no relógio do celular e eram 20:50h, uma mensagem dela chega para mim e que eu abro para ver o que era.
- Gaby, já cheguei, estou no portão.
- Estou descendo.
Guardo o celular no bolso da saia e peguei o elevador descendo, encontro com ela e a Ali me esperando bem em frente ao portão, mas assim que chego até elas, o Nolan e o Guilherme saíram do carro e ficaram olhando para mim. As meninas me abraçam e depois me soltam, mas no mesmo momento eu olho para a Roberta com minha cara de indignação e ela estava com um sorriso que de marte daria para ver. Sinceramente o Gui estava muito bonito, usando uma blusa jeans clara de manga, uma calça jeans escura e uma bota marrom, ele sempre soube se vestir muito bem. Volto a olhar para a Ro e ela desmanchou o sorriso dela.
- Acho que a senhorita, esqueceu de mencionar algo, não? - digo ironicamente.
- Sei que esqueci de contar que eles viriam e deve ser esse o motivo da sua cara, mas juro que foi sem quere. - diz e faz um sinal de juramento para mim.
- O.K, vamos logo! - dito isso ela logo pula em cima de mim – Mas eu não vou no meio dos dois. - termino de falar e ela concorda.
Ela pede para que o Guilherme vá dirigindo e usa a desculpa de que ela irá beber, e pede também o Nolan vai na frente junto com ele. Entramos no carro e fomos cantando, dançando muito, mas diversas vezes eu e o Guilherme trocávamos olhares, o que já estava me incomodando então comecei a desviar o olhar e ele começava a rir com isso.
Chegamos na tal festa e a mesma era tão grande que tinha gente até no telhado da casa, como eles conseguiram chegar lá, não faço a mínima ideia, me faço essa mesma pergunta. A casa por sinal era muito grande só que estava lotada de gente bêbada, entramos nele e como o fogo das meninas é maior do que qualquer outra coisa, elas já foram direto aonde tinha bebida, não gosto de beber, mas estou muito nervosa com a presença do Gui aqui, então preciso beber! Cada um pegou algo para beber depois fomos cada um para um lado. Tentei manter a maior distância que conseguia do Nolan e do Guilherme, fui para o lado de fora da casa e me sentei na grama com o meu único copo de bebida, fico lá olhando a rua, se passaram algumas horas e eu ainda estava no mesmo lugar com a mesma bebida, alguém senta do meu lado e quando eu olho para o mesmo, é o Gui, era só o que me faltava. Ele me olhava e sorria todo bobo, o que me fazia rir, pois está óbvio que ele está bêbado. Ele sempre foi fraco demais com bebida, então toda festa que íamos eu sempre controlava ele, acho que hoje foi uma exceção.
Levanto e o puxo para irmos até o banheiro da casa, qualquer um que tivesse um chuveiro, ele está dirigindo não posso deixá-lo nesse estado. Entramos no primeiro banheiro que encontrei e tinha um chuveiro, ainda bem, porque andar com ele cambaleando é bem difícil.
- Tire a roupa por favor. - digo enquanto procuro alguma toalha pelo banheiro.
- Me leva para jantar primeiro, baby. - disse ele tudo embolado.
Assim que ele tira a roupa, para que eu não fique traumatizada depois, pego sua blusa e enrolo no meu rosto sem conseguir ver nada depois. Ligo o chuveiro e puxo ele até onde eu estava, ou seja, dentro do chuveiro, o jogo para baixo da água gelada e depois dele ter reclamado bastante, o mesmo já estava um pouco mais ligado. Dei a toalha para ele e depois de se secar, ele se veste e eu tiro, finalmente, sua blusa do rosto. Descemos e caminhamos para o mesmo lugar em que estávamos, mas no caminho esbarro na Alice.
- Oi Gaby! Tudo bem pôr aqui? Por que ele está de cabelos molhados? - pergunta.
- Ele como sempre estava bêbado, mas ele está dirigindo. E se for para eu ficar de babá de vocês, nós vamos embora agora! Então maneira nessa bebida.
No mesmo instante ela solta sua bebida em qualquer canto e continua a andar para, sei lá para aonde, fomos para o lado de fora e sentamos no gramado, novamente volto a olhar para a rua.
- Obrigado. - disse o Guilherme, mas me assusto pois ele não tinha dito nada até agora.
- Pelo o que exatamente? - pergunto o olhando.
- Exatamente por tudo, você me faz tão bem e ainda cuida de mim, por todos os momentos bons e ruins que já tivemos, principalmente, por todas as vezes que você já me fez rir. - disse ele sorrindo.
Dou um leve empurrão no braço dele e sorrio.
- Gaby, eu sei que esse não é o momento perfeito para te pergunta isso, mas você já tomou sua decisão? - ele me parecia um pouco triste em falar sobre isso.
- Já tomei sim. - um sorriso aparece em seu rosto no mesmo momento – Mas você só saberá amanhã.
- Por favor, Gaby! – ele insiste.
Levanto e o ajudo a levantar também.
- Nem insista, vamos procurar algo para bebemos sem que te deixe bêbado.
