Prólogo

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Acordei e hoje seria a despedida dessa cidade que eu tanto amo, eram 10h e minhas coisas estavam todas arrumadas já. Ver meu quarto sem nada meu faz eu me sentir estranha, como se o quarto não fosse meu, apenas um quarto qualquer. Entro no banheiro, escovo meus dentes e entro no chuveiro, me enrolo na toalha e vou até meu quarto pegar minha roupa que tinha esquecido em cima da cadeira, visto uma calça cinza justa, mas confortável, um body de manga todo preto e calço um tênis preto. Alguém bate na porta enquanto penteio o cabelo.

- Minha filha... Está pronta? – minha mãe abre a porta pondo só a cabeça para dentro.

- Estou quase.

- Ótimo, assim que estiver, desça para tomar seu café. – assenti.

Ela fecha a porta e eu termino de me arrumar, pego minhas malas, mas antes de sair sou uma olhada no quarto e depois desço. Deixo as malas junto com as dos meus pais na sala e vou em direção a à cozinha.

- Não acredito que estamos nos mudando daqui. – digo.

- Gabryella já conversamos sobre isso, você tem apenas 15 anos e não entende. – diz minha mãe.

- Filha, papai conseguiu um emprego incrível na nova cidade, você terá novos amigos lá e não precisa ter medo todos irão te adorar.

- Mas eu não quero ir! Por que não posso ficar com meus avós?

- Seus avós já estão velhinhos minha filha, eles não podem cuidar de você e até porque, eu irei precisar da tua ajuda com tua irmã.

Nessa hora a Isa veio correndo da sala com o prato na mão e um sorriso sapeca todo sujo de chocolate, ela entrega o prato para minha mãe e vem correndo até mim.

- Irmã, limpa pra mim, por favor. – disse apontando para o rosto.

Pego o papel e a limpo, ela me agradece e corre de volta para a sala.

- E eu fiquei sabendo que o Nolan está voltando para a cidade.

- O.K eu vou, mas pela Isabella e não por causa do Nolan.

Eles riem e eu continuo a preparar meu café, termino de comer e pego meu celular, vejo várias mensagens da Agatha e da Carol, mas não consigo me despedir delas, a Carol é minha amiga a anos e a Agatha eu conheci a pouco tempo, mas não sabia que iríamos nos dar tão bem e sermos tão próximas. Ainda não acredito que vou sair desse cidadezinha, minha vida está toda aqui, eu nasci e cresci aqui, como se deixa tudo para trás?

Meu pai pega as malas e as põe na mala do carro, minha mãe paga a Isa e a põe na cadeirinha, entro no carro e logo em seguida eles entram também. Nos despedimos da casa e da vizinhança, seguimos estrada á frente e seria uma longa estrada, ponho meus fones com minhas músicas e adormeço para que o caminho seja mais curto.

Acordo com minha irmã me chamando ou melhor me gritando, abro os olhos devagar por causa da claridade dos faróis.

- Onde estamos? – pergunto.

- Chegamos na cidade. Estamos indo para casa.

- O.K.

Olho para fora e é bem movimentado, havia lojas e lanchonetes espalhadas por todos os lados, prédios e casas lindas, até que a cidade é bem bonita. Meu pai para no estacionamento de um prédio verde-água, saímos do carro com as malas e pegamos o elevador para o saguão.

- Boa noite, somos os novos moradores, família Tunner. – diz meu pai para um rapaz que estava atrás de um balcão.

- Deixe-me dar uma olhada aqui. – ele olha no computador – Ah sim, família Tunner, aqui está a chave de vocês, obrigada pela escolha e boa moradia.

Pegamos o elevador de novo e subimos até o nosso andar, entramos no apartamento e o lugar era muito, mas muito bonito. Abro o primeiro quarto que vejo.

A vida de uma  adolescente (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora