Nove

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"Janta comigo hoje?" 


Te mandei.

Aquela  noite eu estava com  o intuito de tentar algo que eu nunca tentei antes com você.

Não que não tenha tido oportunidades. Ouve uma, mas aquele não foi o momento.

Talvez você nunca mais fosse querer me ver depois, mas eu precisava fazer aquilo, e nada melhor com o espetáculo da lua grande que engrandeceria o céu aquela noite. 

E bem todas as chances aquela noite foram aproveitadas.

"Porque não? *-*"  x-  Ana

Sua resposta chegou minutos depois.


"Te pego as oito. "

Enviei e voltei a prestar atenção na aula. Oficialmente  o primeiro passo fora dado.

As 19h59min eu estava tocando a campainha de sua casa, e para a minha surpresa foi o seu pai que abriu o portão.

"-Boa noite senhor Gomes." -o cumprimentei esticando minha mão para ele.

"-Rapaz desesperado."- devolveu com a sempre espontaneidade que ele tem.

É depois daquela noite do bale em que eu apareci em sua casa de madrugada desesperado atrás de você, para tentar te explicar o que havia acontecido ele me dirigi dessa forma. Seu pai foi quem abriu o portão com a expressão seria e  cara amassada de sono, e depois daquele episódio ele só me chama desse jeito, Rapaz desesperado, nas raras vezes que nos encontramos na rua.

"-Tudo bem com o senhor?"

"-Jóia e com você?"- ele me perguntou abrindo o portão para que eu entra-se.

"-Bem."

E na mesma hora você apareceu pelo arco da porta, sorrindo e ainda mais linda.

Nunca vou me esquecer do seu sorriso naquele dia.

Você veio caminhado até onde nos  estávamos com passes firmes e confiantes. O vento deu sua graça e balançou o vestido branco com alguns detalhes preto que você usava.

"-Oi."- você disse corando.

Linda eu adorava quando você corava em situações tão normais, como um simples olhar, um sorriso dirigido a você, um comprimento.

"-Oi."

"-Vamos?"

"-Sim." -me despedi do seu pai e fomos em direção ao restaurante.




Quando terminamos o jantar eu chamei o garçom e pedi a conta, você me olhou de forma inquisitiva, se perguntando o porquê da presa, eu supus.

"-Sobremesa em outro lugar." me limitei a te responder e entreguei a comanda ao garçom.

Depois do restaurante seguimos para o nosso lugar, bem pelo menos pra mim era nosso.

A minha outra parte, por João.Onde histórias criam vida. Descubra agora