Ele pega na minha mão e foi como se tivesse alguma eletricidade que passasse por nossos corpos ali, essa eletricidade me deixou feliz o que me fez sorrir. Fomos para o bar da casa e pegamos nossas bebidas, enquanto eu pegava a minha o Gui ficava me olhando com aquela cara de ripo: “Você pode e eu não?!” e Eu só ria dia da cara dele. Bebemos depois fomos para a pista de dança onde as meninas estavam e dançamos muito até cansamos, eu e o Guilherme sentamos nas cadeiras do bar já que estávamos muito cansados. Mas logo um meninos que eu nem conheço veio até nós, só que pela aparência do Gui parecia que eles se conheciam pois sua feição de felicidade e cansaço se transformou em instantes em raiva e cansaço.
- Oi gatinha, te vi dançando e você dança muito bem por sinal. – ele diz quase grudado em mim.
- Obrigada. – digo sem dá-lo nenhuma importância.
- Que isso gatinha, vem dançar comigo que você vai se divertir bem mais? – ele segurou minha mão me puxando, mas me solto dele.
- Com licença que ela não Vai! Ela não quer ir, vê se entende isso. – o Gui se intromete na situação.
- Guilherme se acalma e deixa que eu me viro nessa situação, por favor. – ele me ignorou completamente.
- Isso mesmo cara, o papo é entre eu e a gatinha, então não se intromete aqui. – diz o garoto.
- Para de me... – não consigo terminar de falar, o Guilherme me interrompe.
- Carlos saí daqui cara! Estou começando a perder a paciência contigo e não vou hesitar em te dar um murro. – grita o Guilherme se aproximando do garoto que agora sei que se chama Carlos.
- PAREM COM ISSO! – gritei – Primeiro você, Carlos, eu não quero dançar com você e quando eu digo não, eu quis dizer literalmente não, então, não é não aceite isso e para de ficar me chamando de gatinha porque eu não te dei intimidade para isso. Agora Guilherme – viro para ele que estava atrás de mim – Não se intromete nessas situações até que eu peça, eu sei cuidar de mim mesma caramba! Não sou um bebê inofensivo e passe a escutar os outros, porque no seu momento da raiva você ignora todos.
Termino de dizer mais os dois continuam a ser provocarem, já estou cansada desses dois.
- Quer saber, se matem aí. – digo depois saí para a parte de trás da casa.
Essas atitudes dele que me irritam, como ele pode fazer Isso?! Ele nunca me escuta. Estava certa da minha decisão agora nem sei mais, prefiro ficar bem longe daqueles dois, se for para eu te um relacionamento assim com ele, prefiro nem ter. Sento na grama e fico olhando as estrelas, sinto alguém sentando do meu lado, só espero muito que não seja o Guilherme.
- A noite está muito bonita, né? – diz um garoto que ainda bem que não é o Guilherme.
- Está mesmo. – digo.
- Prazer, me chamo Lucas e você seria? – ele estica a mão para mim.
- Sou Gabryella.
- Então Gabryella, por que está aqui sozinha? – ele pergunta.
- Não diria sozinha, mas com para cá por que estou com muita raiva de um amigo.
- Pela minha experiência, você não está com raiva e sim muito triste com esse seu “amigo”, que pelo meu tato, ele é alguém que você gosta, não estou certo?
- Está. – infelizmente, penso comigo mesma.
- O que ele fez para te deixar triste com Ele?
Nesse momento não sei o que me deu, uma lágrima escorre dos meus olhos lembrando dessa briga e das outras sem que tivemos, por que só brigamos?
- Se não quiser me contar, eu te entendo.
- Não, está tudo bem, eu te conto. – digo abrindo um leve sorriso.
Conto minha história para ele desde quando comecei a gostar do Gui até das brigas que tivemos, do conselho da minha avó e no final ele me disse que conhecia o Guilherme, ele já havia ficado com uma prima dele.
- É depois de tudo Isso, você vai manter a sua decisão ou vai voltar atrás?
- Realmente eu não sei te responder essa pergunta, eu só quero sair daqui. – digo e apoio minha cabeça nos joelhos.
- Se quiser eu te levo para casa.
Assenti e fomos andando para o carro dele, ele me levou em casa e no caminho fomos conversando sobre ele, sobre mim e diversas outras coisas, pensando agora me dei muito bem com ele. Chegamos no meu prédio e nós trocamos nossos números, ele parece ser uma pessoa muito legal. Subi e assim que entrei em casa fui direto para o meu quarto, tirei meu salto que estava amassando meus dedos e peguei uma toalha, meu pijama e vou até o banheiro tomar um banho. Saí, troquei de roupa e fui direto para a cama, dormi feito um anjo, o Lucas me animou no final, não deixando que essa minha noite fosse estragada.

VOCÊ ESTÁ LENDO
A vida de uma adolescente (Concluída)
Fiksi RemajaSinopse: Gabryella, uma menina de 17 anos que sempre foi uma adolescente adorada por todos (menos por Tyfane e suas amigas), ela é divertida, engraçada mas tem sua timidez reservada, porém, como todo adolescente tem seus problemas em que a maioria d...