Capítulo 59

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                  " Entre os vampiros "

Eu começo a rir sarcasticamente mesmo com dificuldades.

_Por acaso as mocinhas fazem isso.- lhe dou um chute na cara fazendo com que ele me solte.

Com dificuldades eu começo a correr em vão Chester me agarra por trás com seus braços em volta do meu pescoço.

_Eu pensei em uma coisa boa para os dois, enquanto eu não ti mato que tal se brincassemos um pouco?.- diz Chester maliciosamente.

O que me disperta nojo e um ódio cego, naquele momento eu me transformava em outra pessoa, alguém que só queria matar e ter seu coração arrancado e esmagado por minhas próprias mãos. O derrubo no chão mas ele agarra a minha perna assim trocamos murros até conseguirmos ficar em pé, vejo então uma fina árvore pela metade, um sorriso sinico se fez em meu rosto e assim vou o empurrando até ela. Cravo seu corpo sem qualquer tipo de piedade e como se não bastasse o retiro dali e arranco seu coração o esmagando entre minhas mãos como desejado, ele já estava morto mas eu me encontrava fora de mim continuo a enchê lo de socos na cara.

_Raquel.- diz Lúcia chegando acompanhada do restante.- Chega, ele já esta morto.- diz ela ao tentar segurar meus braços.

Eu a ataco como se visse ameaça nela, Erike tenta me segurar ainda fraco pelo efeito da verbena eu enfio um pedaço de galho pontudo em seu braço o despertando dor. Kate então tenta intervir.

_Calma, calma por favor. É a gente Raquel, esta tudo bem agora.- diz ela segurando meu rosto com suas mãos.

Eu começo a respirar fundo e ofegante enquanto tento voltar ao meu normal.

_O que está acontecendo aqui?.- diz um professor da escola de Van Gorim a Vanrel.

Sem perceber me vejo tentando ataca- ló também mas sou duramente apagada por Kate. Assim que desperto no outro dia já em meu estado normal percebo que estou deitada em uma cama, Lúcia estava no mesmo ambiente que eu.

_O que aconteceu? Onde estou?.- pergunto enquanto sento na cama.

_Você não se lembra de nada que aconteceu ontem?

_Um pouco.

_Você está em um trailer de propriedade de Vanrel, era bom que nem os alunos vampiros e humanos vissem o seu estado e soubessem do que aconteceu.

_Lúcia me desculpe por aquilo eu não sei o que me deu eu...eu to assustada.- sinto meus olhos marrejarem.

_É claro que eu ti desculpo, sei que nunca me machucaria intencionalmente.- diz me dando um abraço.

_E o Erike?eu preciso vê-lo eu o machuquei.- digo enquanto tento levantar.

_Tenha calma,Erike está bem e está conversando com os superiores de Vanrel. Agora descansa você ficou bem machucada.

_Eu estou bem só quero sair daqui.- digo já indo em direção a porta.

_Ei volta aqui.

Assim que passo pela porta vejo todos lá fora, Tyler vem em minha direção me recebendo com um abraço.

_Pensei que era pra você ficar de repouso.

_E é, mas você sabê como a Raquel é teimosa.- diz Lúcia.

_Da próxima vez que não me ouvir e sair perambulando por essa floresta sozinha eu juro que ti deixo amarrada em casa.- diz Kate.

_Não seja exagerada.

_Quanta coragem gracinha, que bom que você está bem.- diz Paul pela primeira vez sem casuar ou ironizar a situação.

O restante do Clã veio falar comigo também. Erike apenas observava a tudo encostado em uma árvore. James chega onde estávamos reunidos.

_Eu sinto muito pelo que você passou é culpa minha...

_É culpa sua mesmo seu idiota se você não tivesse tido a estúpida ideia de leva-la naquele bar aquele dia, ela não teria quase morrido ontem e nem chegado a passar pelo que passou.- diz Erike em tom alto empurrando James.

James parte para cima de Erike, mas são segurados pelos outros meninos, mesmo assim eles tentam se soltar para continuar a briga.

_Parem os dois, que idiotice é essa? o fato de vocês brigarem ou não, não ira mudar o que aconteceu.- digo entrando no meio da confusão.

_Claro que não, afinal se você e esse idiota ai quiserem ficar juntos com você sendo humana terão que passar por coisas piores do que essa.- diz James.

_Eu vou quebra essa sua cara.- diz Erike enraivecido.

_Pode deixar que quem vai fazer isso sou eu.- diz Kate que é impedida pela Lúcia.- Você sabê que Raquel nunca pode vir a ser uma vampira, ela não séria mas a mesma e mataria até você.

_É claro que eu sei e isso me perturba todos os dias, imaginar que ela vá envelhecer e morrer. E eu não a verei mais me deixa louco.- diz James bastante abalado, ele me olha profundamente nos olhos e se retira dali.

Eu me senti triste ao me dar conta disso, Erike e eu não conseguiríamos viver em paz, pois eu sempre séria a humana entre os vampiros, Erike e os outros estariam o tempo todo colocando sua imortalidade em risco por uma garota que um dia morrerá de qualquer jeito alendo mas como Erike namoraria uma senhorinha? O tempo passaria para mim. Nem Erike nem James! o destino deles séria a vida plena enquanto o meu sempre foi a morte, nunca desejei ser vampira ainda mais sabendo que teria capacidade para matar os que amo.

_Esse James se tornou um grande idiota.- diz Lúcia em meio a tudo aquilo.

_Não! Ele esta certo, Erike sabê disso.

Apenas o olhei e sai vagarosamente para o acampamento.

_Ela não pode ficar andando sozinha por ai.- diz Lúcia.

_Deixe à, ela já não corre perigo Chester morreu.- diz Kate.

_Os amigos dele podem tentar uma vingança.

_Garanto que não, eles estão bem contentes, vai por mim.- diz Kate finalizando aquela conversa.

Algumas horas depois Tyler veio até mim que me encontrava dentro da barraca arrumando minhas malas.

_Onde vai?.- pergunta enquanto observa atentamente o que fazia.

_Embora.- digo instantaneamente.

_Como assim?.

_Já está tudo certo, minha mãe deve estar chegando já.

Meu celular vibra sinalizando uma mensagem.

_É ela.

_Bom não vou ti impedir já esta na hora de você fazer suas próprias escolhas sem alguém interferir.

_Obrigada.- lhe dou um singelo abraço.

_O que eu digo para os outros?.- ele pergunta.

_Nada, não diga nada.- me retiro em direção ao carro.

_Já vai embora Raquel?, o que foi não aguentou os mosquitos?.

_Até eu queria ir embora esses mosquitos estão me comendo viva.- diz Divina.

_Eles não comem nada apenas bebem seu sangue.- diz Charlotte.

_Não só eles.- digo antes de dar as costas para aquelas três chatas as deixando internamente confusas.

Entro no carro sem dizer nada.

_Devo lhe perguntar o motivo para querer que vinhesse busca-lá?.- pergunta Euvira, minha mãe.

_Sem perguntas por favor.- eu parecia abatida.

_Esta bem.

Ela liga o som.

_Sem músicas também.

_Entendi silêncio total, ok então vamos pra casa.

Eu precisava do colo dela que nem uma criança desesperada mas meu orgulho me fazia engolir tudo a seco. Seria um longo trajeto até em casa.

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