Eu já não aguentava mais essa situação, tiver e não poder te tocar, conversar, saber como você estava.
Ver seu sorriso mesmo que fosse para outro, mas bem você não sorria mais.
Linda você estava machucada e eu ainda mais por te ver triste cabisbaixa e pior, por saber que o motivo do seu sofrimento era eu.
Na sexta eu perdi a paciência e quando você apareceu no pátio da UFOP eu te puxei pra conversar.
"-Mas o que você quer? João me solta."- você disse protestando, tentado se soltar.
"-Você vai me escutar, Ana eu não aguento mais essa situação."- disse tentando soar forte, convencido. Mas a verdade era que estava um pouco nervoso, mas não por medo, e sim por receio de não ser perdoado por você.
"-João não tem nada pra ser esclarecido, você não me deve explicações, eu não sei o que deu em mim por ter agido daquele jeito, bom por estar distante de você esses dias, me perdoa eu não tenho esse direito, você é livre pra ficar com quem você quiser, mesmo que essa garota seja a Bianca." -você se desculpou assim que chegamos em um lugar afastado. -"Agora eu preciso ir."
"-Que merda Ana me deixa falar."- digo já cansado, passando minha mão em meus cabelos o puxando pelo nervosismo. "-Entre eu e a Bianca não existe nada, na verdade nunca teve. Eu não gosto dela." - desabafo sem olhá-la. "-Eu estava voltando com o seu refrigerante quando ela apareceu na minha frente me beijando do nada. Juro eu não esperava por aquilo e quando eu vi o seu olhar de descontentamento eu a empurrei e fui atrás de você, mas já era tarde, você já estava dentro do taxi indo pra casa. Naquela noite eu fui atrás de você na sua casa e bom o seu pai me impediu de falar com você. Nós não temos nada. Acredita em mim. Por favor!"- disse lhe olhando e vi que você estava chorando, sem esperar mais nada te puxei pros meus braços lhe abraçando, afundando o meu rosto em seus cabelos, sentindo o cheiro de maracujá que eu tanto sentia falta. "-Perdoa-me." -repito lhe apertando ainda mais em meus braços.
"-Senti tanta a sua falta." - você me confessou.
"-Eu também. Tanta."- digo lhe afastando de modo para que eu limpasse suas lagrimas.
Olhando em seus olhos verdes, eu pude ver que valia a pena, que você era o meu anjo, meu recomeço.
Vi que você reparava em meus lábios e passava a língua nos seus. Linda naquele momento eu queria tanto te beijar, te mostrar o quanto eu te queria, mas não foi possível.
O sino tocou nos lembrando onde estávamos.
"-Temos que ir."- falei sem te soltar, querendo ficar ali mais um pouco.
"-Sim." - você disse e se afastou.
Estávamos no refeitório terminando o almoço. Quando um ser loiro apareceu na nossa mesa.
"-Então é verdade, você está mesmo com essa sem sal? Gato quanto você se cansar dela me procure." -Bianca alfinetou em tom irônico e saiu deixando seu veneno para traz.
"-Onde você está indo?"- te perguntei desesperado ao ver que você estava pegando sua mochila.
"-Eu tenho aula agora." - você me respondeu com um meio sorriso.
"-Ok! Eu te levo até a sua sala."- lhe respondi levantando pra te acompanhar. "-E não adianta protesta." - completei pegando sua mochila vendo você revirar os olhos e me seguir.
Eu não teria mais aula, e bem eu não queria me afastar de você, mas você me disse pra ir embora assim que chegamos a sua sala e sobre protesto eu fui, não antes de sair eu deixei um beijo castro no canto dos seus lábios.
Narradora:
Ana vivia Se escondendo do mundo e de quem te ama, ela não sabia lidar com sentimentos, principalmente o amor e pra ela era mais fácil fulgir, se isola.
Me desculpem pela demora, mas graças a Deus deu tudo certo essa semana e o capítulo saiu.
Gostaria de agradecer a Thay Rocha que está me ajudando muito, mais muito mesmo na betagem desse livro.
Obrigada gata.Então é isso!
Um cheiro e um beijo.
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A minha outra parte, por João.
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